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João Luiz Pozzobon, homenageado na Assembléia Legislativa de Porto Alegre, RS
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 published: 2007-12-18

Um homem que desbravou o mundo, semeando o amor à vida e à Nossa Senhora

João Luiz Pozzobon, homenageado na Assembléia Legislativa de Porto Alegre, RS

 

Ehrung für Joao Pozzobon im Landtag von Rio Grande de Sul

João Luiz Pozzobon homenajeado en la Asamblea Legislativa de Rio Grande del Sul

John Pozzobon honored in the Assembly of Rio Grande del Sul

Ehrung für Joao Pozzobon im Landtag von Rio Grande de Sul

 

Während der Rede des Abgeordneten Fabiano Pereira

Durante la conferencia del diputado Fabiano Pereira

During the conference of Fabiano Pereira, Member of Parliament

Während der Rede des Abgeordneten Fabiano Pereira

 
Fabiano Pereira bei der Gruppe, die die Auxiliar gebracht hatte  

Fabiano Pereira con la Auxiliar

Fabiano Pereira with the Auxiliary

Fabiano Pereira bei der Gruppe, die die Auxiliar gebracht hatte

 
Vortrag  

Conferencia

Conference

Vortrag

 
Große Ehre für das Eselchen der MTA  

Homenaje al „burrito de la MTA“

Hommage to the “little donkey of the MTA”

Große Ehre für das “Eselchen der MTA“

 
Blick ins Publikum

Público

Audience

Blick ins Publikum

Fotos: Da Cas © 2007

Álbum de fotos – photo album – Fotoalbum

 
   

BRASIL, Valeria Da Cas. No dia 13 de dezembro, a Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, por iniciativa do Deputado Estadual Fabiano Pereira, prestou uma bela homenagem ao peregrino João Luiz Pozzobon.

Mais de 40 pessoas de Santa Maria e São João do Polêsine, entre elas filhos e netos do Diácono, estiveram na Capital para assistir à cerimônia que homenageou João Pozzobon. Contamos também com a participação de inúmeros schoenstatteanos de Porto Alegre.

Muitas autoridades estiveram presentes, além dos deputados estaduais, compareceram à homenagem: o representante da Câmara de vereadores de Santa Maria, Sr. Sérgio Cechin; o Prefeito de Faxinal do Soturno, Sr. Clóvis Montagner; a Prefeita de São João do Polêsine, Sra. Valserina Gassen e o Monsenhor representante da Mitra Diocesana de Porto Alegre.

Segundo o Deputado Fabiano, a homenagem foi realizada durante o período de Grande Expediente, no qual cada deputado dispõe de um espaço para destacar assuntos de interesse da sociedade gaúcha e brasileira.

Uma vida dedicada à Mãe de Deus e aos pobres

Em seu discurso, Fabiano Pereira, destacou passagens significativas da vida de João Luiz Pozzobon e toda a trajetória de uma vida dedicada à Mãe de Deus e aos pobres, salientando sua incansável peregrinação, sua obra social e seu caráter incomparável.

O Sr. Giuseppe Marramarco, que há 19 anos visita as prisões da Grande Porto Alegre com a Peregrina (idêntica à Original), compareceu à cerimônia levando a Mãe Peregrina que foi colocada ao lado da Tribuna da Assembléia Legislativa.

O Deputado Fabiano Pereira num trecho de seu discurso disse: "João Pozzobon foi um leigo, um pai de família, um servo de Deus. Um homem que, nascido aqui no Rio Grande, desbravou o mundo, semeando o amor à vida e à Nossa Senhora, e o carinho e o respeito ao próximo."

 

Homenagem a João Luiz Pozzobon na Assembléia Legislativa de Porto Alegre, RS.

Fabiano Pereira – PT. Deputado estadual , 13.12.2007

(cumprimento aos deputados e autoridades)

É com especial orgulho que a Assembléia Legislativa lembra, na tarde de hoje, a trajetória e o exemplo de vida de João Luiz Pozzobon. Um homem simples, um pai de família, um servo de Deus que dedicou a maior parte de sua vida à missão de levar a imagem e o conforto de Nossa Senhora as famílias, escolas, hospitais e presídios. Nessa incansável peregrinação de fé, caminhou mais de 140 mil quilômetros. Visitou países da América do Sul, Europa, e chegou a Roma com a Imagem da Mãe Rainha e Vencedora Três Admirável de Schoenstatt em seus ombros, realizando um trabalho pastoral diferenciado em vilas e bairros. Passados 22 anos de sua morte, recebe esta singela homenagem do Parlamento Gaúcho.

João Luiz Pozzobon nasceu em 12 de dezembro de 1904 no município de São João do Polêsine, região central do Rio Grande do Sul. De origem humilde, teve pouquíssimo estudo e desde jovem convivia com problemas de visão, condição que lhe privou de algumas oportunidades, dentre elas o ingresso no serviço militar.

Foi agricultor e também trabalhou no ramo da hotelaria. Casou-se pela primeira vez, em 1927, com Tereza Turcato com quem teve dois filhos, Ely e Ary. A união, infelizmente, dura pouco. Tereza adoece e acaba falecendo em 1932.

Embora viúvo, com dois filhos pequenos e imensas dificuldades financeiras, pois dedicou suas economias ao tratamento de saúde da esposa, ele não esmorece. Da adversidade , o ainda jovem João retoma a sua vida. Já em Santa Maria, casa-se de novo com Vitória Filipetto e tem mais cinco filhos: Nair, Otília, Pedrolina, Vilma e Humberto. É na família que encontrará a sua fortaleza e o preparará para a grande missão e o trabalho que realizará até o último dia de sua vida.

Nos idos da década de 40 do século passado, João Pozzobon ouve pela primeira vez a história de um padre chamado Joseph Kentenich. Em 1914, na localidade de Schoenstatt, na Alemanha, Kentenich compartilhava com um grupo de jovens a sua idéia que a era de convidar Nossa Senhora a se estabelecer ali e distribuir graças na capela onde palestrava.

O compromisso dos jovens seria o de colaborar com Ela, a Virgem Maria, em sua missão de renovar o mundo. Assim seria selado um compromisso mútuo, chamado Aliança de Amor. Com o surgimento do Santuário de Schoenstatt, Maria passa a ser venerada com o título de "Mãe Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt". Atualmente, existem mais de 150 santuários e o movimento se espalha pelo mundo.

Aqui no Rio Grande do Sul, a devoção à Mãe Admirável cresce exponencialmente a partir da metade dos anos 40 até a metade dos anos 50, criando raízes na cidade de Santa Maria e arredores. E é justamente em 1950, ano que marca a proclamação do Dogma da Assunção de Maria ao céu, que João Pozzobon soma-se ao movimento e a grande campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt.

Em 10 de setembro daquele ano, foram benzidas três imagens e a Irmã Terezinha Gobbo convida Pozzobon para rezar o primeiro rosário em família e lhe apresenta a tarefa de que cuide da Imagem e a leve de casa em casa.

Assim João começa a sua caminhada e a campanha do Terço. Bem diferentes das atuais, a imagem original da Mãe Peregrina pesava 11 quilos. Somados aos 8 quilos da maleta com objetos de uso pessoal, seu João carregava diariamente 19 quilos. Costumava andar 15 quilômetros por noite, com a imagem sobre o ombro esquerdo, o que lhe rendeu um calo permanentes e um desvio na coluna.

Para aumentar a dificuldade, o cenário da região central do Estado na década de 50 era predominantemente rural. Com casas e vilarejos extremamente espaçados uns dos outros, estradas de chão batido e inexistência de luz elétrica. Porém, como sempre, ele não se queixava. Encarava a tarefa com alegria e incomparável disposição, levando a imagem, de casa em casa, sem falhar nenhuma.

Dedicava a essa tarefa no mínimo duas horas de seu dia, inverno ou verão, com chuva, sol ou noite clara.

Em 1959, disseminando a campanha da Mãe Peregrina, por iniciativa de João Pozzobon, começam a ser introduzidas pequenas imagens da mãe peregrina, para visitar mensalmente cada família. A tradição, que se estenderia ao mundo depois, fará com que existam hoje mais de 200 mil imagens.

Seu João nunca jamais rompeu com seu compromisso de levar a imagem às famílias, escolas, presídios e hospitais. Mesmo doente, sem dormir, cansado. Nem mesmo quando a idade avançada já cobrava o seu preço. Várias vezes, para não perder o horário de chegada, comia pelo caminho, enquanto andava. Eventualmente, quando ia de ônibus, fazia questão de pagar a sua passagem e a da imagem da Mãe de Deus. Assim os dois viajavam, lado a lado, por todos os lugares.

Homem de grande sensibilidade, percebeu que não apenas carregava a imagem de Nossa Senhora. Entendia que essa era a oportunidade, também, de conhecer e de transformar para melhor a realidade daqueles que o cercam. Era a oportunidade de, como bom cristão, promover o exercício das suas virtudes que, aliás, não eram poucas.

Ele não apenas ajudava às pessoas, mas as incentivava na busca por maior inclusão social e dignidade. Nas visitas às casas, além das orações, fazia questão de se informar se os pais sabiam ler ou escrever, o que era pouco comum, ou se as crianças estudavam. Também gostava de ver as certidões de nascimento de cada membro da família, exigindo a confecção do documento por aqueles que ainda não possuíam.

Embora tenha estudado muito pouco, tinha uma grande preocupação com o ensino, tendo sido responsável pela recuperação e pela construção de diversas escolas. Essa preocupação com o estudo dos jovens foi externada em inúmeras correspondências, em especial nas cartas enviadas ao então governador do estado, Ildo Meneghetti, que costumava atender aos pedidos de João Pozzobon.

João Pozzobon, aliás, não hesitava em corresponder-se com as autoridades, elogiando, cobrando ou criticando. Em certa ocasião, ficou extremamente contrariado com a escolha do nome para o viaduto que estava sendo construído em Santa Maria que veio a se chamar Garganta do Diabo. Com uma firmeza aliada a perspicácia ímpar, solicitou a mudança do nome ao Presidente da Juscelino Kubitschek. Disse que a opção inicial não correspondia a beleza do local, sugerindo o nome de Vista Mariana. Afinal, argumenta ele, este seria o local de onde se poderia ver Maria, no caso, a cidade de Santa Maria.

Sua obra social é extensa. Em 1961, funda a Vila Nobre da Caridade, em Santa Maria, oferecendo um lar a dezenas e depois centenas de famílias carentes da região. A criação da Vila Nobre da Caridade, porém, não se deu apenas sob o argumento de proporcionar a essas pessoas uma moradia decente. Como bem assinala o padre Ottomar Pedro Schneider em seu artigo "Educador dos Pobres", Pozzobon buscava, sim a promoção integral da dignidade da pessoa humana. Assim, alinhado à Doutrina Social da Igreja, Pozzobon, com serenidade e perseverança, exercia um humanismo integral e solidário através de seu método pedagógico de educação sócio-cultural em combinação com uma verdadeira espiritualidade social.

Realizou um trabalho pastoral e de catequese de grande relevância promovendo diversas romarias. A mais tradicional delas, a Romaria da Primavera, é realizada há 55 anos em Santa Maria. Sempre no primeiro domingo de setembro, quando centenas de peregrinos caminham em direção ao santuário da Mãe e Rainha.

Seu exemplo de fé, disciplina e dedicação foi reconhecido por várias autoridades políticas e religiosa. Em uma carta, o Bispo Emérito de Santa Maria, o também saudoso Dom Ivo Lorscheiter, assim elogia o trabalho de João Pozzobon "vejo, não sem emoção, que seu trabalho apostólico nas vilas e bairros, está chegando às bodas de prata. Sua oração diária é um verdadeiro louvor em nossa Igreja diocesana, e seu trabalho pastoral é digno de nossa comovida homenagem".

No ano de 1972, pelas mãos de Dom Érico Ferrari, João Pozzobon é ordenado Diácono Permanente da Igreja. Em uma década de diaconato, sem abandonar a campanha da Mãe Peregrina, celebrou 695 batizados, 136 casamentos e 102 enterros e distribuiu milhares de comunhões.

É convidado para ir a Europa em 1979, e cumpre um dos roteiros mais emocionantes de sua vida. Visita Schoenstatt na Alemanha, Cambrai na França, onde morreu um dos Congregados de Schoenstatt, hoje com processo de beatificação, o Santuário de Fátima em Portugal e vai a Roma, sendo recebido pelo Papa João Paulo II.

A caminhada de João Pozzobon encerra-se seis anos depois, na manhã de 27 de junho de 1985, quando se dirigia até o Santuário de Schoenstatt em Santa Maria e acaba sendo atropelado por um caminhão, falecendo logo depois. Surpreendentemente ele próprio profetizara anos antes: "Se um dia me-encontrarem caído no caminho, saibam que morri de alegria".

Porém, com sua vida simples e regrada, seu caráter extraordinário, a identificação com os humildes e sua devoção religiosa levou a Igreja a abrir a causa de sua beatificação.

O processo de canonização de João Luiz Pozzobon foi aberto pelo bispo Dom Ivo Lorscheiter, há 13 anos, em 12 de dezembro de 1994. Um leigo, um pai de família, que poderá ser elevado à honra dos altares.

O grupo que organiza a postulação tem catalogado mais de 130 mil pedidos e dez mil graças associadas a ele. Em Santa Maria, sob tutela do padre Argemiro Ferracioli, são administrados mais de 20 mil documentos, cartas que ele escreveu de próprio punho, fotos e relatos diversos.

A boa notícia é que a primeira etapa do processo de canonização já está concluída. Em breve, a documentação será encaminhada ao Vaticano.

É fundamental ressaltar que o processo recebe apoios em diferentes lugares do país e de fora dele. Recentemente, por ocasião da visita do Papa Bento XVI ao Brasil, apoiadores da causa na Argentina e México promoveram uma campanha para que terços fossem rezados pela canonização. Para se ter uma idéia do tamanho da mobilização foram entregues ao papa a comprovação de mais de 2,7 milhões de terços rezados nesses dois países.

Para concluir, gostaria de sublinhar que essa nossa homenagem, embora simples, eterniza a vida e obra social de João Luiz Pozzobon nos registros históricos do Parlamento Gaúcho. Espero, ainda, que esta se torne mais uma contribuição a essa nobre causa de canonização.

João Pozzobon, um leigo, um pai de família, um servo de Deus. Homem nascido aqui no Rio Grande e que desbravou ao mundo, semeando o amor à vida e a Nossa Senhora, o carinho e o respeito ao próximo.

Agradeço a todos aqueles que tornaram essa homenagem possível. Aos colaboradores de nosso mandato, ao padre Argemiro Ferracioli e equipe. E agradeço especialmente a Deus, guia maior e nossa grande fonte de inspiração.

Porto Alegre RS. 13.12.2007

 

 

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Last Update: 18.12.2007