Martina y Martha

Posted On 2019-04-15 In Campanha

Encontros no caminho

ARGENTINA, Martha Liotti, fundadora da Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt para bebés e crianças em risco de vida•

Pode ser num supermercado, num cabeleireiro, numa celebração, numa Ermida ou, simplesmente, em casa. Nos 20 anos do início da Campanhita, modalidade da Campanha da Mãe Peregrina para Bebés e Crianças em Risco de Vida, permito-me escrever na primeira pessoa para dar a conhecer testemunhos recebidos que, mostram os vínculos que a presença da Mater vai criando nas famílias dos pequenitos que recebem a imagem Peregrina e a Ela, são consagrados.

Na Ermida Novo Tabor

Numa Ermida, precisamente a escolhida como centro espiritual desta missão, chamada Novo Tabor, onde vai ser erigido o primeiro Santuário da Mater na Província de Corrientes (Argentina), encontrei-me com Rocío Aymará de doze aninhos a quem acompanhei no dia do seu Baptismo, nesta mesma Ermida. Essa, foi a primeira vez que este Sacramento se celebrou ali. A sua mãe recordou, muito emocionada, como tinha sido a visita da Peregrininha e o quanto a ajudou a Sua presença nos momentos em que a sua filhinha lutava pela vida, ao nascer. Também lá, nesta Ermida, vieram abraçar-me as pequenas Florencia e Morena, que, juntamente com o avô Carlos, não deixam de ir todos os meses no dia 18 para agradecer à Mater pelas graças recebidas. Roque António que, nos seus ladinos jovens anos, me enche de carinhos e mais, uma jovenzinha que me mostra no telemóvel as fotos da sua irmãzinha, Magali: “Olhe que linda está agora, já tem 10 anos”.

 

No cabeleireiro, no supermercado

No cabeleireiro, numa tarde de primavera, uma senhora aproxima-se com um enorme sorriso, abraça-me e mostra-me, no telemóvel, a fotografia do Gonzalo, de 18 anos, no dia da sua formatura no liceu. Lembra-se, diz-me “tão pequenino que era quando nasceu e quão angustiada estava eu! Não esqueço como tudo mudou ao chegar a pequena Nossa Senhora de Schoenstatt e ao consagrar o meu filhinho ao Seu Coração Imaculado”.

Entre as prateleiras do supermercado, um casal abraça-me com uma enorme ternura. “Que alegria voltar a encontrar-nos ao fim de tantos anos!” Dizem os dois ao mesmo tempo. Vinham de uma localidade que fica a 120 quilómetros desta capital. Facundo o seu segundo filho já tem 19 anos e recebeu a Peregrininha quando nasceu com 1 quilo e duzentos gramas e 7 meses de gestação, com poucas probabilidades de sobreviver. Passou dois meses no piso de Neonatologia de uma clínica desta cidade, sempre protegido pela Materzinha a quem foi consagrado.

 

Martina

Com a Martina (foto acima) é diferente. Somos muito amigos, os seus pais, ela e eu. Claro que não podia faltar à festa dos 15 anos! (Uma data importante na vida de uma menina, em toda a América Latina NT)

Mas, o encontro também pode ser em casa quando, numa manhã “qualquer” toca a campaínha e, ao abrir a porta vês uma menina de 16 anos e a sua mãe que, explicam a visita: “A Milagros insistiu tanto para virmos”, diz a mãe, “eu”, diz a Milagros, “queria conhecer a pessoa que, sem ser da nossa família, foi à clínica onde eu nasci com a imagem de Nossa Senhora e, rezou, com os meus pais, por mim”. Já num ambiente familiar e no Santuário-Lar, agradecemos, todos juntos, o dom da vida da Milagros, nascida com 960 gramas e poucas probabilidades de sobreviver. Vieram de Loreto, localidade que fica a 186 quilómetros desta cidade, numa viagem de duas horas e meia. Valeu a pena o forte abraço da Milagros e os seus beijos, enquanto me dizia: “Finalmente, pude conhecê-la, Vóvó”.

A fé, o dom recebido de Deus, converte-se no veículo com o qual arriscamos avançar por todos os caminhos, criando vínculos de esperança, em momentos difíceis, pelo amor que nos une.

 

 

Original: espanhol (7/4/2019). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal

Modalidades: A Campanha para bebés em risco de vida

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