ITÁLIA, Roma, Claudia Minici •
Acaba de concluir-se uma Semana Santa sob a insígnia do encontro. A comunidade de Zoldo alto, efectivamente, acolheu um grupo de estudantes de Roma que, sob a condução do Pe. Alfredo, abanou as almas dos habitantes da valada, encontrando neles uma hospitalidade sincera. Jovens e famílias, com entusiasmo e um pouco de inconsciência, bateram às portas das casas da localidade, em companhia de Nossa Senhora de Schoenstatt, fiel companheira de viagem.
Desconfiança, curiosidade, espanto foram as reacções dos residentes que, encontraram na soleira das próprias casas, pelas estradas e nas igrejas jovens, cujo único pedido era partilharem um momento de oração. A quietude das montanhas cobertas de neve fez de pano de fundo a este grande momento de intercâmbio de duas realidades muito diferentes, um activismo religioso jovem e citadino e, uma espiritualidade silenciosa que tem as cores da natureza.
Um cântico único de alegria pelo Cristo Ressuscitado
O objectivo desta intervenção no território zoldano era duplo: conhecer e dar-se a conhecer. O coenvolvimento dos residentes embora, inicialmente um pouco inseguro, fez-se sentir, com força, na Vigília Pascal concelebrada em Fusine, onde a qualidade coral das vozes se fez cântico único de alegria pelo Cristo Ressuscitado. A renovação do espírito foi, contudo,o elemento desencadeador que, tornou estes encontros um testemunho vivo de comunhão fraterna. A escolha, da parte dos estudantes de se comprometerem e, da dos residentes de se confiarem gerou um círculo virtuoso que, colocou as bases para um crescimento tenso em direcção à abertura ao outro.
Aquela Nossa Senhora sorridente acompanhou-nos sempre, era o nosso cartão de visita
O vínculo com Nossa Senhora foi o motor da nossa missão: Aquela Nossa Senhora sorridente acompanhou-nos sempre, era o nosso cartão de visita. A consagração diária a Ela era obrigatória, uma confiança mútua que nos dava coragem e reforçava o sentimento de grupo. Nossa Senhora foi um de nós e entre nós, elemento indispensável e “agregador” de um grupo extremamente heterogéneo. O seu olhar seguiu cada um de nós e, também, a Sua mão tocou-nos no mais profundo. Esta semana, para além, de ter sido motivo de serviço à comunidade de Val di Zoldo, permitiu-nos instaurar um diálogo com Ela, primeira mediadora do Pai e do Filho. Infinitamente eufóricos e Congelados até aos ossos tomámos a estrada para casa com a consciência que, dentro de nós, agora, estava a operar-se uma mudança: os nossos olhos tinham tomado a côr do céu veneziano, os nossos ombros a força do monte Civetta e o nosso coração ardia pela nossa missão começada mas, ainda, não acabada.
Fonte: http://www.sspatroni.org
