Posted On 2019-02-28 In Aliança solidária

Em solidariedade com a Venezuela

Sarah-Leah Pimentel, África do Sul•

Num país que enfrenta grave escassez de alimentos e medicamentos devido à hiperinflação desenfreada e à má governanção, a ajuda humanitária é uma necessidade. É um crime contra a humanidade queimar aquela comida que poderia salvar milhares de vidas. —

Na Venezuela não há comida suficiente para atender às necessidades básicas diárias de mais da metade da população. Já morreram inúmeras pessoas vítimas de doenças evitáveis porque os hospitais ficaram sem artigos médicos e remédios.

Por um momento, deixemos de lado a política e as razões pelas quais o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, não quer que os comboios de ajuda humanitária entrem no país. Por um momento, deixemos de lado a postura da comunidade internacional para apoiar Maduro ou o líder da oposição, Juan Guaido. Por um momento, vamos esquecer quem está certo e quem está errado.

Vamos concentrar-nos no que aconteceu neste fim de semana. Milhões de pessoas estão desesperadas por comida e remédios. Camiões cheios de ajuda humanitária estão esperando há semanas nas fronteiras da Venezuela com a Colômbia e com o Brasil. Esses camiões são a esperança do povo faminto da Venezuela. Mas esses camiões também fazem parte de um braço de ferro internacional entre Maduro e Guaido e os seus aliados. Finalmente, após semanas de espera, os primeiros camiões chegaram à fronteira, onde milhares de voluntários estavam esperando para levar os suprimentos para um local seguro.

 

Em vez de permitir o corredor humanitário, a polícia nacional – sob as ordens de Caracas – atearam fogo a três camiões cheios de preciosos alimentos e remédios. Tumultos eclodiram e pessoas morreram. O resto dos camiões retornou pela fronteira para segurança. O povo da Venezuela ainda está com fome.

Qualquer presidente que permita que o seu povo morra de fome para acertar as contas políticas é um assassino. É de partir o coração ver como um país outrora rico, produtor de petróleo, ficou de joelhos por causa do orgulho, do poder e da ganância.

O Papa Francisco, embora se tenha recusado a tomar partido, também pediu uma solução que priorize as necessidades do povo e não os interesses partidários.

O povo da Venezuela não está sozinho. Como Schoenstatteanos, unimo-nos em solidariedade de oração pelos nossos irmãos e irmãs venezuelanos. Oramos para que a ajuda alimentar finalmente chegue às pessoas que precisam dela tão desesperadamente. Oramos para que a situação política seja resolvida. Oramos para que não haja derramamento de sangue.

Estamos confiantes de que as nossas orações serão ouvidas. A Mãe Santíssima estabeleceu-se na Venezuela. Várias imagens da Mãe Peregrina visitam as casas daqueles que estão sem comida, aqueles que estão com fome de mudança, aqueles que estão com fome de paz.

Maria é mãe. Ela ouve as nossas orações, ela ouve os gritos dos seus filhos. Em atitude de confiança infantil, confiemos à nossa mãe a nação Venezuelana.

 

Vía Crucis con los Jóvenes -Campo Santa Maria La Antigua

Oração durante as estações da Via Sacra na JMJ, janeiro de 2019

Fotos: Panama2019

Original: Inglês, 25. FEVEREIRO 2019. Tradução: José Carlos A. Cravo, Lisboa, Portugal

 

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