Posted On 2018-03-05 In Dilexit ecclesiam, Igreja - Francisco - movimentos

Festa oficial em toda a Igreja: “Maria, Mãe da Igreja”

IGREJA UNIVERSAL, redacção •

Uma surpresa inesperada foi divulgada no Sábado, 3 de Março: Através de um Decreto da Congregação para o Culto Divino, o Vaticano estabeleceu que a Memória da “Virgem Maria, Mãe da Igreja” seja celebrada todos os anos, na segunda-feira a seguir ao Pentecostes. Em países como a Argentina ou a Polónia, esta Solenidade que, já faz parte do Calendário Litúrgico “segundo o direito particular aprovado, pode continuar a ser celebrada no futuro, da mesma maneira”.—

O Decreto começa com estas palavras: “A feliz veneração em honra à Mãe de Deus da Igreja contemporânea, à luz das reflexões sobre o mistério de Cristo e sobre a sua própria natureza, não poderia esquecer aquela figura de Mulher (cf. Gal. 4,4), a Virgem Maria, que é Mãe de Cristo e com Ele Mãe da Igreja”. Na apresentação, o Cardeal Sarah fez finca-pé em que “o motivo da celebração é descrito, brevemente, no mistério de Cristo e da Igreja”, como está explicado no capítulo VIII da Lumen Gentium do Concílio Vaticano II”. Lembrando imediatamente, o Beato Paulo VI, S. João Paulo II, além do Magistério de outros Pontífices, o Purpurado assinala, também, que o Papa Francisco estabeleceu esta celebração “considerando a importância do Mistério da Maternidade espiritual de Maria que, desde a espera do Espírito Santo no Pentecostes (cf. Act 1,14) nunca deixou de cuidar maternalmente da Igreja, peregrina no tempo”.

Na conferência, em razão do encerramento, do Concílio Vaticano II e na bênção simbólica da Pedra Fundamental do futuro Santuário de Schoenstatt em Roma-Belmonte, em 8 de Dezembro de 1965, o Padre Kentenich disse:

“Mas, Ela (Nossa Senhora) é também a Mãe da Igreja? Isto é, é Mãe no verdadeiro sentido e é modelo da Igreja? Nossa Senhora é, na verdade, Mãe da Igreja, mas também a Igreja é Mãe. E, se Ela é Mãe da Igreja, não é só o modelo dessa Igreja, mas também Mãe com a força e o poder de gerar essa Igreja”.

Uma Igreja maternal

“Neste sentido, a nova Festa Mariana é um apelo a toda a Igreja para ter mais consciência do seu carisma maternal e, ainda mais, a cada Movimento, a cada realidade eclesial que se diz, com orgulho, “mariano”.

“Neste sentido, a Igreja é verdadeiramente mãe, a nossa mãe Igreja — é bonito dizê-lo assim: a nossa mãe Igreja — uma mãe que nos dá vida em Cristo e que nos faz viver com todos os outros irmãos na comunhão do Espírito Santo. esta é a Igreja que todos nós amamos, esta é a Igreja que eu amo: uma mãe que tem a peito o bem dos seus filhos e é capaz de dar a própria vida por eles. No entanto, não devemos esquecer que a Igreja não é composta só por sacerdotes, nem por nós bispos, não, somos todos nós! A Igreja, somos todos! Concordais? E também nós somos filhos, mas também mães de outros cristãos. Todos nós, baptizados, homens e mulheres, formamos juntos a Igreja. Quantas vezes na nossa vida não damos testemunho desta maternidade da Igreja, desta coragem materna da Igreja! Quantas vezes somos cobardes! Então, confiemo-nos a Maria para que Ela, como mãe do nosso Irmão primogénito, Jesus, nos ensine a ter o seu mesmo espírito materno em relação aos nossos irmãos, com a capacidade sincera de acolher, de perdoar, de dar força e de infundir confiança e esperança. É isto que faz uma mãe!”

Papa Francisco, Audiência Geral, 3/9/2014 (www.vatican.va)

 

Texto do Decreto

Original: espanhol (3/3/2018). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal

 

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