ESPANHA, Vicky Forn •
No início de 1999, conversamos com o padre Carlos Padilla sobre a possibilidade de empreender algum trabalho social como Schoenstattianos em Madrid.
Ele, em seus anos de seminário, havia trabalhado em Puente Alto, em Santiago do Chile, em uma área muito desfavorecida e onde Maria Ajuda tem um colégio, e a idéia o entusiasmou.
Em maio de 1999, por ocasião do jubileu de ouro de 31 de maio, muitos de nós estávamos em Bellavista e pudemos aprender mais sobre as iniciativas que ai realizavam e, mais especificamente, o trabalho realizado por Maria Ajuda.
Foi assim que nos colocamos em contato com as pessoas responsáveis por isso, pedimos autorização para usar o nome de Maria Ajuda e voltamos a Madrid dispostos a que Maria Ajuda e o que o Padre Hernán Alessandri havia sonhado, fosse também foi uma realidade na Espanha.
Estávamos muito entusiasmados com a idéia de trabalhar com crianças, mas não era uma tarefa fácil e assim, colocamos nas mãos de Deus e da Mãe Admirável, para que eles nos dêem um sina,l de onde ou para onde ir.
Finalmente, em maio de 2000, constituímos a Fundação Maria Ajuda, como uma iniciativa totalmente dos leigos e com o acompanhamento espiritual do Padre Carlos Padilla. Até então, ainda, não estava totalmente definida qual seria a nossa atividade, mas sabíamos que não seria mais uma ONG. Queríamos que nossa Fundação tivesse um caráter e um espírito particulares. Seja qual fosse a nossa atividade, ela sempre estará unida ao Santuário e sempre se haveria de respirar uma atmosfera de lar, de acolhida e entrega aos outros.
Pequeno amigo
Em pouco tempo, apareceu-nos a possibilidade de colaborar em um colégio de Irmãs salesianas. Ali havia um bom número de alunos, filhos de imigrantes, com problemas de aprendizagem, de adaptação e de integração social. Foi assim que o projeto “Grande Amigo” nasceu com voluntários universitários. Cada voluntário ou Grande Amigo acompanhava, um aluno ou um Amigo Pequeno, com dificuldades, especialmente afetivas, durante todo o ano letivo.
Este projeto foi um sucesso. O colégio começou a notar mudanças muito positivas nas crianças, Pequenos Amigos, e durou alguns anos até que os alunos se mudaram a outro colégio.
Apoio aos mais indefesos
Enquanto isso se endurecia em Espanha o tema sobre aborto. O número de abortos crescia dia a dia e para nós foi uma voz de Deus que nos dizia que talvez por ai podíamos realizar alguma tarefa. Comprovamos que as jovens mães, na grande maioria eram solteiras e imigrantes, diziam para que elas não abortassem, mas por outro lado, não eram oferecidas ajudas suficientes para seguir adiante com a gravidez. Foi assim, que nasceu a Casa de Acolhida para Jovens Grávidas “Catalina Kentenich”, que hoje em dia, segue dando acolhida e apoio a toda mulher que necessite.
A Casa é, desde o início, uma casa para essas jovens, o lar, que talvez muitas delas nunca tiveram, onde elas recebem amor e escuta, orientação e formação, onde muitas se encontraram com Deus e pediram o Sacramento do Batismo, inclusive, algumas delas, até chegaram a selar sua Aliança de Amor com Maria. É também o lugar onde elas recebem as ferramentas para poderem iniciar uma nova vida junto com seus filhos e é também a casa em que são sempre bem recebidas, amadas e acolhidas. Definitivamente, elas sabem que a Casa Catalina Kentenich é sua Terra Natal.
Original: Espanhol. 08 Janeiro 2018. Tradução: Glaucia Ramirez, Ciudad del Este, Paraguai