Oratorio Mariano

Posted On 2021-10-25 In Igreja - Francisco - movimentos

Somos irmãos mais velhos do Oratório Mariano

CHILE, Patricio Young •

Juan Tapia e Rodolfo Chacón foram as pessoas que, o Padre Martín Donetch, continuador do Movimento Oratório Mariano, criado pelo antigo Padre de Schoenstatt Sergio Mena, nos designou para entrarmos na experiência do seu Movimento. Acolheram-nos com grande afecto e na própria vida mostraram-nos isso. —

Esta é uma consequência do encontro de um grupo de schoenstatteanos, que incluiu o Padre Juan Pablo Rovegno, Director do Movimento no Chile, com o Padre Martin, que foi narrado num artigo anterior.

Foram anfitriões extraordinários que nos incorporaram, com Manena, a minha mulher, num grupo de reflexão e formação pertencente à comuna de Quilpué, na região de Valparaíso, Chile, e com os quais preparámos e realizámos uma peregrinação aos seus centros sagrados no dia 11 de Outubro.

O Oratório Mariano de la Virgen del Pueblo foi fundado em 1971 e está a celebrar o seu 50º aniversário. A Providência quis levar o seu fundador no início deste ano.

Oratorio Mariano

Uma experiência de encontro

Tumba del P. SergioFoi uma experiência muito bonita de comunidade e de encontro com a Mãe de Deus no seu Oratório central na Rua Sazie em Santiago e mais tarde no seu grande Centro localizado em Paine. Um lugar grande, selvagem e belo onde, na simplicidade do Movimento, existe um pequeno Oratório, semelhante ao nosso Santuário e as casas dos sacerdotes, dos religiosos, dos postulantes, uma casa de formação e o cemitério onde repousam os restos mortais do fundador, Padre Sérgio, e de outros religiosos.

Partilhámos sobre o humano e o divino. Concluímos com uma bela Eucaristia. Visitámos a casa onde o Padre Sérgio viveu os seus últimos dias. É uma casa de adobe típica, muito simples, com uma fotografia do Padre Kentenich na mesa da sala de jantar e, mais atrás uma fotografia dos dois na sua reunião em Milwaukee. Foi o fundador de Schoenstatt em quem o Padre Sérgio sempre se inspirou e a quem sempre invocou nas suas orações diárias. O Oratório Mariano considera-se um irmão de Schoenstatt e o Padre Kentenich o seu avô. Isto é clara e simplesmente declarado por todos os seus membros.

As intenções do fundador do Oratório Mariano

Mas mais do que apenas reproduzir um evento, gostaria de vos dizer o que aprendemos com este Movimento e as conclusões que ele nos sugere.

Não há dúvida de que Schoenstatt e o Oratório Mariano têm muito em comum. É bem conhecido que o Padre Sérgio renunciou aos Padres de Schoenstatt devido ao seu desejo de desenvolver um Movimento mais popular, em contradição com o Movimento elitista que, já estava a ser estruturado no Chile.

A sua intenção era traduzir a nossa línguagem para um sentimento mais adequado aos sectores sociais mais desfavorecidos, para que pudessem viver plenamente a experiência de Schoenstatt. Ele queria fazer isto dentro do Movimento, mas foi mal compreendido.

Por esta razão, também se definem a si próprios como um Movimento Pedagógico que procura a santidade dos seus filhos e, para isso, tomam elementos de Schoenstatt, mas modificam-nos na sua linguagem e nos seus sinais. Naturalmente há aspectos que lhes são muito próprios, tais como as suas doze pedras de fundação.

Incompreensões

CapillaNuma entrevista ao Padre Sérgio que apareceu no boletim Tinkunaco número 32 (Junho de 2018), referindo-se aos primeiros passos do seu Movimento e, em particular, à devoção mariana, salientou: “O Superior e director espiritual que me tinha acompanhado até essa altura, o Padre Francisco Javier Errázuriz (um dos anciãos de Schoenstatt daquela época, mais tarde Arcebispo e Cardeal de Santiago) falou-me de eu plagiar Schoenstatt. Ele fê-lo de forma bastante dura. E eu respondi-lhe: Não é exclusivo de Schoenstatt venerar imagens de Maria. Para que possam ver que não estou a plagiar Schoenstatt, mudei a imagem da MTA de Schoenstatt, com grande tristeza na minha alma, para a Mãe do Oratório, a Mãe do Povo”.

Ele continuou: “Para chamar a Mãe de Deus a um lugar, Bartolo Longo já o tinha feito antes em Pompeia. Estas foram as nossas constantes discussões, o que os levou a pensar que eu devia ter uma doença mental”.

Por esta razão, também se definem a si próprios como um Movimento Pedagógico que procura a santidade dos seus filhos e, para isso, tomam elementos de Schoenstatt, mas modificam-nos na sua linguagem e nos seus sinais. Naturalmente há aspectos que lhes são muito próprios, tais como as suas doze pedras de fundação.

Esta incompreensão está nas origens do Oratório. Relatam-no muito naturalmente, mas sem qualquer rancor. Pela mesma razão, estão claramente conscientes de que são também herdeiros do Padre Kentenich e consideram-nos seus irmãos e irmãs mais velhos. Chegou, portanto, o momento de estes irmãos e irmãs se reencontrarem e caminharem juntos, pois ninguém é supérfluo nesta tarefa de “criar um Homem Novo para uma Nova Comunidade “.

O Padre Sérgio, disseram-me, estava tão próximo do nosso fundador que as acusações contra ele o afectaram muito profundamente e morreu com essa dor. Sem dúvida que a sua dor é também uma preocupação para todo o Oratório.

Caminhar juntos – na diversidade

O nosso caminhar com eles foi muito enriquecedor e é claro para nós, por causa da resultante criadora, que é também uma obra querida por Deus, que hoje está presente em 9 países. Conhecendo os seus membros e em particular Juan, Rodolfo e Madre Maria Elena (com quem falámos muito nesse dia), é evidente que nos seus Oratórios também há milagres de abrigo, transformação e envio.

A Madre Maria Elena confidenciou-nos que, no Brasil, os Padres de Schoenstatt os ajudaram há alguns anos a financiar a sua comunidade. Há formas de encontro que devemos aprofundar.

Sem dúvida, a Mãe e a Virgen del Pueblo amam todos os Seus filhos por igual. O que Ela certamente não aprovaria, seria que os irmãos e irmãs mantivessem a sua distância, não dialogassem e não se encontrassem, quando somos muito complementares.

Esperemos pelos frutos e que a nossa Mãe se manifeste!

 

Original: espanhol (24/10/2021). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal

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