Posted On 2019-07-13 In Francisco - Mensagem, Igreja - Francisco - movimentos

Para seguir Jesus, a Igreja é itinerante, age imediatamente, depressa, decidida

PAPA FRANCISCO – MENSAGEM, Maria Fischer •

“Jesus deixou a casa paterna e renunciou a qualquer segurança para anunciar o Reino de Deus às ovelhas perdidas do seu povo. Assim Jesus nos indicou, a nós seus discípulos, que a nossa missão no mundo não pode ser estática, mas é itinerante. O cristão é um itinerante. A Igreja está, pela sua natureza em movimento, não permanece sedentária nem tranquila no próprio recinto. Está aberta aos horizontes mais vastos, enviada — a Igreja é enviada! — para levar o Evangelho pelas estradas e alcançar as periferias humanas e existenciais”. Antes da oração do Ângelus do Domingo 30 de Junho, O santo Padre meditou sobre o Evangelho do dia no qual S. Lucas descreve a última viagem de Jesus para Jerusalém, narração que conclui o capítulo 19.

“Trata-se de uma longa marcha não apenas geográfica e espacial, mas espiritual e teológica, rumo ao cumprimento da missão do Messias. A decisão de Jesus é radical e total, e quantos o seguem são chamados a medir-se com ela”, indicou o Papa.

Nesta passagem, o Pontifíce destacou que o evangelista apresenta três personagens, “hoje o Evangelista apresenta-nos três personagens — poderíamos dizer três casos de vocação — que esclarecem o que é exigido daqueles que querem seguir Jesus até ao fundo, totalmente”.

“Ontem, na nossa Madrugada, falámos sobre isto, mas com referência a São Pedro e São Paulo. O celebrante convidou-nos a arder pela a Missão, como eles, e agora o Papa convida-nos a fazer o mesmo. Já partilharei o link com os Madrugadores”, comentou Juan Barbosa, de Córdoba, Argentina, quando dentro da equipa de schoenstatt.org foi partilhada a nota dos Media do Vaticano sobre a mensagem do Papa Francisco no Angelus de 30 de junho.

O cristão é itinerante. O Schoenstatteano também.

Assim Jesus nos indicou, a nós seus discípulos, que a nossa missão no mundo não pode ser estática, mas é itinerante. O cristão é um itinerante. A Igreja está, pela sua natureza em movimento, não permanece sedentária, nem tranquila no próprio recinto. Está aberta aos horizontes mais vastos, enviada — a Igreja é enviada! — para levar o Evangelho pelas estradas e alcançar as periferias humanas e existenciais.

Em primeiro lugar, o Santo Padre recordou a primeira personagem que  promete a Jesus: «Seguir-te-ei para onde quer que vás» (v. 57). Generoso! Mas Jesus responde que o Filho do Homem, contrariamente às raposas que têm as suas tocas e aos passarinhos que têm os seus ninhos, «não tem onde reclinar a cabeça» (v. 58). A pobreza absoluta de Jesus! Com efeito, Jesus deixou a casa paterna e renunciou a qualquer segurança para anunciar o Reino de Deus às ovelhas perdidas do seu povo. Assim Jesus nos indicou, a nós seus discípulos, que a nossa missão no mundo não pode ser estática, mas é itinerante. O cristão é um itinerante. A Igreja está por sua natureza em movimento, não permanece sedentária nem tranquila no próprio recinto. Está aberta aos horizontes mais vastos, enviada — a Igreja é enviada! — para levar o Evangelho pelas estradas e alcançar as periferias humanas e existenciais”, afirmou.

Igreja Peregrina… o grande desafio lançado pelo Concílio, a grande missão proclamada pelo Padre Kentenich na bênção da pedra angular do Santuário Internacional de Roma. A mensagem do Papa desafia-nos a cada um de novo. Voltamos a ler:

Assim Jesus nos indicou, a nós seus discípulos, que a nossa missão no mundo não pode ser estática, mas é itinerante. O cristão é um itinerante. A Igreja está por sua natureza em movimento, não permanece sedentária nem tranquila no próprio recinto. Está aberta aos horizontes mais vastos, enviada — a Igreja é enviada! — para levar o Evangelho pelas estradas e alcançar as periferias humanas e existenciais”.

Sem esperar

A Igreja é itinerante, e aqui a Igreja é decidida age imediatamente, no momento ,sem ficar à espera.

A seguir, o Santo Padre descreveu que a segunda personagem que Jesus encontra recebe d’Ele, directamente, o chamamento mas, responde: “«Senhor, deixa-me ir primeiro enterrar o meu pai» (v. 59). Trata-se de um pedido legítimo, fundado no mandamento de honrar o pai e a mãe (cf. Êx 20, 12). Todavia, Jesus responde: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos» (v. 60). Com estas palavras, deliberadamente provocadoras, Ele tenciona afirmar o primado do seguimento e do anúncio do Reino de Deus, também sobre as realidades mais importantes, como a família. A urgência de comunicar o Evangelho, que rompe a cadeia da morte e inaugura a vida eterna, não admite atrasos, mas requer prontidão e disponibilidade. Portanto, a Igreja é itinerante, e aqui a Igreja é decidida, age imediatamente, no momento, sem esperar”.

Uma paixão do coração que se traduz em gestos concretos de disponibilidade.

Por último, o Papa Francisco assinalou que a terceira personagem também quer seguir Jesus mas, com uma condição: fa-lo-á depois de se despedir dos seus familiares. E, a isto responde o Mestre: “«Aquele que põe a mão no arado e olha para trás não é apto para o Reino de Deus» (v. 62). O seguimento de Jesus exclui arrependimentos e que se olhe para trás, mas exige a virtude da decisão”.

“Para seguir Jesus, a Igreja é itinerante, age imediatamente, depressa, decidida. O valor destas condições postas por Jesus —itinerância, prontidão e decisão — não está numa série de “nãos” ditos a coisas boas e importantes da vida. Ao contrário, é preciso acentuar o objetivo principal: tornar-se discípulo de Cristo! Uma escolha livre e consciente, feita por amor, para retribuir a graça inestimável de Deus, e não feita como um modo para nos promovermos a nós mesmos”, expressou o Papa.

Contudo, o Pontífice reconheceu que é triste quando alguns que “pensam em seguir Jesus para se promoverem, ou seja, para fazerem carreira, para se sentirem importantes ou conquistarem um lugar de prestígio! Jesus quer que sejamos apaixonados por Ele e pelo Evangelho. Uma paixão do coração que se traduz em gestos concretos de proximidade, proximidade aos irmãos mais necessitados de acolhimento e cuidados. Precisamente como Ele mesmo viveu!” disse o Papa.

Assim, o Santo Padre rezou: “A Virgem Maria, Ícone da Igreja a caminho, nos ajude a seguir com alegria o Senhor Jesus e a anunciar aos irmãos, com amor renovado, a Boa Nova da salvação!”

 

Com  material de Aciprensa

Texto integral

 

Fotos: MUC Paraguai, Missões México

Original: espanhol (1/7/2019). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal

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