Posted On 2017-01-18 In Casa Mãe de Tuparendá, obras de misericórdia

O primeiro graduado da Casa Mãe de Tuparendá

PARAGUAI, Ani Souberlich e Maria Fischer •

O que ficou do Ano da Misericórdia? Uma pergunta que, em parte, o Papa Francisco respondeu em sua carta “Misericordia et Misera”. Ficaram vários momentos que facilitam encontrar o perdão de Deus; ficou o Amoris Laetitia, que só é possível entender lendo; ficou a criatividade em dar resposta as dores e necessidades do ser humano nas obras de misericórdia.

O que ficou do ano da Misericórdia? Muito. Ficaram obras de misericórdia que são para sempre. Ficaram dezenas de “Casas Solidárias”. E ficou também esta grande Casa Solidária que é a Casa Mãe de Tuparendá. É fruto do Ano da Misericórdia, inaugurada neste ano como obra de misericórdia a favor de jovens infratores da lei, situada à sombra do Santuário de Tuparendá.

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Uma casa para nós

Em nome dos jovens que ali encontram sua segunda oportunidade (ou a primeira), sua Diretora, Ani Souberlich (sim, a iniciadora das 100 Casas Solidárias) escreve para o ano novo:

“2016 foi para todos nós o Ano da Misericórdia Infinita do Amor do Pai. Seu amor abriu as portas da Casa Mãe de Tuparendá, onde podemos encontrar um lar, um lugar onde nos tratam com respeito e carinho, onde descobrimos toda a riqueza que levamos em nosso interior e onde aprendemos a nos amar e nos valorizar. Na Casa Mãe de Tuparendá conhecemos pessoas maravilhosas que nos presenteiam seu tempo para cantar, para nos ensinar que aos olhos de Deus, todos somos iguais e que não existem classes sociais, que somos valiosos não pelo que possuímos, mas pelo que levamos de bondade e nobreza no coração. Obrigada a todos os que acreditam dia a dia na nossa mudança e que nossa grandeza está nas inúmeras vezes que nos levantamos após uma caída… Obrigada por nos acompanhar com sua oração! Desejamos um 2017 cheio de bondade e misericórdia do Pai! ”.

 

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Início do ano com uma Missa no Santuário

No dia 3 de janeiro, festa do Nome de Jesus, o Padre Pedro Kühlcke celebrou a Santa Missa no Santuário de Tuparedá, com toda a equipe da Casa Mãe de Tuparendá (CMT) e os jovens, que depois de sair da cadeia, aprendem aqui o trabalho de panificação e horta, e muito mais: como viver sua vida em liberdade, conscientes de sua dignidade e experimentando serem amados e valorizados como são. Muitos deles participaram da Missa do Santuário como coroinhas, com muito entusiasmo.

São pequenos gestos que são uma “primeira vez na vida” para muitos deles: uma comida gostosa no Natal com sorvete, chuteiras para futebol, camisetas e sapatos brancos para o trabalho na padaria, um momento de cantar juntos, um minuto no Santuário Lar da Casa ou na Ermida da MTA, celebrar o aniversário com um bolo…

Esta semana, dois usuários e Lucia, uma voluntária que todo dia colabora com a Casa Mãe de Tuparendá, celebraram seus aniversários. Sempre é um gozo da alma quando vemos pintado um sorriso no rosto de nossos jovens… um sorriso que, à medida que passam mais tempo na CMT, começa a fazer parte de suas vidas… esse sorriso de quem sabe que foi aceito, querido e perdoado, seja qual for o passado que pesa sobre seus ombros… sorriso de quem se sente esperado cada manhã com o café da manhã preparado e as palavras tão simples: “Bom dia! Como vai? Dormiu bem? Venham tomar o café da manhã, sirvam-se mais se quiserem, temos para todos…”, palavras tão simples que podem mudar uma vida.

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O primeiro graduado

“Pela sua excelente demonstração de trabalho em equipe, sua dedicação e perseverança…”, assim podemos ler no primeiro certificado outorgado ao primeiro formando do programa da CMT. Em sua simplicidade ele nos demonstrou que cometeu um erro, mas que, não por isso, é uma má pessoa, queria se superar e sair adiante com honestidade. Sempre expressou o desejo de trabalhar na horta porque gostava e sabia que era essa sua vocação. Assim o demonstrou com sua responsabilidade em fazer as coisas bem e até o final. Por isso, logo foi um exemplo para os demais jovens da CMT e a mão direita do engenheiro agrônomo Rodolfo Villasboa, seu instrutor. Apesar de saber que era da horta que gostava, sabia que deveria passar também pela panificação. Mesmo sabendo que não era “seu forte” se destacou ali também por sua dedicação e responsabilidade, chegando ao ponto de Luis Alberto Mendez – instrutor da panificação – dizer que já está preparado para trabalhar com isso.

Este jovem nos deixa como lição que “Querer é poder”. Deixemos de pensar que toda essa juventude que cometeu um erro está perdida, ou melhor: “acreditemos que é possível a mudança, estendamos a mão aos que necessitam”. Aos que estão lendo este artigo, pedimos que nos ajudem nisso. Ajudem apadrinhando um adolescente com sua contribuição, nos apoiem rezando por eles. Sabemos que a oração move montanhas e, definitivamente, é a MTA quem lhes dá a graça e a força para começar cada dia de novo. Obrigado por sua contribuição e oração!

Com certeza todos desejam saber a que se dedicará este jovem: panificação ou horta? Horta, está é sua vocação e nela este jovem formando está feliz.

Todos estes jovens levam muito a sério sua formação, aprendem na prática e na teoria também. Alguns dias antes do Natal, em plena produção de panetones, o professor padeiro ficou doente e os meninos sozinhos se animaram em fazê-los e ficaram muito gostosos…

Há muita esperança de que seu futuro será espetacular, de mãos dadas com a Mãe de todos eles, a Mãe de Tuparendá.

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Ou “offline”

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Uso previsto: P. Pedro Kuehlcke, Casa Madre de Tuparenda

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Original: espanhol. Tradução: Isabel Lombardi, Guarapuava, Brasil

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