Por María Fischer •
Não se pode estar em Schoenstatt ao menos durante umas horas, sem ter uns quantos encontros pessoais, e ao final comentam ao despedir-se, não vamos para visitar edifícios, mas pessoas: a Mãe e seus filhos.
Depois de peregrinar vários dias pelo Caminho de Santiago de Compostela, Beto Ortiz e Lena Barros, junto com seu filho Guillermo, que está de intercambio estudantil em Alemanha, na sexta-feira passada chegaram para visitar Schoenstatt. Apenas chegaram ao Santuário Original, se encontraram com um grupo de pessoas de Brasil – três matrimônios e uma jovem, que havia pedido como presente por seus quinze anos peregrinar a Schoenstatt.
Missa na capela de Carlos Leisner
Depois de tirar umas fotos de lembrança deste encontro, e a caminho do automóvel, se encontraram com três sacerdotes: Mons. Peter Wolf, superior geral do Instituto de Sacerdotes Diocesanos, Mons. Ignazio Sanna, arcebispo de Orestano, Itália, e o P. Rainer Birkenmaier – são irmãos de curso e estavam passando uns dias juntos em Schoenstatt. A uma simples pergunta sobre a possibilidade de visitar a capela de Carlos Leisner em Monte Moriah, receberam a resposta dos sacerdotes de fazê-lo antes das 11.30h, pois assim então poderiam participar da Missa ali, o que foi um mimo inesperado: não apenas conhecer a capela, mas, além disso, o convite para participar da Missa.
Depois de visitar a casa de Monte Moriah e apreciar a bela vista desde a praça do Santuário para o Monte Sião e o vale do Reno, chegou a hora da Santa Missa – celebrada no altar da capela da barraca 26, onde os sacerdotes presos no campo de concentração de Dachau, entre eles o Padre Kentenich, celebravam a Santa Missa, onde Carlos Leisner foi ordenado sacerdote e celebrou sua primeira e única Missa, este altar sobre o qual Jesus se fez realmente presente em meio à miséria e injustiça de Dachau…
Encontro paraguaio
Whatsapp o faz possível: durante o almoço, receberam uma mensagem do P. Tommy Nin Nitchell, diretor nacional de Schoenstatt em Paraguai, informando sobre sua chegada no dia anterior a Schoenstatt, para o Capítulo Geral de sua comunidade. “Estamos almoçando em Höhr-Grenzhausen e esperamos ser convidados para a sobremesa em Monte Sião”, responde-lhe Guillermo Ortiz – recebendo o convite ato seguido. É um encontro surpresa, breve, mesmo antes de tomar o café estavam circulando pelas redes sociais umas “selfies” e com grande alegria para José Argüello de Paraguai, que havia entregado ao P. Tommy dois pacotes com lembranças da visita do Papa Francisco a Paraguai, para amigos do “dreamteam” de Schoenstatt.org em Espanha e Alemanha sem poder imaginar que em menos de 24 horas da chegada do P. Tommy a Schoenstatt já estariam a caminho para seus destinatários.
A Casa da Peregrina do Padre, a casa do “Padre aberta”
Lembram a visita da Peregrina do Padre a Ciudad del Este? Que pergunta! Imediatamente compartilharam as histórias desses dias, inclusive a de uma missionária jovem que pediu um dia livre no trabalho, apenas para estar no Santuário no momento da despedida da Peregrina do Padre, para tocá-la e tê-la nos braços pelo menos uma vez em sua vida.
Foi assim que para culminar a visita a Schoenstatt, dirigiram-se a Casa Marienau, visitando a sala aonde aconteceu naquele dia 19 de março de 1968, a entrega da Peregrina que o Sr. João presenteou ao Padre Kentenich, através do Irmão Arendes. Desde aí, subiram ao primeiro andar, onde está o quarto do Padre Kentenich. Podemos tocar a mesa? Óbvio. Estas cadeiras…? Sim, são da época do Padre Kentenich. Então se sentaram os visitantes, ali se sentaram neste dia os peregrinos de Paraguai. Visitantes do Padre… Este é o genuflexório que ele usava? Sim. Mas se pode tocar? Sim. Ajoelhar-se? Certo…
O que falta neste quarto “do padre aberto” é a Peregrina, que ainda está peregrinando, nesses dias, por Buenos Aires. Mas em certo sentido, sua ausência, é um reencontro com ela, um reviver os momentos de graça de sua visita a Ciudad del Este…