Um lugar fixo no Santuário-Original

Viver no Santuário-Original: Um contributo do quinto curso da União das Mães de Schoenstatt na Alemanha, não apenas para a Noite do Santuário

SCHOENSTATT,mlm: O quinto curso da União das Mães de Schoenstatt na Alemanha – das dezoito senhoras, nove ainda vivem, cuja idade oscila entre os setenta e oito e noventa e quatro anos – vive dia-a-dia no Santuário-Original...

Este ano quatro dessas senhoras tiveram a possibilidade de vir a Schoenstatt ; as cinco restantes já não saem de casa, ou até mesmo se encontram acamadas. Para os membros deste curso, o que une o céu e a terra é o Santuário. As mães vivem da convicção: se aqui na terra estivermos intensamente vinculadas ao Santuário, se nosso pequeno cotio, que consiste em suportar amiúde os padecimentos, se efetuar no Santuário, de modo algum a despedida deste mundo será despedida, sendo apenas uma passagem para outra realidade – permanecemos sempre no Santuário.

Tal vinculação com o Santuário e a vivência com ele é clarificada na carta de curso de fevereiro último: "...O objetivo de nossa vida é Cristo. Queremos... ser pequenas Marias, formadas à imagem de Cristo. Como iremos atingir tal objetivo? (...) Temos mister de um lugar silencioso, para aonde nos podemos recolher... Em vista disso, desejo transmitir-lhes uma sugestão dada por Maria G..." (Em virtude da doença de diabetes, agora com a idade, cegou; além disso, foi-lhe amputada uma perna em meados do ano findo; tudo indica que em breve lhe será amputada a outra).

Vocês são da opinião de que nós já não deveríamos deixar Maria mais tempo sozinha no Santuário-Original?!

"Amiúde Maria já me tem contado, outrossim agora novamente após a amputação da perna, que freqüentemente se encontra no Santuário-Original. Ao mesmo tempo leva igualmente consigo todo o curso e cada irmã de curso, inclusive as falecidas, atribuindo um lugar a cada uma, segundo a ordem alfabética." Na carta de curso, encontra-se o esquema da distribuição dos respectivos lugares. "Depois de ter refletido a respeito do que a Providência nos pretende dizer mediante tais palavras de Maria G., veio-me a mente a frase de nosso Pai Fundador: ‘Quem me procura, encontra-me no Santuário!’ Portanto, no Santuário-Original encontramos todo o céu (..) Vocês são outrossim da opinião de que nós já não deveríamos deixar Maria mais tempo sozinha no Santuário-Original: nele devemos todos os dias ocupar nosso lugar. Neste Santuário encontramos o amor à nossa MTA; aqui queremos (...) sentir que Cristo nos detém (quando nos despedirmos deste mundo). Ao mesmo tempo, esta visita espiritual deve ser nosso empenho pelo Santuário-Original. Quer rezemos a oração da manhã, a Liturgia das Horas ao longo do dia, meditemos o terço ou nossa novena, quer concluamos o dia com a oração da noite e respectiva bênção, estamos sempre unidas espiritualmente a todas as dezoito irmãs de curso, no Santuário-Original."

E em uma carta de curso posterior, diz o seguinte:

"(...) Certa noite, ao falar com a Helena, aludi a ela que já eram quase vinte e uma horas, dizendo-lhe: ‘Agora temos de interromper a conversa, pois temos de ir rapidamente para o Santuário-Original, onde as irmãs de curso já nos esperam’. A que Helena disse:’ Então quero ocupar meu lugar, ainda que prefira sentar-me no banco da frente, porque aí ouço melhor! E eu disse-lhe:’Você tem de ocupar o lugar que Maria lhe atribuiu!" O nome Maria pode ser ao mesmo tempo entendido de forma ambígua.

Interrompi outrossim uma conversa com Maria G. porque já eram quase vinte e uma horas. Todavia, antes de terminar a conversa e dirigirmo-nos espiritualmente ao Santuário, Maria G. disse-me ainda o seguinte: "O Fundador está em frente do Santuário abençoando-nos, e à nossa retaguarda se encontra ajoelhada a Ir.Emilie, nossa protetora de curso; ela auxilia-nos..."

É evidente que estiveram outrossim, cada uma em seu respectivo lugar, no Santuário-Original, antes da Noite do Santuário.

Trad:Abadia da Ressurreição, Ponta Grossa, PR, Brasil