Posted On 2019-04-26 In Missões

Ignis Mariae: o fogo da missão contagia o Sul de Itália

ITÁLIA, Federico Bauml •

Também este ano se realizou a tradicional missão durante a Semana Santa. Depois de dois anos em Vico Equense, fomos para Sant’Angelo d’Alife: um novo destino, velho – estupeficante – resultado final. —

Nos últimos anos, a missão da Semana Santa tornou-se uma esplêndida tradição para os jovens que frequentam a Paróquia dos Santos Padroeiros de Itália, que está intimamente ligada ao Movimento de Schoenstatt.

Uma tradição que, apesar de muitas dificuldades, se renova todos os anos, encontrando nova vida, novo fogo.

Fogo

Sim, fogo. Em latim, ignis, o nome que – junto com a especificação “Mariae” – foi escolhido como Lema da missão 2019, nascida do entusiasmo de um grupo de jovens entre 18 e 24 anos, acompanhados pelos Padres de Schoenstatt Facundo Bernabei e Beltrán Gómez.

Foi com este fogo que partimos para Sant’Angelo d’ Alife, uma pequena cidade na província de Caserta, que tem pouco mais de 2.000 habitantes e há mais de dez anos, graças ao trabalho dos Padres e das Irmãs de Schoenstatt, se converteu num dos principais centros da campanha da Mãe Peregrina na Itália.

O ambiente que se respira no nosso alojamento é o de uma aldeia turística internacional. Na mesma mesa pode encontrar-se o mate, uma bebida típica sul-americana, e a mozzarella de búfala, uma gentil homenagem dos  habitantes de Sant’Angelo, numa mistura irresistível itálo- sul-americana, condimentada com o som das guitarras e com um volume da música bem acima da média.

E assim a missão torna-se um contágio mútuo. Por um lado, os missionários que deixaram Roma e quiseram levar Nossa Senhora às casas das pessoas; por outro, a comunidade de Sant’Angelo, orgulhosa da sua tradição e desejosa de a dar a conhecer aos seus jovens hóspedes, muito feliz por ser um pouco “mimada” nestes dias de festa.

As tradições do lugar são a moldura: a procissão da Sexta-feira Santa, a caça ao ovo de Páscoa no jardim dos príncipes Windisch Graetz (o momento que as crianças de Sant’Angelo esperam durante todo o ano), a Vigília de Sábado e a viagem ao castelo normando.

Nossa Senhora

Durante quatro dias, a “nossa” casa torna-se palco do encontro com os jovens locais, entre almoços mais ou menos improvisados e belas catequeses e meditações sobre o Tríduo Pascal. Enquanto isso, a missão segue o seu curso; os jovens acompanham Nossa senhora  às casas, dando alguns minutos de leveza e conforto àqueles que lhes abrem a porta , e recebendo em troca, calor e, por que não, um bom café e uma fatia de bolo.

Fazer missão é precisamente isto: acolher, dar, receber, crescer juntos, confrontar-se, anunciar, testemunhar, comover-se, retirar algum tempo ao frenesim quotidiano e, finalmente, respirar. E ainda, como neste caso, é colher os frutos dos anos de trabalho daqueles que, silenciosamente, nos prepararam o caminho.

Enquanto Ela, colocada num Santuário-Lar um pouco ‘improvisado, mas não menos bem-vindo, orgulhosamente volta o olhar para os seus filhos, alegrando-se com toda essa maravilhosa confusão.

Christos Anesti! Alithos Anesti!

 

Original: italiano (23/4/2019). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal

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