Posted On 2016-07-03 In Santuário Original

Inundações no Santuário Original – mais uma vez! E a Solidariedade maravilhosa

Por Pe. Egon M. Zillekens, Reitor, e Maria Fischer •

As imagens das inundações que ameaçaram o Santuário Original, e as corajosas operações de resgate do Monsenhor Peter Wolf, ainda estão frescas na nossa memória – e no sábado, 25 de junho, o Wambach quebrou novamente as suas barreiras após violentos aguaceiros, mas desta vez foi pior do que antes. Em poucos minutos ficou uma confusão com um manto de lama acastanhado que saía do vale Wambach cobrindo as estradas que levam ao Santuário Original. A água chegou até aos joelhos enquanto estávamos na frente da Casa Velha, e entrava pelo Santuário Original, alcançando o degrau do altar. Algumas pessoas que estavam orando no santuário ficaram tão chocadas que não sabiam como sair do santuário. “Tire os sapatos e chapinhe na água!” Muitos ficaram descalços durante todo o dia e com as calças arregaçadas, a tentarem fazer o que podiam. A brigada de bombeiros com trinta homens não tinha mãos a medir.

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Um metro de água no piso térreo do Marienau

A casa Marienau foi duramente atingida. Antes de nós percebermos o que estava acontecendo, a sala de jantar, a cozinha, os quartos do pessoal e o famoso “Klaus”, a sala onde as gerações se encontraram para uma cerveja e conversar, tinham um metro de água barrenta. “Entrava pelas janelas”, relatou o Pe. Zillekens “pela porta e por todos os lados. Aqueles que estavam lá em baixo só tiveram tempo de se salvar. Felizmente não aconteceu nada de grave … “Quando os bombeiros acabaram de bombear para fora a água, os pisos ficaram cobertas com 20 cm de lama.

Isso é solidariedade

As irmãs que trabalham no Centro dos Peregrinos espontaneamente ofereceram-se para ajudar, cuidando dos nossos hóspedes. Então surgiu uma onda incrível e maravilhosa de solidariedade – Irmãs do Centro de Formação e da Casa Mãe chegaram, junto com as Irmãs do Centro dos Peregrinos, para ajudarem na limpeza. Foi realmente incrível!

Os peregrinos que vieram para o Santuário Original para a Santa Missa, e que foram confrontados com tamanha confusão de lama, simplesmente juntaram-se nas operações de limpeza.

Sujo com a lama da rua

O nosso belo e branco Santuário Original foi cercado por ondas de água suja de lama. Durante décadas Schoenstatt cantou por todo o mundo: ” Os teus não perecerão!” Inicialmente, este canto referiu-se à Mãe Santíssima e foi aplicado ao Santuário Original, mas alcança muito mais longe …

“Um coração missionário”, disse o Papa Francisco na encíclica Evangelii Gaudium “está consciente destas limitações, fazendo-se «fraco com os fracos (…) e tudo para todos» (1 Cor 9, 22). Nunca se fecha, nunca se refugia nas próprias seguranças, nunca opta pela rigidez auto-defensiva. Sabe que ele mesmo deve crescer na compreensão do Evangelho e no discernimento das sendas do Espírito, e assim não renuncia ao bem possível, ainda que corra o risco de sujar-se com a lama da estrada”(EG 45).

O nosso belo Santuário Original e a casa Marienau sujos com a lama da rua (ou do Wambach). Pouco depois do Jubileu de 2014 o Bispo Auxiliar Michael Gerber disse:

“O aniversário do Schoenstatt está ocorrendo aqui no santuário, e em breve será celebrado em muitos outros lugares. A exagerar um pouco, poderíamos dizer que Schoenstatt nasceu na lama – na lama das trincheiras de Verdun, Merville e Cambrai, e o lodo do musgo de Dachau. Eu acho que nós, que crescemos em tempos mais pacíficos, nos faria bem ir espiritualmente a esses lugares, e tentar visualizar e experimentar a sujeira da lama por toda parte, de modo que ela penetre não só as nossas roupas, mas também as almas . … A fundação leva-nos directamente até à lama “.

A aliança de amor não só lidou com a lama, mas cresceu mesmo com ela …

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Fotos: Zillekens

Original: Alemão.  Tradução: José Carlos A. Cravo, Lisboa, Portugal

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