Posted On 2017-08-23 In Santuário Original

Um lugar e um movimento dentro da Igreja universal – e uma marcada cultura de encontro

Maria Fischer •

Um grupo grande de sacerdotes e religiosos, que actualmente estudam alemão em Kreuzberg-Bonn, visitou Schoenstatt em 8 de Agosto, a fim de conhecer um lugar e um movimento dentro da Igreja Universal.

„Estimados futuros bispos, núncios, superiores religiosos…“, cheio de embaraço: „queridos irmãos e irmãs“, e imediatamente ficou quebrado o gelo, sobretudo ao serem mimados com café cappuccino e bolachas na cafeteria sacerdotes e religiosas de Ásia, África e América Latina. A 8 de Agosto de 2017 o “curso romano” do Dietger M. Kuller Kreuzberg em Bonn („Alemão como língua estrangeira“) visitou Schoenstatt, um lugar e um movimento na Igreja universal, como na Casa de Sacerdotes e Hóspedes Marienau dizia aos visitantes o Reitor Egon M. Zillekens na sua saudação. O grupo era composto de sacerdotes e religiosas, que a pedido dos seus bispos diocesanos ou superiores religiosos estudam nas Universidades Pontifícias, em Roma, e aproveitam a pausa do verão para fazer um curso intensivo de alemão.

MISSIO e ADVENIAT cofinanciam o programa de estudos no Instituto de Línguas, que o Instituto dos Irmãos de Maria de Schoenstatt dirige no Centro de Kreuzberg, em Bona. Aí é dada a todos os participantes a oportunidade de adquirir de forma rápida e profunda a aquisição dos conhecimentos do idioma alemão, indispensáveis para os seus trabalhos científicos. Por meio da língua alemã também são dadas a conhecer outras matérias sociais e políticas. Nos fins-de-semana as paróquias vizinhas promovem intercâmbios animados sobre as formas de vida das jovens Igrejas em África, Ásia e América Latina. Em várias paróquias da região de Bona-Colónia os „sacerdotes do curso de alemão“ substituem os párocos alemães durante o tempo de férias.

Que interessa ao „curso romano em Schoenstatt“?

Que interessa ao „curso romano“ em Schoenstatt? Que a pergunta não surpreende ao Reitor Zillekens, percebe-se imediatamente. Já com a sua cativante saudação ele esclarece: „ Certamente os senhores virão a ser sacerdotes particularmente responsáveis em vossas Diocese.“ E a estes importantes sacerdotes, dos quais uma metade são sacerdotes diocesanos e a outra metade são sacerdotes religiosos, interessa-lhes saber o que Schoenstatt faz pela Igreja e o que em concreto por eles pode fazer. Depois de uma breve explicação sobre a casa e suas ofertas, o Reitor Zillekens baseou seu diálogo com eles a partir desta pergunta.

Que move a estes Sacerdotes? A partir da sua experiência, ele sabe que há três áreas em que se concentram as inquietudes e buscas de todos os sacerdotes, e assim em três pontos lhes conta o que move aos sacerdotes, que ele acompanha na Comunidade de Sacerdotes da União.

  • Espiritualidade, cultivo do espírito, meu programa de vida: Onde está a minha prioridade, de acordo com a minha vocação, como alcanço ser um sacerdote espiritual (seguros para o conseguir), onde se encontra a minha terra, ou numa imagem: Em qual pequeno galho na grande árvore da Igreja e do mundo estou em casa?
  • Pertencemos ao Presbitério do Bispo e da nossa Diocese. Experimentamos, vivemos isto? Que fazemos, quando se nos começa a nossa vida desviar? Não somos uma congregação religiosa, mas também não somos pessoas solitárias. Existem tentativas de sucesso na formação de equipas: uma comunidade sacerdotal de sacerdotes diocesanos.
  • Como realizo o meu serviço concreto? Como leio as vozes do tempo? Onde ponho prioridades?

„Com poucas semanas do estudo de alemão, eles não conseguem ainda entender tudo. Então falei em castelhano, e um dos estudantes traduzia para o Italiano, assim todos podiam entender“, conta o Reitor Zillekens.

O folheto publicado em 2010, para o Jubileu Sacerdotal, sobre a essência do sacerdote hoje, foi muito bem recebido, enquanto em breves episódios se contava algo da dimensão de Schoenstatt a nível mundial. Como naquela noite do campeonato mundial de futebol de 2010, em que na “Klause” (bar emblemático da casa) o Cardeal Hummes, do Brasil, foi apoiado a superar a derrota por 2:1 do Brasil frente aos Países Baixos.

Comprometidos com o Concílio

Do Santo do dia, de São Domingos, há uma linda imagem com a Santíssima Virgem. Aí se apresenta, como ao Menino um indígena oferece frutas e Nossa Senhora a ele, o Rosário. Uma aliança. „Confiando no Senhor, cuja presença é fonte de vida abundante, e, sob o manto protetor de Maria, podeis encontrar a criatividade e a força, para serdes protagonistas de uma Cultura de aliança, e deste modo criardes novos paradigmas, que possam dar rumo à vida do Brasil“, dizia, poucos dias antes, o Papa Francisco na presença de jovens do Brasil. Cultura de aliança, inteiramente desde Schoenstatt e no centro do coração da Igreja pós-conciliar, que sai para as periferias da existência humana.

Vem a propósito a palavra do Cardeal Walter Kasper aos Movimentos na Igreja Universal, ao falar dos dois pulmões, com que a Igreja respira.

Igualmente uma palavra sobre o Concílio e como José Kentenich vê a mudança de acentuação numa Igreja marcadamente renovada pelo Concílio:

  • Uma Igreja mais fraterna (menos clerical)
  • Uma Igreja mais pobre (menos faustosa)
  • Uma Igreja descentralizada (menos centralista)
  • Uma Igreja mais dinâmica (menos estática)
  • Uma Igreja mais carismática (menos burocrática)
  • Uma Igreja serva, mariana, (menos dominadora)

Que isto está muito próximo daquilo que o Papa Francisco vive, proclama e exige, espontaneamente o descobre o “curso dos romanos”, ficando todos muito surpreendidos.

Em torno à mesa do Senhor

Com uma santa Missa na capela lindamente restaurada de Marienau e, a seguir, um bom almoço, termina a visita a Schoenstatt, que de manhã começou no Santuário Original. Alegres, descontraídos e em comunidade Sacerdotal.

E no final, um momento especialmente emotivo. Um dos Sacerdotes surge com seu telemóvel. Sua mãe pertence ao movimento de Schoenstatt, diz ele, e seria agora muito lindo enviar-lhe uma bênção através de vídeo, ao vivo, uma vez que ela lhe tinha pedido para em seu nome ir ao Santuário… e naturalmente para hoje e para os próximos passos e para toda a vida receberam a bênção a mãe, o telefone e o sacerdote.

Ao final do dia, como a princípio o havia expressado o Reitor Zillekens, foi possível oferecer uma visão de conjunto. De facto o foi, em todo caso, para este sacerdote.

Original: alemção. Tradução: Manuel Ribeiro Alves, Portugal

Foto: Dietger M. Kuller

 

Tags : , , , , , , , , , ,

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *