Posted On 2016-09-15 In Vida em Aliança

Ajuda a construir a sua visão: com suor, areia e pedras

María Fischer •

Um sol ardente, céu limpo, sem sombra nenhuma, 35ºC… e uma dúzia de jovens, um sacerdote e um casal estão dedicados a classificar, a carregar e pôr paralelepípedos, a martelar com força, comprovando, repetidamente, de modo crítico o seu trabalho, de hora a hora, dia após dia – durante mais de uma semana – enquanto o terreno arenoso e desnivelado da parte mais baixa do Centro Internacional de Schoenstatt Belmonte em Roma se convertia, paulatinamente, numa praça calcetada, bem proporcionada, que servirá para muito mais do que para estacionamento de carros e autocarros…

Porque é que o fazem? Porque sacrificam as suas férias, pagam a sua viagem desde o sul da Alemanha até Roma, dormem em camas de campanha ou em sacos-cama na sala paroquial, transpiram copiosamente sob o sol romano e, em alguns casos, pela terceira ou quarta vez?

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“Simplesmente porque gostamos”

“Não sei, faço-o porque gosto”, disse um dos jovens, um bocado perplexo perante a pergunta porque que é que o faz. E, com o seu olhar diz. Que pergunta, é lógico, não há nada melhor! A sua maior preocupação: “Que fique tudo pronto e não precisemos de uma nova equipa para a construção”.

O grupo é fantástico, diz-nos uma jovem que, por mais de uma vez ajudou a construir em Belmonte. Conhece-se pessoas, divertimo-nos muito uns com os outros e, além disso, realiza-se alguma coisa.

“Soube disto por um amigo”, disse um rapaz muito novo. “E, como nunca tinha estado em Roma, pensei: também quero ir participar”.

“Roma é muito importante, é a Igreja! Disse um deles: “E, isto construí–mo–lo  em conjunto” .

Num dos dias estava planeada uma visita à cidade, além de um passeio de barco. Para a primeira noite já tinham planeado um desafio de futebol com a juventude da Paróquia. “Como é que correu?” “Perdemos”, foi a resposta. “Mas, estivemos quase a ganhar. E, estamos orgulhosos”.

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Ajudar a construir

Carmen e Jürgen Reinle  da zona de Friburgo, Alemanha, acompanham, há anos, estes trabalhos para ajudar a construir, preocupam-se com a comida do apoio logístico e, durante todo o ano, esperam com alegria que chegue a altura desta activa e juvenil semana em Roma. Carmen Reinle está fascinada com a hospitalidade da Paróquia de Santa Gemma, com a amabilidade com que foram acolhidos. “Uma vez por semana cozinham para todos os sem-abrigo”, conta-nos Carmen. “Sobraram-lhes dois grandes caixotes com uvas e ofereceram-nos a nós”.

O Pe. Armin Noppenberger do Instituto dos Sacerdotes Diocesanos de Schoenstatt, acompanhou o grupo, ajudou a carregar as pedras, celebrou a Eucaristia com os jovens, no Santuário, e contempla como nasce uma nova Igreja. Há uns anos atrás alguns jovens deixaram impressas as mãos no cimento fresco do caminho que conduz ao terreno. “Isso é o que precisamos de cada vez que ajudemos a construir”, pensou, “um sinal permanente por terem colaborado, por terem estado presentes. Assim, Belmonte será sempre o Santuário de todos nós”.

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O dia da bênção do Santuário: oração da manhã junto à Ermida

8 de Setembro, décimo segundo aniversário da bênção do Santuário, Festividade da Natividade de Nossa Senhora. A Família de Schoenstatt de Itália celebrou-o no Domingo anterior; os peregrinos que estiveram presentes na canonização da Madre Teresa e tinham visitado o Santuário nesses dias já tinham partido. O grande terreno de Belmonte parece ainda mais vazio que nos dias anteriores.

Os jovens reuniram-se, de manhã cedo, junto da Ermida para rezarem a oração da manhã e agradecerem pelos doze anos do Santuário. Eles ajudaram a construí-lo.

Ainda bem que eles estão ali!

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Original: alemão. Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal

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