Posted On 2018-01-24 In Projetos

Porque vão tão sérios? Olha… ninguém se ri

CRUZADA DE MARIA, José Argüello

Na manhã do 20 de Janeiro, às 7 horas, a seguir à meditação sobre o segundo Marco Histórico da nossa Família, partimos do Santuário de Mendoza para a Cruzada de Maria. Aos poucos minutos de caminhada deste sábado, numa esquina, cruzámo-nos com um grupo de 4 jovens que, regressavam de uma festa de sexta-feira. Uma rapariga que ia no assento de trás disse, com sotaque argentino – Xiii…olha para eles…porque vão tão sérios? Nenhum se ri?” Este simples facto, arrancou, a alguns de nós, um sorriso e, inclusivamente, a outros levou-os a reflectir sobre este encontro. E, partilhando, decidimos que não se volte a passar, o não nos verem alegres, animados, cheios do Espírito Santo. Também percebemos que, é normal estarmos sérios no princípio. Talvez, seja uma seriedade que não significa tristeza, mas antes, assombro, incerteza, curiosidade, sobre o que se nos ia deparar nestes primeiros 28 Kms.

Nada nos tirou a alegria de partilhar esta loucura

A primeira hora de caminhada foi feita em silêncio. A rezar ou a meditar. A seguir a essa hora, começou a partilha. Mais risos. A conhecermo-nos entre cruzados de todos os países. Brasileiros a praticar o espanhol e os de língua espanhola a praticar o português. Vivia-se um ambiente muito caloroso. De muita camaradagem. Todos estavam dispostos a darem uma mão.

Já com mais horas de caminhada, chegou o calor, chegou o cansaço dos músculos que, não estão habituados a esta peregrinação e, também chegaram, a alguns, as bolhas. Contudo, nada nos tirou a alegria de partilhar esta loucura.

Cada um foi descobrindo essa resposta à pergunta: que faço aqui? E, se não a descobriram, já a vão ensaiando.

Andrés Romero e José Argüello, enviados especiais de schoenstatt.org

Dar também testemunho ensinando, partilhando, comprometendo-nos

Meditámos na Missa sobre os ensinamentos do Papa Francisco que, há uns dias no Chile, disse que os católicos não andam errantes pela vida. Que todos temos um propósito e um destino. E, andamos num permanente peregrinar. Mesmo assim, somos convidados a dar testemunho com o peregrinar das nossas vidas. Vimos que as pessoas dos carros que, se cruzavam connosco, de certeza comentavam a nossa façanha. Isso quer dizer que, a um nível mínimo, despertámos neles uma impressão só de nos verem. Agora, o desafio está, não somente, em dar testemunho através do que veêm, mas também, dar testemunho ensinando, partilhando, comprometendo-nos.

Foi o primeiro dia da Cruzada. Faltam-nos outros 14. O corpo dói em certas partes mas, o espírito vai-se fortalecendo. Continuaremos a partilhar histórias na medida em que a ligação à rede nos permita.

 

Original: espanhol (21/1/2018). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal

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