EUA, Zachary Larson •
É difícil acreditar que mais de 600 peregrinos percorram 18 kilometros um dia por ano em Austin, no Texas. Todas os anos, na sexta-feira santa, os católicos de Austin caminham da Catedral de Santa Maria até ao Santuário mariano de Nossa Senhora de Schoenstatt e honram a morte de Cristo na cruz. Com o meu amigo Cody, dirigimos a multidão ao longo da estrada principal do Texas na 9ª Peregrinação anual de Sexta-Feira Santa, eu senti o impacto que este evento causou na minha cidade natal.—
Na sexta-feira, 19 de abril, as ruas de Austin tornaram-se no palco para um grupo de dezasseis schoenstateanos da Universidade do Texas. Depois de uma solene bênção do bispo Joe Vasquez, eles guiaram os peregrinos numa reconstituição da Via-Sacra e interpretaram a paixão e a morte de Cristo. Esses homens e mulheres desejavam ser um sinal de fé para aqueles que acompanham a Cristo. Peregrinos conectados com a cruz de Cristo carregando uma cruz real, rezando o terço da divina misericórdia e cantando. “Isto é absolutamente lindo e eu venho todos os anos”, comentou Joe Leary, um participante.
“Impressionámos a cidade de Austin”
O evento representa um grande significado para toda a cidade, no entanto. Sasha Krauss, coordenadora do elenco, disse: “No final, impressionamos não só os peregrinos, mas também a cidade de Austin.” Muitos espectadores observaram a peregrinação ou até se juntaram ao cortejo. Transformar a cultura a partir de dentro representa o objetivo final.
Começou com uns 30 estudantes
Em 2009, um pequeno grupo de cerca de 30 estudantes universitários, chefiados por James Van Matre e Megan McQuaid, iniciaram a peregrinação de Sexta-Feira Santa. Dez anos depois, todo o Movimento de Schoenstatt de Austin coordena a logística. A Peregrinação tem crescido e agora atrai pessoas de toda a Diocese de Austin, incluindo San Marcos e College Station. Os preparativos começam em janeiro, quando os coordenadores do Movimento planeiam o trajeto e contatam as escoltas policiais. Os alunos também começam a trabalhar em fevereiro, ensaiando regularmente.
Indicando o caminho para Cristo
Este ano, Francine Pelaez representou Maria, a Mãe de Cristo. “No começo, fiquei nervosa e senti-me quase inadequada para o papel. Mas, através da oração e da reflexão, percebi como este convite não poderia ter ocorrido num momento mais perfeito”, explicou ela. “Atualmente, estou a preparar-me para coroar a Mãe Santíssima, e essa experiência ajudou-me a aprofundar o meu relacionamento com ela.” Francine continuou: “Reconhecer as figuras maternais que tenho na minha vida ajudou-me a interpretar Maria. Perceber que ela está viva em tantas pessoas na minha vida é o que me manteve em movimento. Ela está sempre segurando a minha mão e indicando o caminho para Cristo”.
Estrela Guia
Michael McGarrity assumiu o papel de Jesus e passou por provações, mas também viu muitos frutos espirituais. “A maior dificuldade em se preparar para o papel de Jesus foi definitivamente o aspeto espiritual”, disse ele. “O esforço físico, embora notável, não é terrível. Entretanto, estar espiritualmente pronto, preparar-se para ser uma imagem tão literal de Cristo para tantos – isso era intimidador. E, como a minha jornada provou, verdadeiramente humilhante.” Tal como para Francine, Maria tornou-se uma estrela-guia para o trabalho duro de Michael. “Imaginei a Mãe Santíssima sofrendo ao lado do seu filho e orei para que ela me abençoasse com a Graça para emocionar as pessoas. Essa foi a minha motivação”, explicou ele.
Todo o elenco ofereceu muitas contribuições heroicas ao Capital de Graças para conquistar a peregrinação com sentimento. A Santíssima Virgem tomou verdadeiramente este apostolado nas suas mãos.
Fotografias de Nathan Zamora
Original: Inglês, 29. Abril 2019. Tradução: José Carlos A. Cravo, Lisboa, Portugal