PARAGUAI, Aníbal Lezcano •
Na viagem entre Asunción e Tupãrendá, costuma haver um “trânsito louco”, mas há um lugar que ajuda a situar-se: o grande edifício da Conmebol (Confederação Sul-americana de Futebol) em Luque, cidade da região metropolitana de Asunción. Na verdade, Luque tem muito mais: o Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, o Parque Ñu Guasú, onde tem a sua sede o Comité Olímpico Paraguaio… e também tem Schoenstatt!, pois há uma ermida linda da Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt.
Luque, celebrou os 33 anos desde aquele 14 de julho de 1983, dia em que o Movimento Apostólico de Schoenstatt chegou à cidade para dar inicio às atividades e formar uma grande família.
A ermida da MTA, que se encontra junto ao Santuário Virgem do Rosário de Luque, é o lugar predileto da população para se reunir e sentir o acolhimento da Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt. Ali, durante nove dias, ofereceram a meditação do santo Terço em agradecimento pelos 33 anos de Schoenstatt em Luque.
Durante a novena, estiveram presentes todos os níveis do Ramo familiar, o Ramo das Mães, a Juventude Feminina, os Homens Valentes do Rosário, a Campanha da Mãe Peregrina e os pequenos Missionários, que participaram com muita alegria e entusiasmo. Nem a chuva nem o frio dessas noites foram impedimento para poder chegar à Ermida e oferecer rosas à nossa querida MTA.
E como celebramos estes 33 anos do nosso Movimento em Luque?
Tornando novo, todos os dias, esse fervor dos primeiros. Os que hoje aqui estamos não somos diferentes. Por isso, a Mater quer aproveitar este aniversário para reavivar em cada schoenstattiano de hoje, sobretudo os que têm o coração e a mente desperta, a vontade heroica, como resposta aos que Ela nos ofereceu, de mãos cheias, naquele 1983 histórico para a nossa comunidade.
O dia 14 de julho esteve marcado pela presença desta grande Família na missa das 19h, no Santuário Virgem do Rosário de Luque, que foi presidida pelo Pe. Antonio Cosp. Um momento emotivo foi a procissão solene, onde os missionários da Campanha da Mãe Peregrina receberam a Mater, enquanto o coro Aliança oferecia as melhores canções à nossa Mãe. Posteriormente, reuniram-se em torno da Ermida para oferecer uma serenata com dança do Ballet Luque Saraki e deleitarem-se com os cantos do Coro Luque, sob a direção de Julio Chansin. Os coordenadores Robín e Anibal Ruiz convidaram mais famílias a integrar a grande obra de Schoenstatt. Para finalizar, o Padre António deixou uma mensagem a todos ao dizer: “Cada um de nós deve dar mais um passo para ser uma força de mudança na sociedade”.
O início, com o Pe. Nicolás
O testemunho de Osvaldo Martínez e sua esposa Gilda Garcete remonta àquele 14 de julho de 1983. Um dia, Osvaldo disse “Que bonito seria que em Luque se formasse um grupo de casais”, e Gilda ficou fascinada pela ideia. Falaram com o Padre Nicolás Schwizer, que então era o Diretor do Ramo Familiar, o qual acompanhou a ideia, propondo-a aos Padres de Schoenstatt e estes deram a sua aprovação. Assim, um dia o Padre Nicolás telefonou e sugeriu marcar uma entrevista com o Cura, para solicitar a autorização.
Falou-se com o Padre Cabral e este concedeu dia e hora para uma reunião. O Pe. Nicolás, como todo o suíço foi pontual, veio de autocarro, (porque não tinham carro para o ir buscar), esperaram-no na esquina do Município e chegaram à casa paroquial.
Na reunião, autorizou-se a formação do primeiro grupo de casais, sob a denominação de Movimento Schoenstatt Paroquial de Luque, que dependia do casal Martínez–Garcete. A partir desse momento, iniciaram-se as visitas a alguns amigos, para os convidar a fazerem parte do Movimento de Schoenstatt.
Uma vez confirmados os casais que formariam o grupo inicial, o Pe. Nicolás elegeu os chefes de grupo, e pediu ao casal Morocha e Carlos Etchegaray que assumissem este compromisso.
Fonte: Revista Tuparenda, agosto 2016
Original: espanhol. Tradução: Maria de Lurdes Dias, Lisboa, Portugal
