Posted On 2017-02-08 In Igreja - Francisco - movimentos

A alegria do amor que se vive nas famílias é também o júbilo da Igreja

ALEMANHA, nota de imprensa da Conferência Episcopal Alemã e redacção schoenstatt.org •

Os Bispos de Buenos Aires, Argentina, adiantaram-se publicando, já em meados do ano passado, as suas directrizes para a implementação da Amoris Laetitia e receberam uma carta do Papa Francisco indicando que a sua interpretação correspondia 100% ao sentido do Sínodo e ao seu próprio sentir (não há tradução do artigo o Português). Em Novembro de 2016, a Conferência Episcopal Argentina tratou e aprovou, no essencial, o texto dos Bispos de Buenos Aires. Do mesmo modo, trabalharam os Bispos de Espanha e Malta e, este é o sentido desta carta que tem como base os resultados das sondagens mundiais e dos Sínodos. A mordaz crítica pública difundida pelos media sobre a Amoris Laetitia e sobre o Papa Francisco, especialmente por parte dos que se vangloriavam, através da história do mundo, com a etiqueta de “fiéis ao Papa” e que lançavam ameaças de excomunhão sobre quem quer que fosse que, se atrevesse a pôr em questão qualquer acto ou expressão de algum Papa, provocou mais assombro que insegurança e, inclusivamente, não minorou a alegria perante este Cântico dos Cânticos sobre o casamento e a família. Tanto o Cardeal Walter Kasper, especialmente no seu artigo na revista “Stimmen der Zeit” (Vozes do Tempo), como Paul M. Zulehner em “Vom Gesetz zum Gesicht” (Da lei ao rosto) Editorial Patmos 2016 – dão uma explicação de um alto nível Pastoral e Teológico. A exigência da Amoris Laetitia é, naturalmente, alta: procura pessoal, formação pessoal da consciência, o acompanhamento espiritual para diferenciar, matizes em vez de preto e branco, casos concretos e não uma regra rígida e, em vez de excluir, usar o conceito de misericórdia como nova linguagem, um novo paradigma da Igreja. Isto é esgotante e leva tempo. Não é possível sem um contacto pessoal, uma severa exigência, especialmente, para os Bispos e Sacerdotes. Mas Aquele que há 2000 anos morreu na Cruz por nós, já nesse tempo, era conhecido por exigir, não só a Si próprio mas, especialmente, aos Seus discípulos, em irem à procura dessa ovelha perdida, inclusivamente, entre os matagais. E esta exigência também é válida para o Movimento de Schoenstatt que se orgulha de ter como prioridade apostólica o trabalho no campo do matrimónio e da família e, estabelece marcos, também, no campo de preparação para o casamento e o acompanhamento matrimonial, como também, na Pastoral para os divorciados recasados (Paraguai, Espanha, Costa Rica).

 

Refletir sobre as palavras do Papa Francisco que abrem novas perspectivas e que estão tão próximas da vida

Agora a Conferência Episcopal Alemã trabalhou intensivamente com a Amoris Laetitia e descobre nela um convite a uma nova Pastoral Matrimonial e Familiar. Os Bispos alemães publicaram em 1 de Fevereiro de 2017 o texto:” A alegria do amor que se vive nas famílias é, também, o júbilo da Igreja”, um convite renovado a uma Pastoral Matrimonial e Familiar à luz da Amoris Laetitia”. O Papa Francisco realizou em 2014 e em 2015 dois Sínodos dos Bispos com perguntas sobre o casamento e a família. A seguir, escreveu a Exortação Apostólica pós-Sinodal Amoris Laetitia, publicada em 8 de Abril de 2016. Os Bispos alemães discutiram, nos últimos meses, sobre o significado e as perspectivas que este documento abre. No centro de atenção estava a pergunta, face às conclusões, que resultará para a Pastoral Matrimonial e Familiar, na Igreja da Alemanha.

Pilares de uma Pastoral renovada do casamento e das famílias

O Conselho Permanente da Conferência Episcopal Alemã discutiu em 23 de Janeiro de 2017 acerca dos resultados e resumiu-os num documento. Nele, os Bispos fizeram finca-pé na utilidade pastoral e teológica da Amoris Laetitia. Acima de tudo, mostraram o seu respeito por todos os que, na vida quotidiana, vivem de forma exemplar o casamento e a família. Os Bispos elencaram as consequências que surgem da Amoris Laetitia, especialmente, os seguintes pilares de uma Pastoral Matrimonial e Familiar:

  • A preparação para o matrimónio requer uma intensificação, um caracter mais obrigatório e, ao mesmo tempo, um caracter mais convincente.
  • Os esforços para o acompanhamento matrimonial deveriam ser fortalecidos: os cônjuges e as famílias, especialmente, nos casamentos confessionais, deveriam encontrar, na Igreja, alternativas para a sua situação de vida.
  • As famílias deveriam ser apoiadas como espaços de aprendizagem da fé e fortalecidas nesta tarefa, frequentemente, difícil.
  • A fragilidade do casamento e da família requer uma atitude, especialmente, sensível. O Papa Francisco propôs como diálogo a tríade de acompanhar, diferenciar e incorporar. Esta tríade define a Pastoral, que tem uma procura elevada.

Com respeito a este último aspecto, os Bispos acrescentam: os católicos que se casaram de novo a seguir a um divórcio civil, em primeiro lugar estão convidados a aproximar-se da sua Igreja local e a participarem na vida dessa Paróquia e crescer e amadurecer como membros vivos da Igreja. Em relação à recepção dos Sacramentos, os Bispos não veem na Amoris Laetitia nenhuma regra geral e nenhum automatismo. Segundo eles, antes são requeridas soluções diferenciadas que deem resposta de forma justa a cada caso individual. Com Amoris Laetitia, os Bispos partem da base de um processo de tomada de decisões, acompanhado por um director espiritual. No seu documento, os Bispos recomendam ir pelo caminho do casamento e da família em conjunto com a Igreja e considerar as palavras inovadoras e realistas do Papa Francisco.

As palavras dos Bispos “A alegria do amor que se vive nas famílias é também o júbilo da Igreja” – um convite a uma renovada Pastoral Matrimonial e Familiar à luz da Amoris Laetitia, está disponível em alemão tanto no arquivo-PDF, como também, no relatório “Sínodo dos Bispos – Família em www.dbk.de. O documento publicar-se-á, em breve, na série de publicações da Secretaria da Conferência Episcopal Alemã “Os Bispos alemães Nr. 104” e, também, como um volante nas vitrinas das Paróquias e Associações.

Fonte: Nota de Imprensa da Conferência Episcopal alemão

Original: alemão, 01.02.2017. Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal

 

 

 

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