Roma – Belmonte, de María Fischer •
Quarta-feira 9 de junho 2015, chuva torrencial no fim de um quente dia de verão em Roma. Não podia ser mais humilde nem mais singelo. No Santuário Matri Ecclesiae em Roma, reuniram-se muito poucas pessoas para celebrar a Santa Missa: um argentino, brasileiros, alemães, italianos e um jovem turista da Ucrânia que quis escapar da chuva e procurou proteção no Santuário. Como sempre há duas talhas frente ao altar – a grande talha do Santuário de Tuparenda, Paraguai, cheia de pequenos papelinhos com contribuições para o Capital de Graças e a pequena talha de Costa Rica, que sempre se usa para fazer a coleta. Mas desta vez havia mais uma talha, que na verdade não é uma talha, mas uma cesta e vem do Burundi.
Unidos com Burundi
O reitor Pe. Daniel Lozano, trouxe esta cesta, deliberadamente, para o Santuário. Já há algum tempo Sarah-Leah Pimentel, da África do Sul, pediu orações por Burundi através de schoenstatt.org. O seu trabalho consiste em fazer observações de meios de comunicação nas situações de crise em África e as suas informações sobre Burundi são alarmantes – golpe de estado falhado, eleições adiadas, execuções, sequestros e tortura das milícias pro-governamentais ‘Imbonerakure’ – há semanas que as escolas se encontram fechadas, há escassez de combustível e alimentos, quarenta mortos desde a tentativa de golpe de estado e cento e dez mil pessoas, por medo, já abandonaram o país, enquanto outros cento e dez mil refugiados, buscam refugio nos países vizinhos e não sabem se poderão voltar ou quando o poderão fazer.
O comissário responsável da ONU expressou esta semana, que se corre o perigo de que a ânsia de poder de alguns combatentes “catapultem Burundi, de novo, para uma guerra civil.”
Burundi torna-se presente para quem entra no Santuário
Agora a talha de Burundi encontra-se no Santuário de Belmonte e Burundi torna-se presente para quem entra no Santuário, talvez reze pelo país ou ponha um papelinho nessa talha com a contribuição para o capital de graças, e deste modo fará parte dessa rede mundial de solidariedade, que tem as suas raízes e a sua fonte de força na Aliança de Amor.
Nem todos podem peregrinar fisicamente ao Santuário em Roma.
Quem queira dizer a Nossa Senhora e ao povo de Burundi, no qual muitos vivem a Aliança de Amor com Ela e trabalharam infinitamente pela paz, que agora está em risco de se desmoronar, que leva Burundi no seu coração, pode pôr o seu papelinho virtualmente na talha:
Aliança solidária. Nós somos Burundi.
Original: alemão. Tradução: Maria de Lurdes Dias, Lisboa, Portugal