padres de Schoenstatt

Posted On 2022-04-20 In Em Aliança solidária com Francisco

Bate-papo com o Papa Francisco

VATICANO, Cassio Leal •

Estimado Pe. Ailton, há algumas semanas, em sua visita a Roma e ao Vaticano, você e mais quatro padres de Schoenstatt do curso Dilectio Patris Vivens ex Sion (Amor Vivo do Pai desde Sião) tiveram a oportunidade de encontrar pessoalmente ao Papa Francisco. Com certeza foi um momento inesquecível e muito especial na sua vida sacerdotal e que você levará sempre na memória e no coração. Por isso, gostaríamos de saber como foi essa conversa com o Santo Padre. —

CartaComo foi possível esse encontro? Como chegaram ao Papa?

Pe. Ailton: O encontro aconteceu no dia 8 de abril na Casa Santa Marta. Antes disso, havíamos enviado dois e-mails ao Papa, através de um sacerdote uruguaio que é secretário pessoal do Santo Padre. Para minha surpresa, recebi um bilhete como resposta, escrito de próprio punho por Francisco, confirmando o nosso encontro. Estiveram presentes os padres de Schoenstatt: Felipe Perez e Gonzalo Illanes do Chile, Matias Clavijo da Argentina, Gonçalo Cravo de Portugal e eu, do Brasil.

Foi um presente de Deus através da generosidade e humildade do Santo Padre. Na mesma semana, na quarta-feira, o Padre Alexandre Awi conseguiu nos colocar na primeira fila para cumprimentar o Papa na audiência geral.

Quando ele nos cumprimentou, falamos: “Papa, nós somos os Padres de Schoenstatt…” E ele respondeu: “Mas, vocês vêm na sexta-feira também, né?” Nós respondemos: “Claro que sim”.

E o Santo Padre ainda se desculpou dizendo: “Desculpem-me, é que o primeiro e-mail de vocês “se me “transpapeleó”, ficou perdido no e-mail com outros documentos – e assim que vi o segundo e-mail, deu tempo de responder. Então, saúdo vocês agora e a gente se vê novamente na sexta-feira.

Quanto tempo durou esse encontro? Superou as suas expectativas?

Pe. Ailton: Estivemos com o Santo Padre um pouco mais de 50 minutos…

Superou as expectativas em muitos sentidos. Primeiramente, porque nos sentimos muito à vontade, demos muitas risadas com a naturalidade e o humor de Francisco, mas, também tivemos momentos de sábios conselhos e pedidos do Santo Padre para nós, como jovens sacerdotes.

Um dos momentos mais bonitos, foi quando o Papa colocou em nossa imagem peregrina de curso, uma cruz parecida com a que ele usa, como Bispo de Roma.

Que frases do Papa Francisco lhe tocou mais?

Pe. Ailton: Pessoalmente, as frases que me tocaram do Santo Padre foram:

“Sejam misericordiosos, não torturem as pessoas.”

“Sejam capazes de perdoar a si mesmos, à medida que perdoem aos demais.”

“Por favor irmãos, lutem especialmente contra os pecados de caráter angelicais: soberba, orgulho, prepotência e especialmente “muchachos” contra a cultura da fofoca… A fofoca atenta contra o quinto mandamento – não matarás – porque ela mata a outra pessoa em vida.”

“Cuidem dos mais idosos, estar com eles é tocar a carne de Cristo… Cuidem dos idosos do povo de Deus e especialmente aos padres idosos.”

Essas foram algumas das frases ditas pelo Santo Padre que nos marcou, há algumas outras dirigidas mais ao contexto do nosso curso e ao serviço ministerial.

encuentro

Do JUMAS São Bernardo para o mundo. Em algum momento da sua vida, você imaginou que viveria essa experiência tão marcante?

Pe. Ailton: Na verdade, nunca pensei em viver algo assim. Tenho certeza que foi uma graça de Deus ao nosso curso. Pessoalmente, penso que foi pela intercessão do Padre Pio, pois a resposta do segundo e-mail, recebemos na mesma semana que foi enviado.

Pensando na missão de Schoenstatt para a Igreja, que impulso ou motivação você leva desse encontro com o Papa?

Pe. Ailton: O impulso que eu levo ao ver o Papa é de testemunhar um Santo Padre muito humano, alegre, humilde e com gestos de solidariedade conosco. Presenteou-nos com livros e terços em nossos idiomas. Em outras palavras, Francisco me tocou ensinando que a profundidade do evangelho se dá na simplicidade…

Pessoalmente em termos de Schoenstatt, levo uma palavra do Santo Padre deste encontro: “SERVIÇO”, trabalhem no que venha, estejam atentos e deem respostas as novas realidades que chegam até nós. Eu traduzo isso em ser um movimento em saída, ao encontro com o povo.

Depois desse tempo de aprendizado e formação na Europa, quais seus planos e projetos no seu retorno ao Brasil? Conte-nos um sonho que gostaria de realizar.

Pe. Ailton: Meu sonho é seguir trabalhando como Padre de Schoenstatt e servir, deixando Deus me conduzir através do que meus irmãos e superiores da comunidade pensem onde eu possa dar minha pequena contribuição – com essa pergunta, me lembrei que esse também foi um dos temas que conversamos com o Santo Padre.

Pastoralmente nestes quase 6 anos de sacerdócio, sempre fui feliz nos trabalhos que Deus me confiou para realizar como padre.

Pe. Ailton Brito Alves, Padres de Schoenstatt – Brasil

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