Posted On 2016-08-25 In Campanha

Mais um ano, minha Mãe!

ARGENTINA, por Silvia Sibay •

Domingo ameno no mês de agosto tucumano. É inverno no hemisfério sul… para quem se preparava para levar casacos para se abrigar do frio, foi surpreendido com um amanhecer de céu limpo e sol brilhante.

Desde o dia anterior, esse esperado 14 de agosto, os missionários esmeravam-se em deixar o Santuário decorado para receber os que iriam participar na grande festa.

E chegou o dia!

À entrada iam-se reunindo os que chegavam para iniciar a procissão lembrando o iniciador da Campanha da Mãe Peregrina, João Pozzobon.

A procissão foi presidida pela cruz processional, as imagens auxiliares das províncias vizinhas e as de Tucumán, um quadro do Padre Kentenich e outro de João Pozzobon, imagens peregrinas, bandeiras e estandartes que identificavam as diversas paróquias e localidades do interior da província.

Iniciou-se a caminhada com violinos, bombos e guitarras, rezando o Santo Terço. Ao longe, o Santuário esperava acolhedor.

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No ano da Misericórdia, a indulgência plenária para os peregrinos

No Santuário, o Pe. Guillermo Cassone deu as boas-vindas a todos os participantes e abençoou objetos religiosos, chaves de casa e carros. Também explicou as condições para receber a indulgência plenária que o Bispo tinha concedido para esse dia tão especial.

“Com flores para Maria”

Como não homenagear a querida Mater no início do dia! Primeiro o Pe. Guillermo e depois as responsáveis diocesanas da Campanha de cada província, entraram no Santuário para oferecer rosas vermelhas, símbolo do amor incondicional à Mãe a quem nesse dia se entregavam por mais um ano como missionárias.

A peregrinação continuou até ao salão multiusos, onde se realizariam as atividades até à hora da Santa Missa.

O salão foi-se enchendo de missionários e peregrinos. Irmãos de Santiago del Estero, Catamarca e Salta disseram, presente! Saudações, encontros e viver juntos outro dia, para trocar experiências e afetos.

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A alegria da Campanha

O Pe. Cassone recordou aos missionários a missão recebida por João Pozzobon e a importância de renovar o compromisso de a continuar se o coração de cada um assim o quisesse.

A seguir começou o almoço, entre conversas, risos e a partilha dos alimentos.

Os bombos, as guitarras e os cantores, anunciaram o começo da festa. Numa região em que abundam os bons músicos, foram apresentados ranchos folclóricos que amenizaram o encontro com as suas canções e danças. Muitos missionários e peregrinos acompanharam a dança.

Tudo foi uma festa e uma imensa alegria partilhada ano após ano.

Ao contemplar o Santuário, o coração batia aceleradamente. Para além do salão cheio de gente, à sombra dos limoeiros, ciprestes e outras árvores do lugar, centenas de pessoas partilhavam e contemplavam a beleza da paisagem.

Mais de mil peregrinos estiveram presentes nesse domingo. Deus ofereceu um clima acolhedor.

As novas responsáveis da Campanha da Mãe Peregrina de Tucumán, junto à sua equipa, trabalharam incansavelmente para preparar tudo e com grande emoção, viram o fruto do seu esforço.

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Mais um ano, minha Mãe!

Aproximava-se a hora tão esperada: a Santa Missa e a renovação do compromisso missionário.

Com as imagens peregrinas apertadas contra o coração, os missionários foram-se congregando em redor do Santuário.

Depois da oração da renovação, com as imagens erguidas, com grande emoção, ouviu-se um grito unânime: “Ela é a Grande Missionária, Ela fará milagres!”. Lágrimas, abraços, testemunhavam o que cada um experimentava no seu interior.

Alguns testemunhos

Várias pessoas que chegaram pela primeira vez ao Santuário manifestaram as suas experiências.

Uma senhora de Catamarca, que vinha pela primeira vez, disse ter sentido algo de especial no seu interior, algo que nunca tinha experimentado ao entrar no recinto do Santuário. Compreendeu imediatamente que estava em terra santa.

Outra senhora, muito mariana, de Tucumán, veio porque soube da festa. Não conhecia o Santuário, não era missionária nem missionada, mas sentiu-se chamada e partilhou o dia inteiro. Manifestou sentir-se, nesse momento, filha predileta de Maria, mas de uma maneira muito especial, que lhe enchia o coração.

Muitas pessoas perguntaram como ser missionários, quando se iniciava a preparação, porque se tinham sentido chamadas.

No ano da Misericórdia e depois de terem recebido a indulgência, compreendendo o que significava e o presente que tinham recebido, muita gente foi ao sacramento da reconciliação.

Misericordiosos como o Pai, saiamos ao encontro

Continua o ano da Misericórdia, mas para os missionários e todos os batizados, não deve ser só um ano.

O perdão, a reconciliação, o ver a Cristo no irmão, é uma missão para a vida.

Muitas vezes perguntam: o que faz Schoenstatt pelos demais? É uma tarefa muitas vezes silenciosa e anónima. Outras vezes publicitada e felicitada.

O missionário superou-se este ano. Entendeu que, para além da sua missão diária, tinha que sair, como pede o Papa Francisco, para consolar, ajudar, num mundo onde há tanto sofrimento e carências.

Assim o entendeu João Pozzobon:

“O objetivo atual…é ser um reflexo da justiça cristã: um pelo outro, para uma nova conquista da dignidade e respeito da pessoa humana, com os seus valores, encontrando-nos com os mais necessitados.”

“Sentir o que o outro sente, e dar-lhe o que não tem. No campo espiritual e material.”

IMG-20160815-WA0028Missionários, saiamos ao encontro!

Original: espanhol. Tradução: Maria de Lurdes Dias, Lisboa, Portugal

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