Posted On 2013-06-25 In Santuário Original

O dia 22 de maio de 2013 em Portugal – 36 depois (1977-2013)

PORTUGAL, Ir. M. Paula Leite. Depois do grande acontecimento de 22 de maio de 2013, procuram-se datas históricas que “coincidem” com este dia. Em Portugal, na diocese de Aveiro, não precisamos procurar ocorrências do dia 22, apenas pudemos constatar que, aqui neste pedacinho de terra, a história profetizou e confirmou a vitória da fé, da confiança e entrega dos pequenos instrumentos da MTA.

 

 

Com a forte tempestade que atravessou o nosso Centro Tabor no mês de Janeiro, derrubando quase todos os pinheiros, um dos estragos foi o nosso nicho, o primeiro marco histórico deste lugar e onde se celebraram as primeiras Alianças de Amor da juventude feminina e masculina. O estrago material não foi muito, mas este nicho tinha a particularidade de estar à sombra da primeira árvore aqui plantada e de esta ter três troncos paralelos com três coroas. Por isso foi “batizada de árvore da Santíssima Trindade”. A sua queda fez levantar o nicho, abrindo-o a meio. Logo a seguir a este acontecimento realizou-se a reunião, em Schoenstatt, com os Palotinos e o resultado foi o corte nas negociações do Santuário Original. Refletindo nesta “coincidência” de abalo dos primeiros símbolos (o Santuário Original em Schoenstatt e o nicho no nosso Centro Tabor), o Conselho da Família Diocesana decidiu não reconstruir o nicho imediatamente e propor à Família de Aveiro uma reconquista espiritual. Assim aconteceu. Foi elaborada uma oração e cada Ramo incentivou os seus elementos a peregrinar ao nicho e aí rezar a oração pelo Santuário Original. Marcamos a celebração da reinauguração do nicho para o dia 31 de Maio.

“Aqui ajoelhamos, rezamos e sonhamos…”

Logo que se retiraram as raízes da árvore e se reconstruiu os fundamentos do nicho, viu-se como o terreno ficou mal tratado nesse local. Surgiu então a ideia de fazer um pavimento à volta do nicho. As Irmãs de Maria idealizaram a forma que este deveria ter. Decidiram que seria o Símbolo do Pai porque uma das duas datas gravadas no nicho é precisamente a da primeira visita a este terreno, quando ainda nada existia, quando o P. Domingos e o P. Miguel Lencastre traziam o Símbolo do Pai para o Santuário Original. “Aqui ajoelhamos, rezamos e sonhamos…”, escreveram na crónica. E, quando nós, perante as dificuldades com as negociações pelo Santuário Original, assumimos nova conquista espiritual, o pavimento em forma de Símbolo do Pai ganhou mais sentido, pois ficaria como fundamento da origem, do nosso nicho.

Agora sim, nicho e Símbolo do Pai ficam para sempre ligados ao Santuário Original

Como não dizer que nos sentimos privilegiados na missão a partir deste Santuário, deste pedacinho de terra? Para um schoenstattiano não há coincidências, há a fé na condução de Deus, mesmo nos mais pequenos âmbitos e missão. No dia 22 de maio, precisamente no dia do 36º aniversário do nosso nicho, enquanto se espalhava pelo mundo inteiro a notícia do Santuário Original, desenhava-se e montava-se na areia a estrutura do Símbolo do Pai, para que no dia seguinte começasse a construção. A notícia da dádiva do Santuário Original chegou ao fim da tarde, surpreendendo o mundo inteiro, mas a nós ainda mais pela “coincidência” das datas, do símbolo escolhido para o pavimento e do dia em que iniciamos a concretização. Agora sim, nicho e Símbolo do Pai ficam para sempre ligados ao Santuário Original.

36 anos depois

O dia de festa da reinauguração foi grandioso. Recuperamos uma tradição que a geração mais nova não vivenciou: a procissão dos lírios. Convidamos toda a Família de Schoenstatt, mas também todos aqueles que fizeram a sua Aliança de Amor à volta do nicho. Foi muito bonito sentir como, numa noite de vento muito forte, um bom número de pessoas compareceu e muitos rostos que há anos não se veem por aqui. Todos trouxeram uma flor branca para a procissão que saiu da Casa do Padre Kentenich, depois de convidar o Pai e Fundador a peregrinar connosco, levando a parte de cima do nicho num andor enfeitado com muitas flores. Tivemos o presente da presença do P. Miguel Lencastre 36 anos depois, pois foi ele que benzeu o nicho naquela altura.

Uma nova geração de instrumentos da MTA que quer viver das origens para difundir a Cultura de Aliança

Cantamos os cânticos antigos e depois das palavras do P. Miguel, uniu-se o nicho numa peça só. Para assinalar o compromisso de missão da nova geração, foram plantados 3 pinheiros muito pequenos pela Liga das Famílias, a Liga das Mães e a Juventude. Antes de festejarmos com bolo e chá, cada participante foi ao Santuário buscar uma mensagem do Padre Kentenich. No final da Eucaristia, inauguramos também algo novo no Centro Tabor: placas em acrílico, junto dos marcos históricos, com explicação e dados históricos. De certo modo sentimo-nos privilegiados em como Deus conduziu a nossa história atual, deixando destruir para reconstruir a partir dos fundamentos de hoje: uma nova geração de instrumentos da MTA que quer viver das origens para difundir a Cultura de Aliança.

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