JMJ2019, Maria Fischer •
Uma igreja cheia de jovens com t-shirts dos Encontros Internacionais da Juventude de Schoenstatt na Costa Rica, várias Mães Peregrinas junto do Altar, cânticos de Schoenstatt, culminando com o Cântico de Franz Reinisch cantado aos gritos, entrega à Mater, com a pequena Consagração rezada por centenas de pessoas, mais de 20 sacerdotes de Schoenstatt no Altar, Leituras em 4 línguas – e uma saudação muito mas, muito cordial, ao “dono da casa”, o Pe. Rómulo Aguilar, a quem, há mais de 20 anos, o Pe. Esteban Uriburu entregou uma Peregrina para fundar Schoenstatt no seu país e que, há uns anos, selou a sua Aliança de Amor no Santuário de Schoenstatt de Bellavista, Chile: este é o cenário na Missa de boas-vindas dos schoenstatteanos na Paróquia S. Francisco da Caleta no Panamá.—
Vi-o no outro dia, terça-feira 22 de Janeiro, ao sair do seu gabinete. “Pe. Rómulo, nunca teria imaginado ser o anfitrião de toda a Juventude de Schoenstatt Internacional presente na Jornada Mundial da Juventude no Panamá?” “Não”, respondeu-me, “realmente não…” como também não teria imaginado ser o director de Liturgia e coordenador da JMJ? “Como havia eu de pensar que, me iriam destinar como coordenador de todos os trabalhos preparatórios para esta Jornada”, diz. “Calhou-me a mim, fazer relatórios para o Papa e vai calhar-me, também, dizer umas palavras no final da visita do Santo Padre, agradecendo-lhe por ter escolhido o Panamá para a JMJ”, acrescenta, com um sorriso.
Mesmo a tempo
O Santuário da Costa Rica foi abençoado “mesmo a tempo” para receber os 600 jovens de Schoenstatt durante os seus Encontros Internacionais antes da JMJ; uma pequena Ermida na Paróquia de S. Francisco da Caleta foi abençoada “mesmo a tempo” para receber os jovens de Schoenstatt alojados numa escola próxima e, muitos mais que lá, face à Ermida, se inscrevem e recebem o kit de peregrinos, assim como, os que, desde 23 de Janeiro, vêm às catequeses e ao Centro Espiritual a cargo do Movimento de Schoenstatt.
A alegria dos jovens ao encontrarem Nossa Senhora nesta Ermida é incrível. O primeiro grupo a chegar foi o da Juventude Feminina do México e, foi também o primeiro, a tirar a foto de grupo em frente da Ermida. Membros do nascente Movimento de Schoenstatt do Panamá, com coletes brancos com a imagem da Mater, recebem-nos com todo o carinho e orgulho de anfitriões. O grande grupo do Equador, jovens do Paraguai, da Juventude Masculina do Brasil com a recém- coroada Rainha da Juventude, peregrinaram à Ermida, tiraram fotografias, rezaram, foram à igreja – não apenas porque no interior há ar condicionado – mas, em busca do encontro com Jesus na linda Capela de Adoração do Santíssimo.
Grupo após grupo de schoenstatteanos, chegaram na segunda-feira, 21 de Janeiro, cansados, depois de mais de 20 horas de viagem em camionete desde a Costa Rica mas, felizes e com muita vontade de serem instrumentos de Maria nesta Jornada Mundial da Juventude, nos encontros, nos actos com o Papa e no serviço no Centro Espiritual da Paróquia de S. Francisco da Caleta e, especialmente, no Festival Mariano de 23 de Janeiro.
Com a Peregrina ao encontro de centenas de jovens da Austrália
No dia 22 de Janeiro à tarde, os universitários de Austin (Estados Unidos), com o Pe. Jesús Ferrás, estiveram a colar os cartazes preparados para o Centro Espiritual. Até na esquina do conhecido restaurante Jimmy’s, a poucos metros da Paróquia, há um cartaz a anunciar, em espanhol e em inglês, que há Adoração na igreja…basta seguir a seta. Para além disso, os jovens, os Assessores e, está claro, schoenstatt.org. divulgaram o convite para o Centro Espiritual e para o Festival Mariano, através das redes sociais e do Centro de Imprensa da JMJ.
Entretanto, um rapaz da Juventude Masculina do Paraguai estava na esquina da rua em frente à Paróquia, quando passaram centenas de jovens da Austrália…um instrumento de Maria na JMJ.
Instrumentos de Maria são, também, as muitas pessoas que, dia e noite, dão uma ajuda aos peregrinos jovens, sempre com um sorriso e tempo para conversar, ouvir, responder a perguntas.
A Aliança sente-se…
Voltemos à Missa de boas-vindas. O Pe. José Luis Correa, no início, fez a apresentação dos inúmeros Padres de Schoenstatt, Diocesanos, Seminaristas – e, também, dos Capuchinos concelebrantes, assim como, do Bispo do Uganda. Na sua Homilia fez referência à Santa do dia, Santa Inês, que seria muito nova para estar na JMJ e, contudo, teve tudo para ser mártir e santa, venerada até hoje. Mencionou, também, Carl Leisner, o jovem schoenstatteano, sacerdote de uma só Missa que, foi Ordenado no Campo de Concentração e beatificado por João Paulo II, e Franz Reinisch que deu a vida pela fidelidade à sua consciência: “… com a graça de Deus não agirei contra a minha consciência. Tem que haver pessoas que protestem contra o abuso de autoridade e, eu sinto-me chamado a este protesto”. Palavras tão actuais nestes tempos da Igreja como, em muitos Estados vizinhos do Panamá…
A Aliança sente-se nestes dias ao redor da Ermida, Aliança nas caras, nos peregrinos, nos sorrisos, nos gestos solidários, nos momentos missionários…e, nesta oração e Adoração noturna que termina, todos os dias, com a entrega à Mater e ao Senhor, dos êxitos e dos fracassos, ou seja, as contribuições ao Capital de Graças que, nos fazem schoenstatteanos e transformam um lugar em Santuário.
Fotos 1
Fotos 2
Original: espanhol (24/1/2019). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal
