Posted On 2015-11-08 In Missões

Amor esparramado por toda a Pátria

PARAGUAI, Testemunhos das Missões Familiares 2015, María Emilia Vidal de Zaván •

Como integrante da Revista Tupãrenda e sabendo que formo parte das missões familiares, me pediram que me incumbisse do artigo sobre este tema. Minha primeira reação foi: Claro, que fácil! Mas ao sentar-me para escrever, mil imagens e sensações passaram por minha mente e coração… e a tarefa já não foi tão fácil… há tanto que dizer! Tanto por expressar e transmitir.

Preparando as Missões… e a vinda do Papa

Como sempre, as Missões Familiares arrancaram semanas antes de viajar, durante o tempo de preparação. A vinda do Papa transformou-se em prioridade, e nas primeiras reuniões dos povos se deu ênfase e prioridade a isto, analisando com os jovens a mensagem e o que o Papa nos traria. Rogou-se que se inscrevessem como servidores, para viver de perto e com espírito de corpo este primeiro, grande e histórico evento. Num primeiro momento sentiram-se certas tensões sobre como gerenciar ambas as tarefas apostólicas ao mesmo tempo, tensões que definitivamente foram criadoras em conclusão.

Na missa de envio em dois de julho no Santuário Jovem, presidida pelo padre Pedro Kühlcke, estiveram presentes todos os missionários dos dez povos das missões familiares, e com a bênção de envio nos sentimos em, primeiro lugar, chamados para servir o Papa.

A semana das Missões arrancou com a vinda de Francisco a nosso país, o que transformou a cidade e todo o país numa grande festa. Todos nós queríamos ser partícipes, e o trabalho que seguiria uns dias depois em nossos respectivos povos se iniciava já aqui, regalando nossas mãos, pés e predisposição para que a todos pudesse chegar a mensagem e a bênção do Santo Padre. Que grande regalo! É inolvidável haver sido enviados por ele a regalar lar, a hospedar em nosso coração nossos irmãos. Sentindo-nos fortemente interpelados por suas palavras na beira do rio “Não queremos jovens […] que se cansem rápido, que vivam cansados” nos sentimos com ânimo extra, apesar do cansaço físico, para sair a servir.

Dez povoados, mil missionários

Este ano em particular, a consciência de 10 povoados, 1000 missionários invadindo os caminhos da Pátria, pulsava ao ritmo de nossos corações. Sentir-nos tão acompanhados, vem de algo tão grande, de algo que foi crescendo e que continuará fazendo-o. Não é pouca coisa. Meu pensamento se deixou levar… O que pode produzir em nível de PAÍS tanto amor esparramado? Que mudanças produz não apenas em cada povo, mas também em cada família, ser parte desta loucura de amor…?

Durante os dias de missão, cada família abre seus braços para acolher a cada um dos filhos que lhes foi confiado, e estas famílias nunca serão as mesmas; cada jovem fica marcado a fogo no coração de cada uma de suas famílias. E é esse amor o que se sente na escola, o que se palpita na capela e se torna pleno na eucaristia, o que sai a repartir.

Alegria, simplesmente alegria

Perguntava-me na matinê o que sentiam meus irmãos nos outros povoados nesse mesmo momento, quantas crianças estariam sorrindo a quilômetros daí, quantos povoados seriam protagonistas de tanta alegria. E pensava que sim, que um Paraguai melhor é possível, uma Pátria família está gestando-se, esforçada e valentemente, por mãos de instrumentos débeis, mas com a vontade de regalar e regalar-se. Famílias levando a cada rincão, as graças que a Mãe e Rainha nos regala em seus Santuários.

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Original: Espanhol. Tradução: Lena Ortiz, Ciudad del este, Py

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