Posted On 2015-10-29 In Vida em Aliança

Dietershausen agradece às Irmãs de Maria a entrega da sua Casa Provincial que se converterá num lar para refugiados menores não acompanhados

ALEMANHA, Sabine Merdes e María Fischer •

“Em Dietershausen vivem-se os momentos mais tristes desde há muitas décadas – no próximo domingo mudam-se as primeiras Irmãs de Maria e todo a população se encontra em estado de choque… Já é definitivo e também se pode ler nas notícias locais…”Assim foi a primeira reação no início de outubro, quando a notícia foi dada a conhecer pelos meios de comunicação e através da Família de Schoenstatt da diocese de Fulda; devido à fusão de províncias, já não existirá mais o Centro Provincial das Irmãs de Maria de Schoenstatt em Künzell-Dietershausen (diocese de Fulda). O diretor diocesano Pe. Ulrich Schäfer, pertencente à União de Sacerdotes de Schoenstatt, conseguiu acalmar os ânimos e assegurou que dez irmãs irão permanecer no centro de formação “Casa José Engling” para continuar com o seu trabalho no centro de Schoenstatt. As restantes irmãs deverão despedir-se. Começou já em 14 de outubro, pouco a pouco, a mudança das irmãs de Dietershausen para as distintas filiais e centros de cuidados das irmãs mais velhas no sul da Alemanha.

Surge uma iniciativa: Ilona Wehner falou com toda a gente, informando e organizando, apoiada por muitos outros, para ser celebrada uma Santa Missa no dia 11 de outubro, assim todos teriam a oportunidade de agradecer às Irmãs de Maria e despedir-se delas. Esta celebração foi bastante divulgada no lugar.

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Uma era chega ao fim

E, desta maneira, no dia 11 de outubro foi celebrada uma bonita Santa Missa com os párocos Pe. Hartmann, Pe. Vonderau e Pe. Schmitt junto a 16 acólitos, a Associação Musical Haunequelle, participando entre 350 e 400 pessoas que se sentiam vinculadas a Schoenstatt.

Foi algo muito emotivo, houve a oportunidade de se despedirem pessoalmente e de se recordar o que foi feito, desde 1935, pelas primeiras Irmãs de Maria (cuidados de enfermagem, cuidado de crianças, serviço de sacristia, etc.) e como as irmãs marcaram de forma natural a vida da população. No fim da Missa, o alcaide e a representante do conselho paroquial tiveram palavras de agradecimento. A Irmã M. Ilga também agradeceu e falou sobre a futura situação.

 

Ficou-se com a sensação de se estar num “evento do coração” na Igreja de Deus Pai. Todos permaneceram rindo, chorando, recordando o passado…

Cada um levou um cartão com uma mensagem do Padre Kentenich.

Neste sentido, uma era chegou ao fim, até ao final do ano partirão 30 irmãs e 10 ficarão na Casa José Engling.

Para as irmãs, esta foi uma forma maravilhosa de dizer “adeus”, o que não teria sido possível sem aquela Santa Missa (segundo a Irmã M. Luzia, que passou quase metade da sua vida em Marienhöhe, em Dietershausen). Ela já se “mudou” na quarta-feira passada..

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Futuro: um lar para refugiados

Que acontecerá com a grande Casa Provincial? Uma resposta às vozes do tempo. A Caritas de Fulda comprou a casa para ser utilizada como alojamento para menores refugiados não acompanhados. No dia 1 de novembro a Caritas começará o seu trabalho no lugar e no dia 15 de novembro mudar-se-ão 60 jovens de um refugio improvisado para Dietershausen e desta maneira aliviar os centros de acolhimento de refugiados em Giessen e em Fráncfort.

Segundo o Chefe de Administração de Fulda, o Dr. Heiko Wingenfeld e o Primeiro Assistente do distrito, o Sr. Frederick Schmitt, o lugar é especialmente adequado para este propósito. As salas são, por exemplo, apropriadas para ensinar alemão. O complexo em si está rodeado de una ampla zona ao ar livre. Na Casa Provincial é possível assegurar o acompanhamento por parte de profissionais, de tal maneira que os jovens encontrem boas condições para se adaptarem à sua nova situação de vida sem as suas famílias.

Junto às tarefas da Caritas como responsável deste centro de receção, o condado da cidade de Fulda pediu-lhe para assumir a ação social, o diretor da Caritas, o Sr. Juch anunciou que se realizará um primeiro exame médico e o cuidado da maioria dos jovens menores, não só supervisionando-os, acompanhando-os na sua rotina diária, educando-os, especialmente em relação à aprendizagem da língua alemã, como também oferecendo-lhes atividades de lazer, Juch sublinhou o facto de que a Cáritas nunca antes foi responsável de centros de acolhimento, contudo tem uma grande experiência no cuidado e apoio aos refugiados menores de idade.

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Com material de Osthessen News www.osthessen-news.de

Original: alemão. Tradução: Maria de Lurdes Dias, Lisboa, Portugal

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