Posted On 2016-09-17 In Francisco - Mensagem

Nossa Senhora cuida de nós como mãe

FRANCISCO EM ROMA, AICA e redação •

Na Missa que presidiu na capela da Casa Santa Marta, por ocasião da Memória de Nossa Senhora das Dores, o Papa Francisco salientou que a Virgem Maria cuida de nós porque é mãe de todos os cristãos e sob o Seu manto “não pode entrar o diabo”.

O Santo Padre lembrou que os místicos russos dos primeiros séculos aconselhavam a procurar refúgio no manto de Santa Maria, pois “é mãe e defende como uma mãe”.

“Em seguida, o Ocidente acolheu este conselho e fez a primeira antífona mariana ‘Sub tuum’ praedisum – ‘! Sob o Teu manto, sob a Tua custódia, oh Mãe’. Ali, estamos seguros”.

Francisco especificou também que “nós, cristãos, temos uma Mãe, a mesma de Jesus; temos um Pai, o mesmo de Jesus. Não somos órfãos! “

O Santo Padre disse que a Virgem Maria aos pés da Cruz de Jesus, “nos dá à luz naquele momento com tanta dor. É um verdadeiro martírio”.

“Com o coração trespassado” disse, Santa Maria “aceita dar à luz a todos naquele momento de dor. E a partir daquele momento, Ela se torna a nossa Mãe, a partir daquele momento Ela é nossa Mãe, aquela que cuida de nós e não tem vergonha de nós, nos defende”.

Francisco lembrou que, sendo Arcebispo de Buenos Aires, visitava os presos nas cadeias e encontrava uma fila de mulheres que estavam à espera para entrar. “Eram mães, mas não se envergonhavam. A carne delas estava lá dentro”, disse.

O Santo Padre enfatizou que “estas mulheres sofriam não só com a vergonha de estar ali. ‘Olha aquela!… o que será que seu filho fez?”, mas também sofriam com a humilhante revista que lhes faziam antes de entrarem”.

“Mas eram mães e iam visitar a própria carne. Assim Maria estava ali com o Seu Filho, com aquele sofrimento tão grande”, assinalou.

O Papa afirmou que, enquanto Maria estava aos pés da Cruz ouvia coisas como “esta é a mãe deste delinquente! Esta é a mãe deste subversivo!”

“Maria ouvia tudo e sofria uma humilhação terrível. Ouvia também os ‘grandes’, alguns sacerdotes que ela respeitava por serem sacerdotes. ‘Mas tu, que és tão bom e tão hábil, desce!’. Desce! Com seu Filho, nu, ali.

“Maria tinha um sofrimento tão grande, mas não se foi embora; não renegou o Seu Filho! Era a Sua carne”.

Francisco salientou que “num mundo que podemos chamar ‘órfão’, neste mundo que sofre com a crise de uma grande orfandade, a nossa ajuda é dizer ‘Olha para a tua Mãe!’.

“Nós temos uma mãe que nos defende, nos ensina, nos acompanha; que não tem vergonha dos nossos pecados. Não se envergonha, porque Ela é mãe, disse.

“Que o Espírito Santo, este amigo, este companheiro de viagem, este Paráclito advogado que o Senhor nos enviou, nos faça compreender este mistério tão grande da maternidade de Maria”, concluiu.

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Que mensagem linda não só para quem conhece a predileção do Papa por esta oração mariana “ Ao teu amparo”, desde que lemos o livro “Ela é minha mãe” [1] , mas também, para todos aqueles que trabalham, de diversas maneiras, com a Pastoral Prisional e na reinserção social dos infractores da lei, especialmente na Casa Mãe Tupãrenda – um nome tão adequadamente escolhido!

Susana Stanley da Pastoral Prisional “Visitação de Maria” comenta. “É lindo ver como com ajuda, atenção e carinho se transformam”. Tantas vezes falamos de sermos “outras Marias”, não só as mulheres mas, todos os schoenstatteanos. Não é uma ideia abstracta ou simplesmente piedosa. Quando visitamos um preso, sob aquele olhar que produz vergonha e as humilhações que o Papa tão bem conhece… e sim, continuamos, somos Maria. Tão simples.

Original: espanhol. Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal

[1] Em Portugal “Maria é minha mãe

 

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