Não havia quem não se comovesse diante das filas para visitar e rezar diante da ‘Peregrina Original’A festa do centenário na terra de João Pozzobon |
BRASIL, Ir. M. Rosequiel Favero. Em muitas partes do mundo e do imenso Brasil se celebrou o centenário de nascimento de João Luiz Pozzobon, iniciador da Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt. Na sua terra – em Santa Maria/RS – sua comunidade paroquial promoveu a ‘semana do centenário’, seguindo seus passos e recordando sua vida e atuação. A ‘grande semana’ foi concluída com uma grande celebração eucarística junto ao Santuário Tabor, presidida pelo bispo diocesano de Santa Maria, Dom Hélio Rubert, com a participação de dois mil peregrinos do sul do Brasil. Já há tempo que os membros do Movimento de Schoenstatt de Santa Maria se perguntavam como celebrariam a grande festa do centenário de nascimento de João Luiz Pozzobon. Tão logo terminado o congresso dos delegados de diversas nações, realizado em Santa Maria em setembro deste ano, a questão da festa do centenário se tornou mais urgente. Para alegria de todos, o pároco da Paróquia Nossa Senhora das Dores, à qual pertenceu e na qual atuou João Pozzobon, manifestou claramente o desejo de envolver toda a comunidade paroquial nesta festa. O resultado foi um momento de graças extraordinário, onde se pôde sentir que a figura de João Pozzobon é querida e importante não só para os schoenstattianos, mas também para o povo de Santa Maria. Seguindo os passos e a vida de João PozzobonA ‘Semana do Centenário’ foi pensada como um retrilhar os passos do ‘peregrino João’, no itinerário da sua vida. O primeiro marco foi a sua terra natal e o contato com a sua comunidade de origem. Um grupo de quase 500 peregrinos de Santa Maria se deslocou 45 quilômetros até as localidades de Linha Bonita, onde João Pozzobon nasceu e passou a sua infância junto à família, e de Ribeirão, junto à igreja de São Pedro, onde recebeu os sacramentos do Batismo, da Eucaristia, da crisma e do matrimônio. O tom da celebração foi o recordar e reviver a vida sacramental de João Pozzobon, tendo como ponto culminante a renovação das promessas batismais. Na segunda noite, o encontro foi na igreja matriz da Paróquia Nossa Senhora das Dores, na intenção de meditar e celebrar a dimensão eclesial da vida de João Pozzobon: sua participação na vida da Igreja como pai de família e trabalhador. O terceiro lugar de encontro foi a Capela Nossa Senhora das Graças, comunidade onde João Pozzobon atuou diretamente como diácono. Nessa noite, a celebração começou diante da Casa de Pozzobon, a poucos metros da capela, com a presença de muitos de seus familiares e vizinhos. Um momento comovente foi quando um grupo de homens renovou, entre lágrimas, sua consagração à Mãe de Deus, a mesma consagração que haviam feito como crianças, num grupo de meninos então orientado por João Pozzobon. Alguns destes viajaram mais de 15 horas para participarem da celebração. O terceiro marco da vida de João Pozzobon, percorrido na ‘semana do centenário’, foi o Santuário da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt. Neste lugar onde ele, como o próprio Pozzobon afirma, encontrou a missão de sua vida, foi feita uma reflexão sobre a sua vocação missionária como apóstolo das famílias. O Santuário foi visto como cenáculo, onde o Espírito Santo – através da atuação materna de Maria – formou e educou João Pozzobon. Momento marcante foi – no final da celebração – o envio dos participantes de velas acesas para as suas casas. Podiam-se ver chamas das velas acesas dentro dos ônibus e desaparecerem ao longe, nas ruas da cidade. A última noite foi celebrada junto ao túmulo de João Pozzobon, onde sua séria aspiração à santidade desafiou todos os participantes a assumirem com ousadia sua vocação à santidade. A véspera da grande festa do centenário foi marcada por uma homenagem a João Pozzobon com teatro, danças, declamação de poesias e cantos feitos especialmente para João Pozzobon. A festa do centenário: dia de alegria e oraçãoO dia 12 de dezembro amanheceu quente e ensolarado em Santa Maria. Já às 6h da manhã chegou o primeiro dos 25 ônibus de peregrinos que, neste dia, vieram para celebrar o centenário. Pessoas de diversos ramos do Movimento organizaram-se em equipes para cuidar da orientação e bem-estar dos peregrinos, seja na recepção das delegações, como até na distribuição das folhas de cantos e de água. A celebração começou com uma procissão, da Casa de João Pozzobon até o Santuário Tabor, com uma pequena parada e reflexão no lugar do acidente que o vitimou em 1985. Para grande alegria de todos, o bispo de Santa Maria, Dom Hélio Rubert, que aceitara presidir a Santa Missa festiva, acompanhou também todo o percurso da procissão com o povo. Pontualmente, às 10 h começou a Santa Missa, irradiada ao vivo pela Rádio Medianeira, da diocese de Santa Maria. Na homilia, Dom Hélio afirmou que neste dia se poderiam recordar três ‘Joões’: o Batista, profeta do Advento; Juan Diego, porque era dia de Nossa Senhora Guadalupe e João Pozzobon. Apesar de ser uma Missa campal num dia tão quente, a atmosfera entre os presentes era de profunda piedade e calma, que perdurou em todas as outras atividades do dia. À tarde, os peregrinos alternaram-se em momentos de oração, na visão de um filme sobre João Pozzobon, ou na visita à Mãe Peregrina Original e à Casa de Pozzobon. Enquanto isso, junto ao Santuário reinava um clima de familiaridade e oração. Dentro do Santuário, muitas pessoas faziam adoração e aproveitavam o tempo para escrever seus pedidos a João Pozzobon ou para ‘encher a ânfora’ com contribuições ao Capital de Graças. Do lado de fora, as pessoas sentadas em grupos debaixo das árvores, conversavam tranqüilamente comendo deliciosos sorvetes vendidos pelas irmãs. (Foram vendidos 80 kg de sorvete!) Apesar de toda alegria e familiaridade, nada perturbava o ambiente de oração no Santuário. Às 15h 30 min todos se reencontraram novamente junto ao Santuário para um momento de adoração e a bênção eucarística. Para encerrar, 5 diáconos permanentes da diocese de Santa Maria permaneceram mais de uma hora dando a bênção da saúde individualmente, a todos que quisessem. Um dia de bênçãos e graçasO dia da festa de João Pozzobon foi, sem dúvida, um dia de graças para todos os que puderam participar. Percebia-se que todos os peregrinos tinham vindo para rezar. Todas as classes sociais se fizeram presentes, mas a grande maioria era composta pelo povo pobre, tão amado pelo próprio Pozzobon. Não havia quem não se comovesse diante das filas para visitar e rezar diante da ‘Peregrina Original’, da piedade com que jovens e velhos, de joelhos, rezavam o terço ou de como esperavam mais de hora no sol para receber a bênção da saúde. A festa foi tão bonita que, no final, ressoavam vozes que sugeriam repetir a dose no próximo ano. Quem sabe?
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Last Update: 17.12.2004
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