Posted On 2019-10-06 In Igreja - Francisco - movimentos, Schoenstatteanos

Mãe do Povo Missionário

VATICANO/ARGENTINA, Maria Fischer •

“Maria-Igreja: Mãe do Povo Missionário”: este é o título da tese de doutoramento em Mariologia recentemente concluída pelo Padre Alexandre Awi de Mello, Padre de Schoenstatt e Secretário do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, no International Marian Research Institute da Universidade de Dayton (Ohio), EUA.

O trabalho, publicado em Buenos Aires pela Editora Ágape Libros, percorre a vida e a acção marianas de Jorge Mario Bergoglio, mostrando como ele aprendeu a Piedade Popular Mariana através das suas raízes familiares, do contexto teológico-pastoral argentino e latino-americano e do seu contacto próximo com o povo fiel de Deus.

O livro contém os textos marianos de Bergoglio nas várias etapas da sua vida, entrevistas com o Papa e com as pessoas que lhe são próximas e mostra como a devoção mariana se tornou numa contribuição real para a implementação da sua visão da Igreja.

A formulação “Madre del Popolo Missionario” sintetiza, segundo o autor, a visão que o Papa tem, tanto de Maria como da Igreja, resumindo assim o fundamento teológico-sistemático do pensamento e da prática do Papa Francisco em relação à Piedade Popular Mariana.

Uma obra que ajuda a compreender toda a vida e todo o pensamento de Bergoglio/Francisco

O prefácio do Prof. Carlos María Galli, Decano da Faculdade de Teologia da Pontifícia Universidade Católica da Argentina e membro da Comissão Teológica Internacional, descreve um trabalho que “ajuda a compreender toda a vida e todo o pensamento de Bergoglio / Francisco, não apenas a sua reflexão mariológica no quadro da Piedade Popular Mariana. Limito-me aqui a apontar dois grandes núcleos teológicos do pensamento de Bergoglio que Awi ajuda a entender – lê-se no prefácio -. A primeira é a eclesiologia do povo de Deus; a segunda é a correlação entre Maria e a Igreja”.

As conclusões históricas, teológicas e pastorais deste estudo são relevantes para aqueles que desejam conhecer as raízes e colocar em prática a visão profética do Pontificado de Francisco.

 

Foto: Cassio Leal, schoenstatt.org: Audiência Jubilar, 2014

Ponto de partida: uma entrevista com o Papa

“Para aqueles que estão interessados e que ainda não têm acesso ao livro da tese de doutoramento, “recomenda-se o livro “Ela é minha mãe”, que foi o ponto de partida para escrever o doutoramento”, comentou o Padre Alexandre Awi a schoenstatt.org.

Um livro que não trata apenas da fé mariana do Papa Francisco, mas a coloca no contexto da sua visão da Igreja e da teologia do Povo de Deus. O livro surge de conversas entre o Padre Alexandre e o Papa Francisco, iniciadas em 26 de Dezembro de 2013 na Casa Santa Marta. O Padre Alexandre já conhecia o Cardeal Bergoglio, mas ainda hoje, reconhece a sua surpresa pela proximidade e disponibilidade do Papa Francisco. “Ao longo da entrevista e posterior elaboração do material, descobri o valor da teologia sapencial do Papa Francisco, que une, espontaneamente, teologia e espiritualidade”, comenta. “Este livro centra-se mais no testemunho de um filho de Maria, de um devoto que conhece pessoalmente a Santíssima Virgem e experimenta nesta relação uma forma de viver mais profundamente o seu encontro com Jesus”, explica o Padre Alexandre.

“A devoção do Papa Francisco à Virgem Maria é bem conhecida, mas agora temos um livro em que ele mesmo a explica e nos diz como a vive e como todos os cristãos a devem viver”, lê-se num comentário em “Religión en Libertad”, Espanha.

 

 

Este livro foi, originalmente, publicado em português do Brasil, no Brasil (Editora Loyola), a seguir em espanhol (Editora Patris na Argentina e Chile), Editora Monte Tabor  em Espanha, em português, em Portugal, Maria é minha mãe Editora Lucerna, em alemão (Benno-Verlag), em italiano (Cittá Nuova), em inglês (St. Paul’s, India) e recentemente em romeno.

Com material do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida

Artigo sobre o livro em “Religião em liberdade”, Espanha (em espanhol)

 

Original: espanhol (29/9/2019). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal

 

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