Posted On 2016-05-10 In Seminário de Comunicação Kentenijiana, Vida em Aliança

A história da fé é a história da sua transmissão e comunicação

PARAGUAI, por Pe. Antonio Cosp •

Enquanto os mais de 24 participantes da Oficina de comunicação kentenijiana preparavam as suas “24 histórias da mesma Santa Missa do 1º de maio em Tupãrenda”, receberam uma saudação inspiradora do Pe. Juan Pablo Catoggio, Presidente da Presidência Geral de Schoenstatt:

“Alegro-me que realizem esta oficina de comunicação kentenijiana. Quero felicitar e encorajar, por esta iniciativa, a todos os que participam nela e a todos os que a tornam possível.

Muitas vezes magoa-nos que Schoenstatt e a mensagem do Padre Kentenich não sejam mais conhecidos. E, na verdade, deve-nos magoar. E sobretudo deve-nos fazer refletir sobre os caminhos da comunicação hoje em dia. Temos muito que dizer e não sabemos como dizê-lo. A historia da fé é a história da sua transmissão e comunicação: o próprio Jesus comunica-nos a Palavra do Pai, é a “Boa Nova” que os evangelistas e apóstolos – os “mensageiros e “enviados” – difundiram por toda a terra. Por isso São Paulo pergunta: Como, pois, invocarão aquele em que não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não houver quem pregue?” (Rom 10,14)

Sem dúvida temos de estar convencidos para transmitir a nossa mensagem, mas também temos de ser convincentes. Isto exige uma atitude, mas também saber como fazê-lo.

A comunicação tem tanto de ciência, como de arte e de técnica. A comunicação implica um espaço de liberdade, respeito e criatividade. O Padre Kentenich soube comunicar a sua mensagem: soube fazê-lo no encontro pessoal cara a cara, em pequenos grupos ou também perante um grande público. Soube dirigir-se a jovens e adultos, a homens e mulheres de distintas culturas, estados de vida e condição. Soube encorajar e consolar, soube inspirar e animar, soube falar com grandes e pequenos e anunciar sempre a verdade, mesmo quando isso lhe exigia valentia profética e carregar com as consequências, A sua palavra despertou vida: despertou vida pois nasceu da vida, estava assegurada pela vida e levava vida. E a sua palavra teceu vínculos, armou redes, gerou comunidade, fez cultura.

Desejo que este encontro seja fecundo e ajude à comunicação da nossa mensagem, ou seja, que desperte vida, crie pontes e teça redes. Que desta maneira a comunicação sirva à comunhão, à cultura de aliança e do encontro.

Que a Mater vos abençoe a partir do nosso Santuário Original,

Pe. Juan Pablo Catoggio”

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O Pe. Juan Pablo Catoggio insistiu com María Fischer para que transmitisse o muito que sabe a partir da elaboração da sua tese: Josef Kentenich und die Zeitschrift MTA. Eine Studie zu einem untipyschen Typ von Religionspublizistik”, (José Kentenich e a revista MTA, um estudo sobre um tipo atípico do jornalismo religioso) defendida na faculdade de filosofia e comunicações sociais de Münster, 1997.

O encontro na Casa de retiros de Tupãrenda realizou-se desde sexta-feira à noite até domingo ao meio-dia. Foi um presente para o Padre Kentenich em memória de 5-3-1916: 100 anos do primeiro número da revista MTA.

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Trata-se justamente de aplicar o sistema que o Padre Kentenich utilizou para estar próximo dos seus congregados, soldados na guerra. O seu tipo de comunicação fez com que eles, nas férias, não deixassem de passar por Schoenstatt e reatar vínculos com o Padre Kentenich e os companheiros congregados. A MTA teve entre 100 e 200 coautores, que contavam histórias da vida real. Vida que desperta vida. Também a fé pascal se difundiu desse modo.

Fomos 24 os participantes, entre eles um chileno e um brasileiro. Tudo num muito bom castelhano e com uma pasta de material a ser tratado, que será muito útil para revisão posterior.

Tudo parte: primeiro, da capacidade de incendiar-se, do fogo inicial para toda a transmissão posterior; segundo, de que esse fogo esteja ao serviço desinteressado da vida de outros; terceiro, contar histórias e não sermões ou comentários racionais não vitais; quarto, a vida que despertou a Arthur’s Runde é a maneira de alcançar acordos vitais. O estilo de Maria é vital, muitas imagens ficaram gravadas a fogo nos participantes. Digo só: Tangerinas.

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Original: espanhol. Tradução: Maria de Lurdes Dias, Lisboa, Portugal

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