peregrinación Hasenkamp - La Loma

Posted On 2022-08-16 In Schoenstatt em saída

Jorge Schaab – 27 anos peregrinando de Hasenkamp a La Loma

ARGENTINA, Martina Schaab, através de www.peregrinaciondelospueblos.com

Cada experiência relatada é como uma pequena vela que ilumina a nossa alma e nos conforta, é a vossa história, a minha história, a nossa história, todos nós somos uma parte fundamental destes 40 anos! – Com estas palavras, os organizadores iniciam a partilha de histórias reais de peregrinos, histórias vividas durante os 40 anos da Peregrinação dos Povos que une uma Ermida de Hasenkamp com o Santuário de La Loma no Paraná. Partilhamos um destes, o de Jorge Schaab, contado pela filha. Ele já não o pode fazer, uma vez que morreu de Covid. —

Neste ano muito especial, quando a Peregrinação dos Povos faz 40 anos, quero contar-vos a história de uma pessoa muito especial, que peregrinou com a Mater durante 27 anos.

“Jorge Schaab” o meu pai, uma pessoa por quem muitas pessoas rezaram, por ele e pela sua saúde, uma pessoa que foi levada pela pandemia mas que permaneceu no coração de muitas outras.

Quando eu tinha 8 anos, ele levou-me a conhecer esta bela veneração a Maria

O meu pai fez a PDLP (Peregrinação dos Povos) durante 27 anos consecutivos com milhares de histórias em cada uma delas.

No início ele falou-me da sua primeira peregrinação, que fizeram em jeans e alpargatas, carregando mochilas e o mate. Naquela época havia poucos peregrinos, não havia camiões de apoio, ambulâncias ou colectores.

Ele começou a caminhar com o meu tio, depois com a minha mãe, com a minha irmã, e quando eu tinha 8 anos, levou-me a conhecer esta bela adoração que ambos tínhamos pela nossa Mater e pela peregrinação dos povos. Partilhámo-la juntos durante 11 anos seguidos.

Lembro-me que todos os anos chegava Agosto e esperávamos ansiosamente pela chegada de Outubro, começando a organizar as nossas coisas de modo a não nos faltar nada.

Peregrinación de los Pueblos

É assim que a recordamos: 2019

O Fiat com altifalantes

Após alguns anos como peregrino, o meu pai fez o apoio no camião que partia da paróquia de Oro Verde, à espera dos peregrinos em cada paragem.

Após alguns anos ele começou como um móvel sonoro, tivemos um “Fiat Uno” no qual ele colocou os altifalantes no topo, a sirene e com isso acompanhávamos os peregrinos até chegarmos a La Loma.

Alguns anos mais tarde comprámos um pequeno camião, novos altifalantes (destinados à peregrinação), uma nova sirene e lá fomos os dois de novo com o coração cheio de felicidade à espera de chegar a La Loma.

Com o passar dos anos em 2015, comecei a juntar-me ao grupo dos Servidores de Maria do Paraná.

Foi então que o meu pai decidiu deixar o móvel sonoro para se juntar como “colector”.

Aqueles que tiveram o prazer de o conhecer recordarão como ele ia na carrinha com o seu sinal luminoso e a sua sirene ressoando ao longo da peregrinação, sempre com um sorriso e uma palavra de encorajamento.

Sabíamos que ele estava perto de nós e que um colector só se aproximava quando ouvia a sirene.

Passaram-se anos e ele fez parte da nossa bela família de Servidores, para eles ele era apenas mais um pai.

Recolha de garrafas para as tochas à noite

Lembro-me que ele estava encarregado de recolher as garrafas desde o início do ano para as tochas nocturnas.

Era ele que nos esperava nas paragens com um mate quente, algumas contas e sempre com uma palavra de encorajamento para que continuássemos a nossa viagem.

O meu pai, uma pessoa que amou cada momento da peregrinação e que a viveu com tanto entusiasmo e amor.

Onze anos a partilhá-la juntos como pai-filha, inexplicável a emoção e alegria que isto gerou.

Milhares de memórias ainda por contar, guardadas no meu coração e no coração de todas as pessoas que o conheceram. Este ano ele não está fisicamente connosco, mas vamos em peregrinação juntos de coração a coração.

Mais: www.peregrinaciondelospueblos.com

Original: castelhano (14/8/2022). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal

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