Posted On 2016-02-13 In Vida em Aliança

Abre-se a porta santa do Santuário da Confiança, em Mutumba

BURUNDI, Ir. M. Nicolette Züger •

Em cinco lugares da arquidiocese de Buyumbura há uma porta santa, entre elas a do Santuário de Monte Sion Gikungu, em Buyumbura. No domingo, 10 de janeiro de 2016, foi o grande dia da sua abertura no santuário das Irmãs de Maria, em Mutumba.

Tanto o comité da pastoral como a paróquia tiveram muito pouco tempo para preparar esse dia de graças e fazer algo nada comum como decorar uma porta para o santuário. Todos participaram de corpo e alma e chegaram à convicção: “Pudemos experimentar a ajuda da nossa Rainha da Confiança, de forma que tudo esteve pronto à hora prevista.”

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Maria, Mãe da Misericórdia

Para não haver atrasos, os primeiros peregrinos chegaram sábado. A porta do santuário permaneceu fechada no domingo de manhã, tal como estava previsto. Contornada com um arco, maravilhosamente adornado com flores, com a inscrição: Porta Santa da Misericórdia. A porta estava tapada com um pano azul, gravado com um grande M, que significa: Marie, Mère de la Miséricorde (Maria, Mãe da Misericórdia).

Muito cedo começou a encher-se a praça. Junto a peregrinos de outras paróquias, estava uma multidão de crentes de outros locais. Ninguém contava com tanta gente, pelo que a praça se tornou pequena e muitos ficaram na rua.

Os que ali estavam começaram a rezar o terço às oito horas. Quando entrou o arcebispo, foi recebido com um cântico de boas-vindas. Os catequistas formaram um semicírculo em frente ao santuário. Todos levavam uma imagem de Jesus Misericordioso, entre eles uma menina levava uma imagem especialmente grande.

Cerca das nove horas chegaram ao santuário o arcebispo, os sacerdotes em procissão desde a sacristia, enquanto o coro entoava um cântico. O arcebispo saudou os fiéis junto à porta santa e disse, entre outras coisas: “A abertura da porta santa é um sinal visível, que nos chama a abrir os nossos corações a Deus”.

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A porta santa está aberta!

Um sacerdote leu a parábola da ovelha perdida e um excerto da mensagem do Santo Padre para o Ano da Misericórdia. Depois, o arcebispo explicou através da Bíblia, como Deus se mostrou sempre misericordioso. A seguir leu-se um salmo e o arcebispo voltou-se para a porta santa pedindo para ser aberta. Durante a abertura reinava um silêncio santo, seguido de um grande aplauso, acompanhado de tambores. O arcebispo e os sacerdotes passaram pela porta santa para o santuário, onde permaneceram em oração silenciosa. Também houve convidados religiosos e representantes da política e da sociedade que foram convidados a cruzar a porta santa. Mais tarde, todos juntos louvaram a Mãe da Misericórdia com a Salve-Rainha.

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Com Jesus da Misericórdia na Missa

Depois deste ato festivo foram todos em procissão até à paróquia para celebrar a Santa Missa. Os primeiros peregrinos já ali tinham chegado, quando muitos outros ainda se encontravam junto ao santuário.

A missa foi animada pelo coro da paróquia e os coros das escolas e da catequese.

As preces foram acompanhadas com diversos símbolos:

  • Uma vela acesa, para pedir que todos os responsáveis da Igreja sejam sinais luminosos da Misericórdia – lida por uma Irmã.
  • Uma bandeira do país para pedir pela paz – lida pelo responsável da paróquia
  • Uma corda cortada, simbolizando os vínculos rompidos, para pedir que o Pai da Misericórdia reúna as famílias, renovadas no amor – um casal leu esta petição e uniu os dois pedaços da corda
  • Uma imagem da MTA, como expressão da petição de que a Virgem proteja a juventude em corpo e alma – lida por uma jovem
  • Um cesto vazio, representando a pobreza e a necessidade de grande parte da população pedindo-se a bênção das culturas – uma senhora rezou por esta intenção
  • Um coração: que Deus encha com o seu amor misericordioso o coração de todos os presentes – lida por um homem.

Durante a preparação das oferendas, os catequistas e a menina antes mencionada, levaram as imagens de Jesus ao altar.

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A Misericórdia demonstra-se com obras

O comité da pastoral não queria falar só da Misericórdia. Queriam ajudar alguns dos mais pobres, fazendo uma obra de Misericórdia e, por sua vez, convidar todos os crentes a fazer o mesmo neste Ano Santo da Misericórdia. Para isso compraram arroz e feijão. Os responsáveis do centro de saúde deram roupa e mantas e escolheram 20 pessoas idosas, que vivem na pobreza.

O arcebispo e algumas autoridades civis foram depois da Missa à sala de espera do centro de saúde, onde estavam os idosos. Oito deles tinham recebido nessa mesma manhã o sacramento da penitência e a comunhão. A responsável do hospital apresentou o bispo aos idosos e comentou que alguns não eram cristãos, mas tinham dito que queriam preparar-se para receber o batismo. Estava visivelmente feliz como um pai no meio dos seus filhos. Os idosos, por sua vez, quase não podiam crer na sua sorte. Aplaudiam de alegria e os seus olhos brilhavam. Uma senhora do governo pegou espontaneamente na carteira e deu às Irmãs uma grande quantidade de dinheiro, para repartir entre os mais pobres.

O arcebispo visitou depois os doentes do hospital. Isto não estava previsto no programa e foi causa de alegria e surpresa.

O arcebispo, os sacerdotes e os catequistas, as autoridades civis e os responsáveis do comité da pastoral foram convidados para um almoço na sala da casa das Irmãs.

Também aos mais pobres foi dada uma refeição. organizada pelos responsáveis do centro de saúde. A alegria foi visível. Começaram a cantar e a dançar. Uma das senhoras disse: “Hoje estamos a viver coisas tão bonitas, como nunca vivemos”.

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Pela Porta da Misericórdia até à Mãe da Misericórdia e ao Pai misericordioso

Entretanto tinham chegado muitos fiéis ao santuário, para passar pela porta santa e saudar Maria. Era lhes dado um folheto com uma imagem do Pai misericordioso, uma explicação sobre o Ano Santo e algumas orações.

Sim, a Misericórdia tornou-se visível nesse dia. Muitos tiveram a impressão de viver no tempo em que Jesus estava na terra e saciava a fome, consolava os doentes e alimentava os seus rebanhos com a palavra de Deus. Durante todo o dia reinou um indescritível ambiente e um clima de segurança. A Família de Schoenstatt de Buyumbura agradece esta grande bênção ao Pai Celestial misericordioso e à querida MTA, A Rainha da Confiança, e, naturalmente, também às inúmeras contribuições para o capital de graças, que se tinham oferecido previamente por este dia.

Agora espera-se com alegria os peregrinos, que passarão pela porta santa, com a confiança de que, neste Ano da Misericórdia, se distribuirão muitas bênçãos a partir do Santuário da Confiança.

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Mapa dos Santuários

Original: Alemão. Tradução: Maria de Lurdes Dias, Lisboa, Portugal

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