Posted On 2013-07-08 In Francisco - Mensagem

Para tocar o Deus vivo só é preciso sair para a rua

org. Como “portal da semana”, publicamos a partir de agora, de segunda a segunda, umas frases do Papa Francisco para cada passo quotidiano da nossa peregrinação. Assim animamo-nos mais e mais a converter-nos em peregrinos missionários, solidários, pobres, alegres, abertos e humildes, pedindo para que a Igreja nos renove no espírito autêntico da Aliança. Sem humildade não há serviço efetivo nem renovação interna e autêntica. O Papa Francisco fala-nos da graça 2014. Peçamos esta graça.

 

SEMANA 28/2013

 

Jesus não quer trabalhar sozinho, veio trazer ao mundo o amor de Deus e quer difundi-lo com o estilo da comunhão, com o estilo da fraternidade. Por isso forma imediatamente uma comunidade de discípulos, que é uma comunidade missionária. Imediatamente os envia em missão, a ir.
Mas atenção: a finalidade não é socializar, passar o tempo juntos, não, a finalidade é anunciar o Reino de Deus, e isto é urgente!, também hoje é urgente, não há tempo a perder com conversas, não é necessário esperar o consenso de todos, é necessário ir e anunciar.

Ângelus, 07.07.2013

Encontrarmos, nós, o Senhor que nos consola e irmos consolar o povo de Deus: esta é a missão. Hoje as pessoas precisam certamente de palavras, mas sobretudo têm necessidade que testemunhemos a misericórdia, a ternura do Senhor, que aquece o coração, desperta a esperança, atrai para o bem. A alegria de levar a consolação de Deus!

A seminaristas e noviços, 07.07.2013

A todos se leva a paz de Cristo, e se não a recebem, segue-se em frente. Aos doentes leva-se a cura, porque Deus quer curar o homem de todo o mal. Quantos missionários fazem isto! Semeiam vida, saúde, consolo nas periferias do mundo. Que bonito isto é! Não viver para si mesmo, não viver para si mesma. Mas viver para ir e fazer o bem. Há tantos jovens hoje a fazê-lo. Pensem nisto, perguntem-se, Jesus chama-me a ir, a sair de mim, a fazer o bem? A vocês jovens, a vocês rapazes e raparigas, pergunto-lhes: Vocês são corajosos, têm a valentia de sentir a voz de Jesus? É belo ser missionário!

Ângelus, 07.07.2013

Na história da Igreja existiram alguns erros no caminho para Deus. Alguns acreditaram que o Deus vivente, o Deus dos cristãos, se podía alcançar pelo caminho da meditação, e elevarem-se mais através da meditação. Isso é perigoso, eh? Quantos se perderam nesse caminho e não chegaram lá. Chegam sim, talvez, ao conhecimento de Deus, mas não de Jesus Cristo, Filho de Deus, a segunda Pessoa da Trindade. É o caminho dos gnósticos, não? São bons, trabalham, mas não é o caminho correto. É muito complicado e não leva a bom porto. Outros pensavam que para chegar a Deus havia que ser mortificado e austero, e elegeram o caminho da penitência: só a penitência e o jejum. E estes nem sequer chegaram ao Deus vivo, Jesus Cristo, o Deus vivo. São os pelagianos, que acreditam que podem conseguir tudo com o seu esforço. Mas Jesus diz-nos que a maneira de o conhecermos é encontrar as suas feridas. E as feridas de Jesus, são encontradas fazendo obras de misericordia, dando-lhe o corpo – ao corpo – e também a alma, mas ao corpo, a tensão, do teu irmão ferido, porque tem fome, tem sede, está nu, está humilhado, é um escravo, porque está na prisão, no hospital. Essas são as chagas de Jesus hoje.

26.6., Santa Marta

E Jesus convida-nos a ter um ato de fé, Nele, mas através destas chagas . ‘Oh, genial! Façamos uma fundação para ajudar todos eles e façamos muitas coisas boas para os ajudar’ Isto é importante, mas se continuamos neste nível, só seremos filantrópicos. Temos que tocar as chagas de Jesus, devemos acariciar as chagas de Jesus com ternura, temos que beijar as feridas de Jesus, e isto de modo literal… Pensemos, no que se passou com S. Francisco, quando abraçou o leproso? O mesmo com Tomás: a sua vida mudou! Para tocar o Deus vivo não há necessidade de fazer um curso de atualização, mas entrar nas chagas de Jesus, e para isso só é preciso sair para a rua.

26.6., Santa Marta

Na hora da escuridão, na hora da prova já está presente e operante a alvorada da luz e da salvação. O mistério pascal é o coração palpitante da missão da Igreja. E, se permanecermos dentro deste mistério, estamos a coberto quer de uma visão mundana e triunfalista da missão, quer do desânimo que pode surgir à vista das provas e dos insucessos. A fecundidade pastoral, a fecundidade do anúncio do Evangelho não deriva do sucesso nem do insucesso vistos segundo critérios de avaliação humana, mas de conformar-se com a lógica da Cruz de Jesus, que é a lógica de sair de si mesmo e dar-se, a lógica do amor. É a Cruz – sempre a Cruz com Cristo, porque às vezes oferecem-nos a cruz sem Cristo: esta não vale! É a Cruz, sempre a Cruz com Cristo – que garante a fecundidade da nossa missão. E é da Cruz, supremo ato de misericórdia e amor, que se renasce como «nova criação» (Gl 6, 15). ¡

A seminaristas e noviços, 7.7.2013

Os trabalhadores para a messe não são escolhidos através de campanhas publicitárias ou apelos ao serviço da generosidade, mas são «escolhidos» e «mandados» por Deus. É Ele que escolhe, é Ele que manda; sim, é Ele que manda, é Ele que confere a missão. Por isso é importante a oração. A Igreja – repetia Bento XVI – não é nossa, mas de Deus; e quantas vezes nós, os consagrados, pensamos que seja nossa! Fazemos dela… qualquer coisa que nos vem à cabeça. Mas não é nossa; é de Deus. O campo a cultivar é d’Ele. Assim, a missão é sobretudo graça. A missão é graça. E, se o apóstolo é fruto da oração, nesta encontrará a luz e a força da sua ação. De contrário, a nossa missão não será fecunda; mais, apaga-se no próprio momento em que se interrompe a ligação com a fonte, com o Senhor. Cultivemos a dimensão contemplativa, mesmo no turbilhão dos compromissos mais urgentes e pesados. E quanto mais a missão vos chamar para ir para as periferias existenciais, tanto mais o vosso coração se mantenha unido ao de Cristo, cheio de misericórdia e de amor. Aqui reside o segredo da fecundidade pastoral, da fecundidade de um discípulo do Senhor! A difusão do Evangelho não é assegurada pelo número das pessoas, nem pelo prestígio da instituição, nem ainda pela quantidade de recursos disponíveis. O que conta é estar permeados pelo amor de Cristo, deixar-se conduzir pelo Espírito Santo e enxertar a própria existência na árvore da vida, que é a Cruz do Senhor.

A seminaristas e noviços, 07.07.2013

Ser cristão não significa fazer as coisas,
mas deixar-se renovar pelo Espírito Santo.

Santa Marta, 06.07.2013

Tradução para o Português: Vatican.va, Maria de Lurdes Dias, Lisboa, Portugal

O objectivo da peregrinação
é a renovação da Aliança de Amor
na sua força plasmadora e missionária;
a qual será manifestada – no interior de Schoenstatt-, na renovação da Família
e- no exterior -, na edificação de uma Cultura de Aliança.

Documento de Trabalho 2014

 

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