Posted On 2015-06-30 In Francisco - Mensagem

A proximidade cristã

Todos os setores da Igreja, e outros tantos fora dela, crentes ou não, têm recebido as palavras claras e esperançosas, muitas vezes motivadoras de Francisco, para se assumir a responsabilidade que todos temos de construir um mundo de acordo com a vontade de Deus, na força do Espírito e no caminho de Cristo. Cardeais e bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, noviços e seminaristas, famílias, jovens e idosos, comunidades e instituições têm recebido essa proposta de sair “às ruas”, levando não uma esperança utópica, mas aplicada a gestos concretos, em projetos evangelizadores de vida ao ser humano, esteja onde estiver; e se estiver na “periferia”, ali mesmo, com todos os riscos e perigos que isso acarreta. Prefiro uma igreja acidentada porque sai a servir, do que doentia por fechar-se em si mesmo, nos repete constantemente. Testemunho de tudo isso está no anexo de schoenstatt.org onde, semana a semana, são publicados textos que nos impulsionam em nossa própria peregrinação rumo ao Jubileu 2014. Sem dúvida que, sendo nós Igreja, essas palavras também são dirigidas a todos nós. Como nosso Pai e Fundador se alegraria com esse impulso missionário que nos é oferecido do coração da própria Igreja! (Pe. José María García).•


Um exame de consciência far-nos-á bem, Em que grupo de cristãos estou? No primeiro, entre os que escutam os numerosos gritos que pedem ajuda de salvação? Ocupo-me apenas da minha relação com Jesus, fechada, egoísta? Pertenço ao segundo grupo, entre os que afastam as pessoas de Jesus, pela falta de coerência de vida, falta de testemunho, por estar muito agarrado ao dinheiro ou rigidez? Afasto as pessoas de Jesus ou pertenço ao terceiro grupo, o dos que escutam o grito de tantas pessoas e as ajudo a aproximar-se de Jesus? A estas perguntas cada um de nós pode responder no seu coração”.

Missa em Santa Marta, 28.05.2015

Quando um cristão está agarrado aos bens, faz o papel de um cristão que quer ter as duas coisas: o céu e a terra. É a pedra de toque, precisamente, é isto que diz Jesus: a cruz, as perseguições. Isto quer dizer negar-se a si mesmo. Seguir Jesus do ponto de vista humano não é um bom negócio: É servir. Disse Ele, e se o Senhor te dá a possibilidade de ter bens, deves envolver-te no serviço, ou seja, pelos outros. São três coisas, três escalões que nos afastam de Jesus: as riquezas, a vaidade e o orgulho. Por isso as riquezas são tão perigosas, porque te levam imediatamente à vaidade e pensas que és importante. E quando pensas que és importante perdes-te.

Missa em Santa Marta, 26.05.2015

Jornalista: O Santo Padre chora? Francisco: “Quando vejo dramas humanos. Como no outro dia ao ver o que acontece com as pessoas de rohingya, que andam nesses barcos em águas tailandesas e quando se aproximam de terra dão-lhes um pouco de comida, água e mandam-nos outra vez para o mar. Isso comove-me profundamente, esse tipo de dramas. Depois, as crianças doentes. Quando vejo o que aqui chamam de “doenças raras”, que são produzidas pelo descuido do ambiente, fico revoltado. Quando vejo essas criaturas digo ao Senhor.: “Porquê eles e não eu”. Quando vou à prisão também me emociono. Das três Sextas-feiras Santas que tive, duas fui a prisões, uma vez a uma de menores e a outra a Rebibbia. Depois noutras cidades de Itália que visitei fui à prisão, almocei com eles, e enquanto conversava vinha-me à cabeça: “pensar que eu podia estar aqui”.

Entrevista completa: http://www.lavozdelpueblo.com.ar/nota-27095–aoro-ir-a-una-pizzera-y-comerme-una-buena-pizza

Não se pode fazer comunidade sem proximidade. Não se pode fazer a paz sem proximidade. Não se pode fazer o bem sem se aproximar. Jesus podia dizer-lhe: ‘¡Cura-te!’. Não, aproximou-se e tocou-lhe. E mais! No momento em que Jesus tocou o impuro tornou-se impuro. E este é o mistério de Jesus: tomar sobre si as nossas sujidades, as nossas coisas impuras.

Missa em Santa Marta, 26.06.2015

Recordemos estas três palavras, são um sinal: fazer, escutar, falar. O que só fala e faz, não é um verdadeiro profeta, não é um verdadeiro cristão, e no final desmoronará tudo: não está sobre a rocha do amor de Deus, não está firme como a rocha. O que sabe escutar e da escuta faz, com a força da palavra de outro, não da sua própria, esse permanece firme. Que seja uma pessoa humilde, que não pareça importante, mas quantos destes grandes há na Igreja! Quantos bispos grandes, quantos sacerdotes grandes, quantos fiéis grandes que sabem escutar e da escuta fazem… Os grandes sabem escutar e da escuta fazem porque a sua confiança e a sua força está na rocha do amor de Jesus Cristo.

Missa em Santa Marta, 25.06.2015

Quanta gente observa de longe e não entende, não lhe interessa…. Quanta pessoas olham de longe mas com mau coração, para pôr à prova Jesus, para o criticar, para o condenar… E quantas pessoas olham de longe porque não têm a coragem que teve este, mas tem tanta vontade de se aproximar! E neste caso, Jesus estendeu a mão a este, primeiro, mas no seu ser, estendeu a mão a todos, fazendo-se um de nós, como nós: pecador como nós mas sem pecado, mas sujo com os nossos pecados. Esta é a proximidade cristã.

Missa em Santa Marta, 26.06.2015

 


Evangelii Gaudium

Misericordiae Vultus

Audiencia para Schoenstatt

Textos oficiais

Original: espanhol- tradução: Maria de Lurdes Dias, Lisboa, Portugal

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