Posted On 2015-03-03 In Santuário Original

Portas abertas para refugiados à sombra do Santuário Original

mda. “A Santíssima Virgem nos deu uns meses tranquilos, desde que escrevemos em 18 de fevereiro…”. Assim, conta Pe. Egon Zillekens, deveria começar o artigo sobre a carta que ele recebeu, no início da quaresma pós-jubileu, na quarta-feira de cinzas, 18 de fevereiro, às 18h13, vinda de Maguncia. A carta com o pedido oficial a Schoenstatt para disponibilizar alojamentos para muitos refugiados que chegam estas semanas, vindo de todas as partes do mundo em guerra e violência, especialmente de Kosovo.

“E aconteceu naquele tempo, naquele tempo depois do jubileu de Schoenstatt… diante das portas de Schoenstatt, estavam homens, mulheres, crianças, que tinham saído de sua pátria sem nada mais que a vida nua, traumatizados, perdidos, sem lar… e buscavam pousada… ali, as pessoas abriram o coração, naquele lugar onde Schoenstatt surgiu há 100 anos em meio à guerra – e não apenas o coração, as casas também. Casas vazias, casas onde outros se amontoam para acolhê-los. Eles se instalaram e se sentiram acolhidos, benvindos, amados. Um conto de Natal. Ou, talvez…?”

No Advento2014, em schoenstatt.org, sonhava-se com um conto de Natal, quando um pedido vindo de Vallendar, para tratar o tema “refugiados em Schoenstatt”, fez surgir uma onda de alegria e solidariedade – mais além das fronteiras do lugar de Schoenstatt. schoenstattianos da África do Sul ofereceram as experiências da Mercy House, a casa para acolher refugiados; schoenstattianos do Peru e da Argentina perguntaram se podiam mandar cobertores ou roupas… nas semanas seguintes, choveram oferecimentos e deliberações, reflexões e esperança sobre a solidariedade concreta.

E então, durante o carnaval, chega outro pedido do MINISTÉRIO PARA INTEGRAÇÃO, FAMÍLIA, CRIANÇAS, JOVENS E MULHERES DE RENÂNIA PALATINADO. Astrid Becker, diretora do departamento “Política de refugiados, acolhida de imigrantes, retorno”, comunica-se por telefone com Pe. Zillekens, em Schoenstatt; o nome do Pe. Zillekens está relacionado com o tema refugiados desde o primeiro pedido, no advento: trata-se de muitos refugiados que chegam agora e que chegarão durante o inverno – e os alojamentos disponíveis de Renânia Palatinado estão lotados, tão lotados que em Tréveris não houve outro jeito se não abrigá-los em barracos. Astrid Becker conhece Schoenstatt desde sua juventude e se lembra das muitas casas do lugar… O Pe. Zillekens fica sabendo que não se tratam de duas ou três famílias, mas, sim, de cerca de 100 a 150 pessoas. E oferece a Casa da Aliança, mesmo que momento não há água corrente… porém, existem camas e um teto onde podem se abrigar. Passam-se vários dias sem que venha resposta do ministério.

Com a carta à missa da aliança e ao Santuário Original

Na tarde de 18 de fevereiro, chega uma carta do ministério, assinada pela ministra Irene Alt, na qual pede a Schoenstatt apoio para alojamento imediato de refugiados. “Como você deve ter tomado conhecimento pela imprensa, uma grande afluência de pessoas chegou às nossas fronteiras, vindas sobretudo de Kosovo; precisamos instalar barracas no campo de refugiados de Tréveris. Por isso, esperamos seu apoio decisivo”, escreve Astrid Becker em carta anexa.

Em sua carta, a ministra de imigração pede ajuda concreta, até que sejam terminadas as obras de mais alojamentos – ajuda concreta para 100, 150 pessoas. Necessidade de alojamentos dignos para pessoas, necessidade de solidariedade, de ajuda espontânea e generosa.

Pe. Zillekens leva consigo a carta pessoal da ministra para a missa da aliança e a lê ali… depois, leva a carta ao Santuário Original. Percebe-se algo da graça do jubileu.

Nessa mesma tarde, chega a carta aos membros da Presidência Geral.

Na próxima terça-feira, 24 de fevereiro, virá alguém do ministério para ver a Casa da Aliança e examinar as possibilidades concretas. Já se fala de outras duas casas.

Casas solidárias do Santuário Original

Foi no outono de 2013. A iniciativa “100 casas como agradecimento pelos 100 anos de nossa casa em Schoenstatt” começava – projeto jubilar dos colaboradores de schoenstatt.org, expressão de sua Aliança Solidária com o Papa Francisco. Uma casa doada a uma família em situação de pobreza extrema na periferia de Asunción, representando cada Santuário. “O Santuário Original já tem sua casa solidária?”, perguntou uma senhora do Movimento de Peregrinos. Não… “Eu posso oferecer?” Sim… “O Santuário Original também precisa de uma casa solidária”.

“Para que continuem as casas solidárias e a solidariedade”: esse foi um dos objeticos formulados em Madri, dia 24 de janeiro, no encontro de planejamento de schostatt.org.

Talvez, disse alguém da redação de schoenstatt.org, não apenas construamos casas para famílias que vivem nas ruas… talvez tenhamos em Schoenstatt, à sombra do Santuário, casas solidárias para refugiados, para pessoas que fogem, como na sua época Jesus, Maria e José.

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Original: espanhol. Tradução: Maria Rita Fanelli Vianna – São Paulo / Brasil

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