Posted On 2020-06-16 In Dilexit ecclesiam, Schoenstatteanos

“Um justo reconhecimento de uma história de presença sacerdotal de Schoenstatt na Argentina”

ARGENTINA, Pe. Tomás D. de la Riva •

O Padre Alejandro Blanco é o Secretário Geral da União Internacional dos Presbíteros de Schoenstatt. Neste momento, está sediado na Alemanha, na Casa central (Marienau) da União Internacional. O Padre Tomás D. de la Riva, da mesma comunidade, entrevistou-o sobre a nomeação do Padre Jorge González como Bispo Auxiliar de La Plata. —

Na sexta-feira passada, 5 de Junho, dia de São Bonifácio, o Santo Padre Francisco nomeou Jorge Esteban González, um sacerdote de La Plata de 53 anos, que é actualmente o Vigário Geral do Arcebispado, Reitor e Pároco da igreja catedral de La Plata, como Bispo titular de Alesa e Bispo Auxiliar da Arquidiocese. O Padre Jorge é membro da União de Sacerdotes de Schoenstatt da Região dos Padres del Plata.

 

Além de ser o primeiro Bispo nascido e criado em La Plata, será Jorge o primeiro Bispo de Schoenstatt argentino?

Sim, ele é o primeiro Bispo argentino que pertence a uma comunidade sacerdotal de Schoenstatt. Isto deixa-me muito orgulhoso. Os nossos países irmãos, Paraguai, Brasil, Bolívia, Chile, Alemanha, Itália e Chade, têm Bispos saídos das nossas comunidades sacerdotais de Schoenstatt. Os argentinos não, até agora. É claro que temos um Papa argentino. Mas agora temos também o primeiro Bispo de Schoenstatt argentino.

Como se pode interpretar isto?

Vejo-o como um justo reconhecimento de uma história de presença sacerdotal de Schoenstatt na Argentina, que começou em 1937, quando o primeiro sacerdote alemão da União, Padre Michael Maibach, veio com a tarefa de missão nestas terras e com o desejo expresso no seu coração de que o carisma se enraizasse aqui. Para isso, trabalhou arduamente até que o próprio Pe. Kentenich abençoou o Santuário da Mãe e Rainha do povo, em Paso Mayor, em 1952, após a bênção do Santuário de Novo Schoenstatt, em Florencio Varela, no dia 20 de Janeiro daquele ano.

Por outro lado, a história da União dos Sacerdotes na Argentina, na sua pré-história, por assim dizer, remonta ao trabalho que, desde 1969, foi realizado pelo Padre Spelthahn e pelo Padre King, formando o quadro dos seminaristas, que mais tarde constituiriam a região dos Padres del Plata, da União Internacional dos Sacerdotes de Schoenstatt.

Pessoalmente, como recebeste a notícia da nomeação do Pe Jorge?

A primeira coisa que tem repercussões em mim, desde a nomeação de Monsenhor González como Bispo Auxiliar de La Plata, é uma enorme alegria. Conheço o Jorge desde a sua adolescência como membro da Juventude Masculina. Além disso, partilhámos toda a nossa vida na União dos Sacerdotes desde a época do seminário. Não pertencemos ao mesmo Curso na comunidade, mas trabalhámos juntos desde a nossa juventude, na cidade de La Plata e não só.

Além disso, há algo de pessoal que me motiva muito. O meu pai era um amigo do pai do Jorge, Néstor. Quase se podia dizer que o meu pai, era para Néstor “o seu” grande amigo. Perdemo-lo há vários anos. Mas posso imaginar a grande alegria que o meu pai teria neste momento se vivesse entre nós, porque era uma pessoa transparente, como diz Jesus no Evangelho, com o coração limpo. Partilhava com grande felicidade tudo o que lhes acontecia viverem juntos. E isto ter-lhe-ia enchido a alma. É por isso que estou feliz, por causa da alegria do meu pai, que também está presente de outra forma nestes dias, especialmente nestes dias.

 

O Pe. Alejandro Blanco é Doutor em Filosofia e professor associado de Filosofia da Religião na Faculdade de Filosofia, Letras e Estudos Orientais da Universidade del Salvador, em Buenos Aires. É director de investigação na mesma universidade.

Original: espanhol (14/6/2020). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal

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