Posted On 2017-07-07 In Vida em Aliança

A pedra vermelha da Piedade. “Não se esqueçam da oração e não dependam das vossas próprias forças”

ROMA BELMONTE, Bettina Betzner e Maria Fischer •

No dia de Pentecostes celebrou-se em Schoenstatt o jubileu de ouro do Santuário da União das Mães. Presente nesta celebração estava a placa com o Símbolo do Pai- Espírito Santo da Ermida de Belmonte, aquela que, ainda hoje está na entrada do terreno e que recorda a singela Ermida benzida no dia 8 de Dezembro de 1965 pelo Padre José Kentenich como “a primeira pedra simbólica para o futuro Santuário Internacional de Roma”. Esta placa mostra o Símbolo do Espírito Santo ao pé do Símbolo de Deus Pai.

Uma semana antes, as dirigentes da União das Mães da Região sul, colocaram uma pedra vermelha que faltava na placa, durante a Jornada que tiveram em Stuttgart-Freiberg. As sete pedras vermelhas que rodeiam o Símbolo do Espirito Santo, representam os Sete Dons do Espírito Santo; a pedra que faltava e que, agora, foi acrescentada, representa o Dom da Piedade.

Anseio do coração

O Dom da Piedade marca a nossa estreita relação com Deus, que nos presenteia um sentido para a nossa vida e nos acompanha em situações difíceis. Contudo, esta vinculação com Deus não pode ser vista como uma coisa forçada mas sim, como a atitude que tem que vir de cada um. Trata-se, no verdadeiro sentido da palavra, de um anseio do coração e isto não é uma coisa que nos propomos ou treinamos mas, é um dom que se recebe do Espírito Santo.

O Papa Francisco fala-nos sobre isto:

“Se o dom da piedade nos faz crescer na relação e na comunhão com Deus, levando-nos a viver como seus filhos, ao mesmo tempo ajuda-nos a derramar este amor também sobre os outros e a reconhecê-los como irmãos. Então, sim, seremos impelidos por sentimentos de piedade — não de pietismo! — pelos que estão ao nosso lado e por quantos encontramos todos os dias. Por que razão digo não de pietismo? Porque alguns pensam que ter piedade significa fechar os olhos, fazer cara de santinho, disfarçar-se de santo. Em piemontês nós dizemos: ser «mugna quacia» («fingido»). Não é esta a dádiva da piedade. O dom da piedade significa ser verdadeiramente capaz de se alegrar com quantos estão alegres, de chorar com quem chora, de estar próximo daquele que está sozinho ou angustiado, de corrigir quantos erram, de consolar quem está aflito, de acolher e socorrer aquele que está em necessidade. Há uma relação muito estreita entre o dom da piedade e mansidão. A dádiva da piedade, que recebemos do Espírito Santo, torna-nos mansos, tranquilos, pacientes e em paz com Deus, pondo-nos ao serviço do próximo com mansidão”.

(Audiência Geral de 4 de Junho de 2014)

O Dom da Piedade tem muito a ver com o que o Padre Kentenich descreve como “simpatia por Deus”, “o espírito de fé desenvolve em mim uma secreta e positiva abertura para Deus” (Kentenich – Reader Volume 3)

Para a Igreja

Bettina Betzner escreveu: “Foi um momento sublime quando colocámos a pedra da piedade na placa, foi como um sinal do Espírito Santo que nos dizia: ”Não se esqueçam da oração e não dependam das vossas próprias forças mas, voltem-se para o Deus Trino com toda a vossa necessidade e impotência, para mim, para o Espírito de Deus”… Que o Centro (Belmonte) se converta em todas as nossas Comunidades, no sentido do nosso Pai-Fundador, cada vez mais no seu e no nosso anseio de coração para a Igreja”.

A placa e também o Símbolo do Espírito Santo do Santuário de Belmonte que, agora resplandece com um novo esplendor, estiveram presentes, em Schoenstatt, durante a celebração de Pentecostes. A relação da Comunidade da União das Mães de Schoenstatt com Belmonte está marcada por muitas peregrinações a Roma para visitar a Ermida dese há varias décadas e com diferentes gerações da União. O grande desejo: Que o Centro (Belmonte) se converta em todas as nossas Comunidades, no sentido do nosso Pai-Fundador, cada vez mais no seu e no nosso anseio de coração para a Igreja”.

Já esta semana uma representante da União das Mães levará o Símbolo do Espírito Santo e a placa novamente a Belmonte.

 

www.roma-belmonte.info

Original: alemão (15 de Junho de 2017). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal

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