Posted On 2018-11-05 In Campanha

O Magnificat do Pe. Esteban Uriburu continua vivo na sua missão

ARGENTINA, Cristina White •

Na sexta-feira, 12 de Outubro, Solenidade de Nossa Senhora do Pilar, lembrámos os 20 anos da partida do Pe. Esteban Uriburu para a casa do Pai. Além de membros da sua família, muitos filhos espirituais do Pe. Esteban acorreram, para o recordar na Eucaristia que foi celebrada pelo Pe. Guillermo Carmona, na Basílica de Nossa Senhora do Socorro. Nesta Paróquia situada no centro de Buenos Aires, Esteban Uriburu foi baptizado e deu os seus primeiros passos na fé. —

Torna-se difícil expressar com simples palavras a experiência que se viveu durante a Missa. Pessoas que trabalharam ombro a ombro em cada projecto que ele começava, casais que o acompanharam nas suas “loucuras” (como muitos descreviam as ideias brilhantes do Pe. Esteban), ou simplesmente, pessoas que não o conheceram mas que hoje participam em alguma das obras que ele fundou, todos sorriam ou assentiam com a cabeça à medida que se ia descrevendo o Pe. Esteban. Uma das suas irmãs disse no fim “Fizeram-me descobrir um Esteban que eu não conhecia, com tantas coisas que o meu irmão fez”.

O novo Cristóvão Colombo

Durante a Homilia, o celebrante, Pe. Guillermo Carmona, convidou-nos a agradecermos pela vida e legado do Pe. Esteban. Disse, como na sua vida houve uma grande Visitação de Nossa Senhora e o presente da alegria do Magnificat. Por ser irmão de curso, partilhou muitas vivências dos anos de seminário e depois, da sua vida sacerdotal na comunidade dos Padres de Schoenstatt. As suas palavras foram descrevendo a imagem que, todos os que conheceram Esteban Uriburu, têm gravada no coração a partir da experiência pessoal com ele.

O Pe. Carmona mencionou alguns traços da sua personalidade: o seu entusiasmo aventureiro pelo grandioso que, o potenciava a sair de si próprio, com magnanimidade, para o mundo, sem medo dos desafios da história, razão pela qual o Pe. Kentenich lhe chamava “o novo Cristóvão Colombo”. Também a sua abertura ao mundo da graça e a sua entrega em total confiança ao coração de Maria, à Sua fidelidade à Aliança de Amor.

Era uma pessoa capaz de acender a luz na noite da história, trazia sempre a alegria e não a tristeza neste mundo, sendo fiel ao seu Ideal Pessoal, ser “Luz mariana da misericórdia e victória do Pai”. Destacou a sua sensibilidade social, o seu compromisso com os mais necessitados que, deixou impresso em acções apostólicas concretas como a “Casa do Menino Padre José Kentenich” e a “Oficina de S. José”, em Florencio Varela.

 

Em João Pozzobon encontrou a missão da sua vida

Um acontecimento marcou a sua vida e o levou a encontrar a missão da sua vida: o encontro com a pessoa e a obra de João Luiz Pozzobon. A partir daí, ele afirmava ter encontrado a sua missão até ao fim dos seus dias e, assim foi. Na Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt, o Pe. Esteban viu a jogada para “deixar de desfilar nos quarteis e sair para fora”.

São muitas as obras apostólicas que brotaram da escuta atenta do Pe. Esteban. Ele procurava perceber as vozes de Deus nos anseios mais profundos dos corações para os animar e ajudar a que tomassem forma. No momento do Ofertório, representantes dessas obras apostólicas impulsionadas pelo Pe. Esteban, levaram oferendas alusivas às mesmas:

  • A Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt
  • Confidentia
  • Voluntariado de Maria
  • Oficina S. José
  • Casa do Menino José Kentenich
  • Exploradores da Mater
  • Círculo Vocacional
  • Centro Mariano “João L. Pozzobon”, Henderson, Diocese de Nueve de Julio
  • Acção Rosário
  • Grupos da Obra das Famílias.

Também estiveram presentes vários Santuários que surgiram do fogo apostólico que Pe. Esteban semeou na Argentina: San Isidro, Escobar, Mar del Plata, Comodoro, Rivadavia.

A sua entrega total num círio

A última oferenda foi muito emocionante: uma das suas irmãs levou um círio aceso representando a entrega total a Deus do Pe. Esteban que, teve início nesta Paróquia onde foi recordado, ao receber a Luz de Cristo no dia da sua aliança baptismal e que, foi crescendo, através da sua Aliança de Amor, ao longo de toda a sua vida até abraçar a sua doença e a sua morte, unindo-as ao sacrifício Redentor de Jesus.

A seguir à Bênção Final, todos os representantes das obras apostólicas com os respectivos estandartes, saíram em procissão, a cantar o Hino da Família de Schoenstatt tocado por uma banda de música de que tanto gostava o Pe. Esteban.

Maria fê-lo Seu profeta e deu-lhe uma missão

O Pe. Esteban foi um exemplo de figura sacerdotal em todas as suas dimensões. À medida que o tempo passa, a sua paternidade, a sua entrega e a paixão pela missão, cobram renovado impulso para aqueles que tiveram o privilégio de estar com ele.

Pessoalmente, tive a sorte de partilhar com ele, doze intensos anos de serviço à Campanha. Recebi tanto que não posso deixar de o dar com alegria. Do Céu continua a acender o coração e o ardor missionário. Nestes tempos em que a vida, a família, os valores parecem despenhar-se num precipício, no mistério da comunhão dos santos, ele intercede para que tenhamos a valentia de nos arriscarmos por Cristo, pelo Reino de Deus, a partir da nossa heroica e confiante vivência da Aliança de Amor.

A pressa da Mater, o objectivo da Campanha

Se alguma coisa me deixou, gravada a ferro e fogo, foi o de levar centenas, milhares a consagrarem o seu coração a Maria, a abençoar os seus Santuários-Lar, a elaborar um suporte popular deste mistério de Schoenstatt. Esta é a pressa da Mater e o objectivo da Campanha, como Seu João afirmava: “Salvar a família por meio da grande Obra de Schoenstatt”.

Qual é a nossa novidade, a nossa originalidade, o nosso carisma? A Aliança de Amor. Por isso, ele via a necessidade de trabalhar e de levar isto para campo aberto, a toda a Igreja, sem nos determos a pôr entraves estruturais que só atrasam o trabalho da Graça, de aproximar os corações a Cristo através do coração da Sua Mãe.

Hoje, quero deixar um pedido ao Pe. Esteban para que interceda, junto de Deus Pai: que surjam, como ele ansiava, muitos aliados na Campanha, missionários e evangelizados, que possam como ele, fazer crescer a luz e o fogo de Cristo recebidos no Baptismo, através da Aliança de Amor e, assim ser possível transformar e incendiar o mundo com o amor de Deus.

Basílica do Socorro

Original: espanhol (28/10/2018). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal

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