Posted On 2013-06-03 In Francisco - Mensagem

A solidariedade de Deus com o homem, sua aliança solidária

org. Como “portal da semana”, publicamos a partir de agora, de segunda a segunda, umas frases do Papa Francisco para cada passo quotidiano da nossa peregrinação. Assim animamo-nos mais e mais a converter-nos em peregrinos missionários, solidários, pobres, alegres, abertos e humildes, pedindo para que a Igreja nos renove no espírito autêntico da Aliança. Sem humildade não há serviço efetivo nem renovação interna e autêntica. O Papa Francisco fala-nos da graça 2014. Peçamos esta graça.

SEMANA 22/2013

 

De onde nasce a multiplicação dos pães? A resposta encontra-se no convite de Jesus aos discípulos “Dêem-lhes vocês de comer”, “dar”, partilhar. O que é que os discípulos partilham? O pouco que têm: cinco pães e dois peixes. E são justamente os discípulos desorientados perante a incapacidade das suas possibilidades, perante a pobreza do que podem oferecer, os que fazem sentar a multidão e distribuem – confiando na palavra de Jesus – os pães e os peixes que saciam a fome de todos. E isto indica-nos que na Igreja mas também na sociedade existe uma palavra-chave da qual não temos que ter medo: “solidariedade”, ou seja saber “pôr à disposição de Deus aquilo que temos, as nossas humildes capacidades, porque só na partilha, na doação, a nossa vida será fecunda, dará frutos. Solidariedade: uma palavra mal vista pelo espírito mundano!

Esta tarde, uma vez mais, o Senhor distribui-nos o pão que é o seu corpo, faz-se dom. E também nós experimentamos a “solidariedade de Deus” com o homem, uma solidariedade infinita, uma solidariedade que nunca deixa de nos surpreender: Deus faz-se próximo de nós, no sacrifício da Cruz entrando na escuridão da morte para dar-nos a sua vida, que vence o mal, o egoísmo, a morte. Também esta tarde Jesus se doa a todos nós na Eucaristia, partilha o nosso próprio caminho, mais torna-se alimento que sustêm a nossa vida nos momentos em que o caminho se torna difícil, os obstáculos travam os nossos passos. E na Eucaristia o Senhor faz-nos percorrer o seu caminho, o do serviço, da partilha, da doação, e o pouco que temos, o pouco que somos, se for partilhado, converte-se em riqueza, porque é a força de Deus, a força do amor que desce sobre a nossa pobreza para a transformar.

Homilia do Corpo de Deus, 30.05

O triunfalismo na Igreja, detém a Igreja. O triunfalismo nos cristãos, trava os cristãos. Uma Igreja triunfalista, é uma Igreja que anda metade do caminho, uma Igreja que é feliz assim, bem equipada – bem cuidada! – com tudo muito bonito, tudo muito bem eh? Eficiente. Mas uma Igreja que nega os mártires, porque não sabe que os mártires são necessários à Igreja para o caminho da Cruz. Uma Igreja que só pensa em triunfos, êxitos, que não sabe aquela regra de Jesus: a regra do triunfo através do fracasso, o fracasso humano, o fracasso da Cruz. E esta é uma tentação que todos temos.

Pregação em Santa Marta, 29.05

Esta tarde perguntemo-nos, adorando a Cristo presente realmente na Eucaristia: Deixo-me transformar por Ele? Deixo que o Senhor que se doa a mim, me guie para sair cada vez mais do meu pequeno espaço e não ter medo de dar, de partilhar, de amá-lo a Ele e aos outros? Seguimento, comunhão, partilha. Rezemos para que a participação na Eucaristia nos provoque sempre: a seguir o Senhor em cada dia, a sermos instrumentos de comunhão, a partilhar com Ele e com o nosso próximo aquilo que somos. Então a nossa existência será verdadeiramente fecunda.

Homília do Corpo de Deus, 30.05

Ação. Maria partiu de viagem e “foi sem demora” (Lc 1,39). No domingo passado sublinhei este modo de agir de Maria: apesar das dificuldades, as críticas que terá recebido pela sua decisão de partir, não se deteve diante de nada. E aqui parte “sem demora”. Na oração, diante de Deus que fala, na reflexão e meditação sobre os factos da sua vida, Maria não tem pressa, não se deixa tomar pelo momento, não se deixa arrastar pelos acontecimentos. Mas quando tem claro o que Deus lhe pede, o que tem de fazer, não tarda, não se atrasa, mas vai “sem demora”. Santo Ambrósio comenta: “a graça do Espírito Santo não envolve lentidão” (Expos. Evan.seg.Lucam, II, 19: PL 15, 1560). O atuar de Maria é uma consequência da sua obediência às palavras do anjo, mas unida à caridade: vai ter com Isabel para ser útil; e ao sair de sua casa, de si mesma, por amor, leva quanto tem de mais precioso: Jesus; leva o seu Filho.

31.05.2013

Às vezes, também nós paramos para escutar, para refletir no que devemos fazer, talvez tenhamos também clara a decisão que temos de tomar, mas não passamos à ação. E sobretudo não vamos “sem demora” até aos outros para lhes levar a nossa ajuda, a nossa compreensão, a nossa caridade; para também levarmos como Maria, o que temos de mais precioso e que recebemos, Jesus e o seu Evangelho, com a palavra e sobretudo com o testemunho concreto do nosso agir. Escuta, decisão, ação.

Maria, mulher da escuta, abre os nossos ouvidos; faz com que saibamos escutar a Palavra do teu Filho Jesus entre as mil palavras deste mundo; faz com que saibamos escutar a realidade na qual vivemos, cada pessoa que encontramos, especialmente aquela que é pobre, necessitada, em dificuldade.

31.05

Peçamos ao Senhor a graça de não ser uma Igreja que ande metade do caminho, uma Igreja triunfalista, de grandes êxitos, mas de ser uma Igreja humilde, que caminha decidida, como Jesus. Para a frente, em frente, em frente. Com o coração aberto à vontade do Pai, como Jesus. Peçamos esta graça”.

Pregação em Santa Marta, 29/05

Trad.: Maria de Lurdes Dias, Lisboa, Portugal

 

O objectivo da peregrinação
é a renovação da Aliança de Amor
na sua força plasmadora e missionária;
a qual será manifestada – no interior de Schoenstatt-, na renovação da Família
e- no exterior -, na edificação de uma Cultura de Aliança.

Documento de Trabalho 2014

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