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Ordenación diaconal de Mateus Bernardes, Brasil Deacon’s ordination of Mateus Bernardes, Brazil Diakonatsweihe von Mateus Bernardes, Brasilien |
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El nuevo diacono, miembro del Instituto de los Padres de Schoenstatt The new deacon, a member of the Institute of Schoenstatt Fathers Der neue Diakon, Mitglied des Instituts der Schönstatt-Patres |
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Estampita conmemorativa Commemorative picture Andenkenbild |
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El corazón dispuesto... My heart for Jesus... Mein Herz ist bereit... Fotos: www.maeperegrina.com.br © 2006 |
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BRASIL, Ir, M. Nilza/ www.maeperegrina.com.br. Quando Jesus se encontrou com o cobrador de impostos, Mateus, olhou no fundo da sua alma e descobriu o homem bom, então disse: vem e segue-Me! Mateus levantou-se e seguiu-O! (Mt 9,9) Hoje, Jesus passa novamente pelas ruas, e Seu olhar de amor dirige-se ao estudante de Química, na Unicamp, com um futuro brilhante... mas, o Senhor quer mais do que isso para ele e chama-O: Matheus, vem e segue-Me! Após orações, lutas e muito diálogo, Matheus Bernardes, filho de Odete e Paulo, de Poços de Caldas/MG, responde sim e começa sua caminhada no sacerdócio. Em Setembro, foi ordenado diácono, no Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt!
A cerimónia é envolta em muita alegria, na Paróquia Imaculada Conceição, em Jaraguá/São Paulo. A Família de Schoenstatt rejubila: teremos em breve, mais um padre de Schoenstatt.
O que leva um jovem a deixar tudo pela causa de Jesus? Por que ser Padre nesse Instituto? Deixemos que o próprio Mateus nos responda:
Por que ser padre hoje?
Matheus: Essa é uma pergunta muito interessante... afinal de contas, o que leva um jovem a ser padre hoje? A minha experiência indica que não é outra coisa, que a decisão de seguir Jesus Cristo. Os jovens têm ânsia de grandes ideais... os jovens querem transformar o mundo, querem uma sociedade diferente... muitas vezes não encontram como realizar esses seus ideais, esses seus sonhos, por isso muitos possuem dificuldades para encontrar um rumo certo para a sua vida. Aqueles jovens que são chamados à vida sacerdotal encontram um: Jesus Cristo! No fundo, todos os nossos ideais, todos os nossos sonhos encontram n'Ele a sua realização plena e definitiva... muito mais que projetos políticos e sociais, o projeto de Jesus é um sonho de santidade, de vida em plenitude. Por isso, há jovens (e Deus queira que sempre haja mais e mais) que se decidem ser padres hoje.
Por que o instituto dos padres de Schoenstatt?
Matheus: Aqui novamente vem outra decisão importante... nós seguimos a Jesus Cristo através de exemplos concretos. Lemos o Evangelho encontramo-nos com o grande e maravilhoso que foi a vida do Senhor, contudo também nos encontramos com exemplos mais próximos, mais actuais, de seguimento a Jesus Cristo.
Para mim, o Pe. José Kentenich é um desses exemplos próximos, alguém que se decidiu por Jesus Cristo e que se consagrou plenamente a Ele. Na Aliança de Amor com Maria, nosso Pai e Fundador pôde seguir o Senhor e também pôde vislumbrar um caminho para a realização do homem moderno. Por essa Aliança, por esse caminho indicado pelo Pe. José Kentenich decidi-me pelos Padres de Schoenstatt... para além, é claro, de também me encontrar com outros tantos exemplos vivos de seguimento de Jesus dentro do mesmo Instituto dos Padres de Schoenstatt; naquele tempo em que ainda estava na Juventude Masculina eram os Padres... e como gostaria de ser como eles... hoje são meus irmãos de comunidade e como me alegro que aqueles Padres, que deram seu sim a Cristo, hoje sejam meus irmãos e desde essa perspectiva mais fraterna continuem sendo um exemplo para mim.
O que significa ser diácono?
Matheus: Diácono vem do verbo grego "diakonein" que significa servir. O diácono é aquele que serve! Serve a Palavra de Deus (seu principal serviço), também o altar e também os pobres e doentes. Esse ministério caracteriza a vida do ordenado diácono... sei que tenho somente alguns dias como tal, mas posso confessar que servir a Palavra e o altar são serviços profundamente marcantes. Espero que também tenha a possibilidade de poder levar a comunhão aos doentes, como os diáconos da Igreja primitiva faziam, e ajudar em obras de caridade.
Porquê o diaconato antes do sacerdócio?
Matheus: Todo padre também é diácono. O ministério ou serviço diaconal não desaparecem com a ordenação sacerdotal, pelo contrário todo padre ainda possui o ministério de servir a Palavra, o altar, os pobres e doentes. Na Igreja também temos aqueles que são permanentemente diáconos (os diáconos permanentes); eles consagram a sua vida ao ministério diaconal e podem estar casados ou ser celibatários.
Qual é o seu maior desafio no discernimento vocacional?
Matheus: Quando me decidi pelo sacerdócio na Comunidade dos Padres de Schoenstatt, estudava em Campinas (apesar de ser natural de Poços de Caldas/ MG). Estava no primeiro ano de Química da UNICAMP... bom, naquele tempo a UNICAMP foi considerada a melhor universidade do país. Tínhamos uma linha de pesquisa muito interessante e eu já estava com um projeto bem engatilhado para realizar algumas análises, não somente no Instituto de Química, mas também no Hospital das Clínicas. Portanto, o lado profissional pesou bastante na hora de dizer... até aqui chegamos, agora um novo caminho começa, o caminho de seguir o Senhor.
Hoje, depois de muitos anos de formação, chego à conclusão que o maior desafio no discernimento vocacional nem é tanto a profissão, a família ou uma namorada, o maior desafio consiste em ter o coração totalmente disposto a entregar-se e pertencer somente a Jesus Cristo. Durante o processo de discernimento da vocação não está em jogo os grandes aspectos da nossa vida, mas sim aqueles aspectos pequenos, quase ínfimos que nos momentos de decisão pesam muito. O coração do sacerdote, o coração do consagrado tem que estar disposto a dar tudo por Jesus!
Onde fica a realização profissional do sacerdote?
Matheus: Se pensamos somente na realização profissional do sacerdote, ficamos somente com uma parte do significado da vocação sacerdotal. A realização do sacerdote não está somente na profissão, está em toda a sua vida! Graças a Deus, muitos sacerdotes podem realizar grandes projetos pastorais, grandes convocatórias de fiéis, eventos massivos... porém, acredito que (e esta tem sido a minha experiência) a maior realização sacerdotal está na celebração dos sacramentos (seja missas para vários fiéis, seja numa missa que deve celebrar só), no acompanhamento espiritual dos fiéis (poder acompanhar a condução que Deus realiza na vida de um fiel é uma enorme benção!) e na relação pessoal com Jesus Cristo e com Maria através da oração.
Como fazer para saber qual é a minha vocação?
Matheus: Essa é uma pergunta complicada... especialmente nos nossos dias... Para que eu possa saber para qual vocação o Senhor me está chamando em primeiro lugar, tenho que ter a disponibilidade de escutar a voz do Senhor na minha vida. No meio da agitação do dia-a-dia, especialmente nas nossas grandes cidades, fica difícil escutar a voz do Senhor.
Entretanto, Ele continua chamando... Ele chama-nos todos os dias! Por isso, escutemos a voz do Senhor e depois busquemos alguém com experiência (e muita sabedoria!) para nos acompanhar no processo de discernimento. Aqui a palavra processo é fundamental: descobrir a vocação não é algo de um ou dois retiros de silêncio ou de uma noite de vigília... é necessário dar muito tempo para que o projeto de vida, para o qual o Senhor chama, se torne cada vez mais claro e assim Lhe possa dizer desde o mais profundo de meu coração: sim, Senhor, te seguirei para onde Tu queiras que eu vá!
Como se pode afirmar que dedicar-se a Schoenstatt é ajudar a construir um Brasil melhor?
Matheus: Quando afirmei que a Aliança de Amor não é somente um acto de devoção pessoal, mas sim o caminho que o Pe. José Kentenich vislumbrou para a realização do homem moderno, estava-me a referir justamente a isso.
Nossa Aliança de Amor com a Mãe, Rainha e Vencedora três vezes Admirável de Schoenstatt nos conduz a uma relação mais e mais profunda com o Deus da vida... e também com os nossos irmãos e irmãs, com a nossa sociedade. Como? O próprio Pe. José Kentenich pode responder a essa pergunta: ele sempre citava o exemplo da teia da aranha. Toda teia de aranha possui um fio-mestre, do qual os demais pendem. Uma vez que o fio-mestre é cortado, toda a teia despenca.
Nosso fio-mestre é nossa relação com Deus; a Aliança de Amor com Maria fortalece essa relação, fortifica nosso fio-mestre. Uma vez, estando firme, podemos estabelecer muitas relações com nossos irmãos e irmãs na sociedade... Como poderei enganar um irmão ou uma irmã sendo que a norma da minha relação com ele é a minha relação com Deus? Assim, tenho plena convicção que estaremos (e já estamos!) construindo um Brasil melhor.