PARAGUAI, por Sandra Lezcano •
Firmeza e Ternura. É o título de um livro do Pe. Antonio Cosp e não encontro melhor título para expressar a forma como a Mater me educou na primeira semana de maio.
Há uns meses escrevia-me Maria Fischer, contando-me que o Paraguai seria a sede para o primeiro Encontro de Comunicação Kentenijiana. Fiquei muito feliz e coloquei-me à disposição para ajudar.
A Mater já tinha nos seus planos a minha tarefa, era receber e alojar um dos comunicadores estrangeiros que viriam ao Encontro.
A surpresa
Tendo assumido a minha tarefa, faltava-me conhecer quem seria o meu hóspede durante estes dias; até que recebi um email de Cássio Leal, grande colaborador de Schoenstatt.org que me informava que chegaria ao Paraguai um dia antes do início do Encontro.
Por causa de uma má experiência vivida anos antes fiquei com uma má impressão dos brasileiros, quando vi que Cassio era de São Paulo a minha surpresa foi grande e como o compromisso estava assumido de maneira direta com a Mater já não podia voltar atrás.
Fui então ao Santuário Jovem situado em Asunción e esclareci alguns pontos sobre a minha tarefa com a Mater, disse-lhe que se isto era uma provação a aceitava e como prova do meu amor para com Ela daria o melhor de mim ao meu hóspede. Foi assim que assumi a tarefa de maneira diplomática.
Exigindo firmeza
No mês de abril tive muita provas laborais e pessoais, sentia-me muito pressionada. Por esses dias, recebi um email do meu futuro hóspede e sem pensar duas vezes contei-lhe que estava a enfrentar uma espécie de tsunami de problemas e que precisava da sua ajuda. Pedi-lhe encarecidamente que rezasse pelo meu trabalho e por outros problemas que surgiram.
Depois de umas semanas e, sem dar conta, estava eu a rezar por ele, pedindo à Mater que tivesse uma boa viagem e estadia no Paraguai. A oração ia encurtando a distância, os problemas no trabalho foram encontrando solução e a Mater encarregou-se do resto.
“Dia de peregrinação e turismo cultural“
Por trás de cada pessoa há uma história com Deus
Conheci finalmente Cassio e o que eu pensava ser uma prova de fidelidade à Mater converteu-se numa situação que me educava de maneira firme mas terna,
A Mater enviou-me como hóspede todo um testemunho de vida, aprendi com o Cássio que muitas vezes ser schoenstattiano implica uma grande coragem para enfrentar as situações que a vida nos impõe. Ensinou-me que devemos defender os ideais e que o amor a Schoenstatt deve ser tão grande que ninguém possa quebrar a aliança que temos com a Mater.
Tantas histórias partilhadas com o hóspede que se estava convertendo em meu amigo, fizeram-me compreender que a Mater não me estava a enviar uma prova, pelo contrário, estava a oferecer-me um grande presente enviando um senhor brasileiro que ama Schoenstatt e transmite isso com o seu exemplo de vida.
De maneira sincera tive que contar a Cássio a má experiência que tinha tido, pedi-lhe perdão e percebi que estava muito enganada ao julgar todo um país pelas más ações de algumas pessoas.
A minha tarefa foi um grande presente da Mater, agora tenho um amigo brasileiro e Cássio ganhou uma família paraguaia.
