Posted On 2016-11-16 In Schoenstatt em saída

Uns párocos “loucos” por Maria num encontro que ainda não termina…

ITÁLIA, P. Rolando G. Montes de Oca Valero •

Ser missionário da Mãe Peregrina supõe deixar que Ela escolha os métodos. Eu esperava que meu irmão Marwan – sacerdote de rito maronita com quem compartilho na Universidade – me devolvesse a imagem com mais “solenidade”. Ela o havia visitado a semana anterior, o havia acompanhado num momento importante e ele agradecido, estava disposto a “retribuir a visita”. Quando tirou da sua mochila de livros a Peregrina e a colocou em minhas mãos com um “Muito obrigado”, fiquei surpreendido, perguntando-me enquanto dissimulava minha perplexidade: Como alguém de rito oriental não escolhe um cenário mais sagrado?

Oferecer-lhes algo melhor que uma conferência: uma experiência

A resposta veio da própria Mãe quando o P. Gintaras, sacerdote lituano companheiro de estudos a reconheceu com alegria e me disse: Schoenstatt! Sim, o conheci em Suíça, belo… o polonês P. Grzegorz, perguntou: e isso, o que é? … -“Eeeh, um movimento apostólico mariano, uma família espiritual da Igreja, fazemos uma aliança de amor com a Virgem… eeeh”, tratei de improvisar uma resposta nos dois minutos que restavam para que começasse o professor, mas estava convencido que faltava muito para dizer…

Foi no seguinte intervalo das aulas que comecei a traçar um plano para que a própria Mãe oferecesse a eles algo melhor que uma conferência: uma experiência.

Assim, aos poucos, forama aderindo o brasileiro P. Rodrigo, o filipino P. Nathaniel e o colombiano P. Edgar Darío. Depois, o P. Gintaras perguntou se outros dois lituanos podiam juntar-se: o diácono (de passagem) Elías e o P. Andrés. Todo o plano assumiu o nome e o desafio de ser uma “manhã mariana”.

Ela inclusive organizou a viagem em carro

Ainda havia outra dificuldade: o acesso sem automóvel ao Santuário Cor Ecclesiae é muito difícil e até um pouco perigoso porque a estrada não tem calçada, é estreita e o tráfego intenso e acelerado. Assim meu plano era deficiente e, enquanto contava ao P. Eduardo, do Colégio Espanhol, o que estávamos preparando, comentei: “Estou pensando que o melhor seria tomar um táxi e… -Não, – interrompeu-me- se quiserem os levo no meu carro”. Ele também estava nos planos da “Missionária”.

Entre estudantes de Comunicação da “Universidade della Santa Croce” e amigos fomos dez os que na manhã de 5 de novembro partimos para o lar onde nos esperava a Mãe. O impacto estético foi notável, “Que lugar lindo! ” E assim também foi o assombro diante da pequenez material do Santuário.  Antes de entrar no Santuário, nos reunimos num salão que as Irmãs de Maria nos prepararam, para compartilhar um pouco sobre o que é Schoenstatt, que sentido tem “outro santuário” e preparar o espírito para o encontro.

O que nos une é o Rosário

Revivi meus primeiros passos quando escutava, da boca de meus irmãos, as mesmas perguntas que um dia eu também havia feito. Aclaradas as dúvidas passamos ao Santuário, e nos deram uns 15 minutos de encontro pessoal com a Mãe e logo começamos a tirar nossos rosários.

A meditação de cada mistério esteve presidida por um canto mariano próprio dos povos por nós representados. Mesmo que não se entendesse as letras, o amor a Maria e a acolhida que a Mãe dava à devoção de seus povos se expressaram numa atmosfera plena da beleza de Deus, que moveu as razões do coração.

Depois, tomando consciência que éramos dez, rezamos cada um a Ave Maria sempre começando em nossa língua natal e concluindo todos em italiano. No final oferecemos o capital de graças que durante a semana havíamos preparado e fechamos este momento de graças com a oração de consagração.

Uma comunidade sacerdotal reunida em torno à Mãe

Como tínhamos ainda algum tempo, nos sentamos a compartilhar a experiência do que em nossas vidas havia causado a Mãe do Senhor. Quanta riqueza e diversidade! Nesse momento juntou-se a nós o P. Valentín, um uruguaio do Colégio Pío Latino americano, que fez a aliança e peregrina todos os sábados ao Santuário. Uma comunidade sacerdotal reunida em torno à Mãe, compartilhando a riqueza incalculável da própria experiência: Uns, como Isabel, chegamos até Jesus porque Maria nos visitou; outros como João, conheceram Maria porque Jesus a entregou a eles e logo ficaram com Ela para sempre, mas todos reconhecemos que não é possível, nos dias de hoje, seguir e ser fiel ao Senhor sem a mão amiga de nossa Mãe e Educadora.

Outra vez me equivoquei ao pensar que nossa “manhã mariana” havia terminado com a pizza e o espaço de fraternidade, alegria e risos que se sucedeu. Mas não, um pouco depois da despedida, o P. Rodrigo me manda um WhatsApp: “Obrigado por hoje, meu coração está cheio da presença de Maria…”, o P. Grzegorz disse em outra mensagem “Obrigado… que boa ideia foi este encontro…”. Nathaniel e Gíntaras vieram junto a mim dois dias depois na Universidade e agradeceram, enquanto algum outro sugere: deveríamos repetir… Creio que não, que nossa “manhã mariana” ainda não terminou, deixo que Ela diga a última palavra.

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Original: Espanhol – Tradução: Lena Ortiz, Ciudad del Este, Paraguai

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