ALEMANHA, Karin Schmitz. Depois da minha maravilhosa experiência com Schoenstatt neste último mês, quis passar ali em Setembro, 9 dias de férias; note‑se bem: FÉRIAS. Pouco antes da minha partida tive, por precaução, a ideia de imprimir rapidamente ainda em diferentes línguas a página Web da campanha de oração pelo Papa Francisco, chamada «Prayerrally», bem como uma lista com o título «Eu rezo diariamente pelo Papa Francisco e pela sua missão» – para as pessoas que não dispusessem de internet e que aí, com a sua assinatura, quisessem testemunhar que querem cumprir o seu pedido: «Rezai por mim».
Com o Prayerrally na bagageira do carro dirigi‑me então de Sankt Augustin (a paróquia de Karin Schmitz) para Schoenstatt. Uma vez por mês recebo a imagem da Mãe Peregrina e de alguma maneira a minha iniciativa do Prayerrally ficou unida com Ela e com Schoenstatt. No Santuário Original rezei à Santíssima Trindade e à Mãe, Rainha e Vencedora Três vezes Admirável de Schoenstatt e pedi ajuda para a divulgação desta campanha de oração.
Um acordo com o Padre Kentenich, ou: entre renanos
Na igreja da Santíssima Trindade, junto do túmulo do Padre Kentenich, tive então a ideia de fazer um acordo com ele. «Eu rezo diariamente pela tua beatificação e canonização, demore o tempo que demorar – e tu ajudas‑me para que muitas pessoas se declarem prontas a rezar diariamente pelo Papa e também a anunciá‑lo inscrevendo‑se online com o seu nome».
Porquê ainda este ‘inscrever‑se’? Uma palavra da Maria Fischer, do schoenstatt.org, não me sai da cabeça: «Às vezes é preciso simplesmente contar. Se conseguir 1000 pessoas a rezar, então isso vai talvez interessar aqui os media da diocese, ou até para lá da diocese».
De imediato comecei com o cumprimento da minha promessa. Vamos ver quanto tempo o Padre Kentenich se fará esperar …
Na casa de formação Marienland, onde me alojei, recebi um mapa de Schoenstatt onde se encontram todos os Santuários e casas de Padres e de Irmãs.
Ocorreu‑me então convictamente a ideia de pedir aos Sacerdotes e às Irmãs a sua participação na campanha.
De porta em porta, ou: Se Deus fecha uma porta, Ele abre uma entrada de serviço
Dirigi-me ao primeiro convento. À porta um telefone com os diferentes números de cada Padre. Tentei a minha sorte. Parecia que ninguém estava em casa. Começava bem!
Na segunda casa no Monte Sião também ninguém abriu. Não sei se foi a Providência ou não, mas encontrei a porta de serviço. Uma amável cozinheira deixou‑me entrar.
Pelo menos agora já estava na cozinha. Um enorme progresso.
O reitor da casa, que ela chamou, escutou o meu pedido e enviou‑me para a casa do lado, Padres da Adoração. Ali disse a pura verdade, que o Padre Reitor me tinha enviado.
O Padre com quem falei mostrou‑se muito aberto, tomou a minha petição a sério e prometeu apresentá‑la aos seus irmãos.
No terceiro convento (Monte Moriah) todos os sacerdotes estavam fora. Aí encontrei duas Irmãs idosas que não estavam familiarizadas com a internet e também preferiam não inscrever o seu nome na lista.
Percebi. Elas não me conheciam e eram prudentes. Encontrei o Reitor desta casa no dia seguinte e mostrou‑se completamente aberto para esta campanha.
Selado com uma taça de café, ou: quando o compromisso missionário se encontra com a hospitalidad
Recordo com muito agrado a minha visita aos Pallottinos. Um Padre sugeriu colocar o endereço da Website do Prayerrally para os estudantes, no placard da Escola Superior de Teologia, que é no mesmo edifício.
A promessa foi ainda «selada» com uma taça de café para a qual ele me convidou ao final. Foi uma ideia brilhante …
No Marienland o meu propósito foi apresentado à Mãe da Casa, que logo quis informar todas as Irmãs da casa.
Ainda me dirigi a outras três casas de Irmãs, mas nem sempre pude chegar às pessoas que me eram indicadas como possíveis interlocutoras, porque estavam a meio das preparações para a festa dos 100 anos de Schoenstatt e até lá não poderiam ocupar‑se com mais nada. Mas outras Irmãs prometeram dar a conhecer a campanha.
Bênção da noite, ou: Onde as iniciativas ganham uma voz
Lembro-me da noite de 4.ª feira em que uma Irmã me fez a sugestão de ir ainda ao Santuário Original. Ali se reuniriam, assim me disse ela, os voluntários para rezar e no fim receber a bênção dada por um sacerdote. Eu poderia então ali fazer propaganda para a campanha de oração.
Nesta altura sentia‑me muito cansada e queria mesmo passar esse fim de tarde relaxadamente a ler um livro. De repente colocou‑se‑me a questão sobre a minha estadia em Schoenstatt: para fazer férias, ou para fazer acções de propaganda?
Por fim ganhou a razão sobre o sentimento, e eu desci uma vez mais o monte com o lema: «Pelo Papa por todo o lado em Schoenstatt» e assim aterrei no Santuário Original na altura da bênção da noite.
O Reitor, P. Egon M. Zillekens que dava a bênção, chamou‑me para ir à frente e disse a toda a gente ali reunida – coisa que eu nunca poderia ter sonhado – que eu podia falar ao microfone no Santuário Original. Naturalmente que ele tinha razão.
Convidei para participação na campanha em alemão e em inglês e o Reitor Zillekens ainda brevemente em espanhol. Sempre tenho na minha carteira pequenas folhas com o endereço do Website para distribuir, se for caso disso.
Entusiasmo sul-americano, ou: Quase como Paulo em Atenas
Nos dias seguintes falei da campanha a pessoas no refeitório e na rua, distribui folhas com o endereço ou ofereci a possibilidade de se inscreverem na lista, de tal modo que ao fim tinha 23 nomes par reportar..
Fiquei muito impressionada com o verdadeiro entusiasmo de gente jovem de língua espanhola, por exemplo do Chile, do Equador, de Porto Rico, pelo Prayerrally, como guardavam com alegria os papelinhos com o endereço da internet, como até agradeciam esta acção, me abraçavam e prometiam, ao voltar para os seus países, passá‑la aos amigos. Nisto se sentia uma verdadeira alegria.
Assim me chegou o eco da redacção do schoenstatt.org: «A história do ‘Rezai por mim’ lembra‑me como o pobre Paulo pregou em Atenas. Quando começou a falar do essencial, da Salvação, da Ressurreição, muitos dos assim chamados intelectuais foram‑se embora, não tinham tempo – e ficaram apenas aquelas pessoas muito simples e modestas que formaram então o núcleo da Igreja de Atenas».
Mesmo no último minuto, ou: pelo menos foi dito
A 20 e 21 de Setembro esteve em Schoenstatt uma peregrinação da diocese de Freiburg com mais de 700 participantes. Como teria sido bonito ter podido deixar ali listas para assinaturas. Mas foi tudo muito à pressa e os peregrinos tinham um programa cheio, assim se disse.
Mas como fiquei contente quando o sacerdote que conduzia os peregrinos no encerramento da peregrinação convidou com grande insistência a rezar pelo Santo Padre e deu a conhecer a campanha de oração. Foi uma pena não se ter lembrado naquele momento de indicar o link do Prayerrally na página do schoenstatt.org. Em vez disso referiu a Homepage da Central dos Peregrinos de Schoenstatt. Mas já foi formidável que o tenha mencionado. Mesmo que agora os peregrinos não encontrem o site, se pelo menos rezarem já é fantástico.
Também as férias mais belas algum dia chegam ao fim. Férias? Sim, apesar de tudo.
Houve alguns passeios e muitas muitas graças.
Graças a Deus, à Mãe Três vezes Admirável e ao Padre Kentenich.
O acordo ainda não acabou. Continua!
E aqui para todos os que a Karin Schmitz não encontrou em Schoenstatt: http://www.papst-franziskus-prayerrally.de/?lang=pt
Original: alemão. Tradução: Antonio Palma Ruivo, Lisboa, Portugal