BRASIL/ROMA, Renate Miriam Dekker e Mechthild Jahn •
Hoje 13 de outubro assistimos juntas na televisão a missa de canonização de Irmã Dulce – a “Santa Dulce dos Pobres”. Comentei (Renate Míriam) com Mechthild Jahn que eu havia conhecido pessoalmente Ir.Dulce nos tempos de semeadura da Mãe Peregrina no Nordeste do Brasil. Padre Miguel Lencastre e eu fazíamos viagens apostólicas percorrendo grandes distancias, desde o Ceará até a Bahia para tornar nossa Mãe conhecida. —
Encontro com Ir. Dulce
Em Salvador conseguimos uma entrevista com Ir. Dulce no Hospital Santo Antonio. Deve ter sido no ano de 1988 ou 1989. Queríamos introduzir a Campanha nas suas Obras Sociais e contávamos com seu auxílio, pois era pessoa muito influente. Não guardamos boas lembranças deste. Saímos por assim dizer, decepcionados. Ela recebeu-nos “apressada” e não mostrou especial interesse em nosso apostolado. Mas conseguimos deixar uma imagem em suas mãos. Foi tudo. Não tive mais notícias e em 1990 ela adoeceu, falecendo em 1992.
E hoje, no mesmo dia de sua canonização, Mechthild leu e comentou comigo o artigo de Karen Bueno e Ir. M.Nilza:
“A Mãe Peregrina no quarto de Santa Dulce”.
O artigo relata que se trata da imagem 10.996 da Mãe Peregrina, e está no quarto de Ir. Dulce, que foi conservado intactato desde a sua morte. O pequeno cômodo é mantido como memorial e protegido por um vidro. Milhares de Peregrinos visitam devotamente os lugares históricos de Santa Dulce e ali se encontram também com a Mãe Peregrina.
Surpreendida eu me pergunto: trata-se da mesma imagem que lhe entregamos naquela ocasião?
Os caminhos de Deus são insondáveis.
Como seus aliados cabe-nos lançar a semente na terra, contribuir com nosso um por cento e a Mãe assume os outros noventa e nove. Como e quando a semente vai brotar, não está em nossas mãos. Ela é a Grande Missionária.
Esta minha experiência de vida, tantas vezes já constatada, repetiu-se mais uma vez, e isto justo na canonização da Santa Dulce, a primeira santa nascida no Brasil. Surpresas de Deus!
Obrigada Ir. Dulce! Se nossa Mãe foi levada para o próprio quarto, ela significou alguma coisa em sua vida. Se não teve tempo, porque seu carisma era outro, a senhora contribui agora com a Campanha no seu memorial!
Enquanto isso o Santuário de Olinda e Recife, berço do Schoenstatt Nordeste, já festejou seu jubileu de Prata e a Mãe há muito assumiu seu trono de Graças no Santuário de São Salvador na Bahia, ambos fruto desta primeira semeadura, e de quem continuou regando a semente.
Quero corrigir Ir Lúcia para Ir Dulce. Desculpem a confusão
Renate
Gostei muito do artigo e fez-me lembrar o serão em Schoenstatt em 2010 quando o Pe Miguel e a Renate nos contaram a vossa”peregrinação” pelo Nordeste na tentativa de se fundar Schoenstatt. Gostaria de lhe dizer que Schoenstatt esteve presente nesta caminhada para a canonização da Ir. Lúcia através de, pelo menos, a Joaninha Arcoverde, colaboradora do Pe Miguel nas tarefas apostólicas em Salvador. Ela própria participou na cerimónia em Roma lendo um texto e no jantar que se realizou na embaixada do Brasil na Santa Sé onde se encontrou com o Pe Alexandre Awi. E tudo foi acompanhado muito de perto pelos schoenstatteanos do Recife.