Por Maria Fischer, com material da Rádio Vaticano •
“A credibilidade da Igreja passa pelo caminho do amor misericordioso e compassivo que dá vida nova e infunde a coragem para olhar com esperança para o futuro”, escreveu Francisco em 18 de Julho, no Capítulo Geral dos Dominicanos e, pede-lhes que “sejam testemunhas da misericórdia, professando-a e encarnando-a nas vossas vidas e que sejam sinal de proximidade e de ternura de Deus para que a sociedade actual redescubra a urgência da solidariedade, do amor e do perdão”.
Não são apenas palavras. É real. Tão real como dois telefonemas do Papa depois do atentado de Nice.
Que posso fazer?
Depois de ter enviado um telegrama a Monsenhor André Marceau, Bispo de Nice, assinado pelo Secretário de Estado, o Cardeal Pietro Parolin e o apelo a seguir à oração do Ângelus dominical, o Bispo de Roma falou pelo telefone com o Presidente da Câmara de Nice, Christian Estrosi e com o Presidente de “Amigos Franco-italianos”, Paolo Celi.
Em entrevista à Rádio Vaticano e, para a nossa companheira Giada Aquilino, o senhor Paolo Celi conta o telefonema do Papa.
“Não esperava, de todo, o telefonema. Quando atendi, ouvi, “Paolo, sou o Papa Francisco”. Foi um momento de silêncio da minha parte! Depois, está claro, convidou-me a levar a toda a cidade de Nice, a todas as famílias das vítimas, a sua mensagem de solidariedade e de consolo dizendo: Que posso fazer?
O Papa disse-lhe que terá um encontro com os familiares das vítimas?
“Também falámos – estivemos algum tempo ao telefone – de um encontro em Roma num futuro próximo, sem marcar, ainda, uma data.”
Vigília em Sydney, Austrália
O Papa também falou com o Presidente da Câmara de Nice? Que reflexão surgiu da dor, do sangue derramado?
“Christian Estrosi viu com os seus próprios olhos imagens incríveis. O Santo Padre tornou a dar-lhe a energia necessária para esta situação. A chamada do Papa foi uma chamada que deu consolo a milhares de pessoas que trabalham para aliviar a dor. Foi, realmente, fundamental”.
Recordamos as palavras do Papa Francisco ao terminar a oração do Ângelus, no domingo 17 de Julho
“Está vivo nos nossos corações a dor pelo massacre que, na noite de quinta-feira passada em Nice, ceifou tantas vidas inocentes, até muitas crianças. Estou próximo de cada família e da inteira nação francesa em luto. Deus, Pai bondoso, acolha todas as vítimas na sua paz, ampare os feridos e conforte os familiares; Ele disperse qualquer projeto de terror e de morte, para que nenhum homem volte a ousar derramar o sangue do irmão. Um abraço paterno e fraterno a todos os habitantes de Nice e à inteira a nação francesa. E agora, todos juntos, rezemos pensando neste massacre, nas vítimas, nos familiares. Rezemos primeiro em silêncio…
[Ave Maria…]Ainda na noite do atentado saiu um artigo de solidaridade com as vítimas de Nice no nosso schoenstatt.org. Não é muito não. É um pequeno esforço, uma oração, a esperança de chegar aos schoenstatteanos, um sinal para quebrar o silêncio e a indiferença. É pouco. É muito mais que nada.
#prayfornice
Vigília nalgum lugar do mundo…
Original: espanhol. Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal